31/05/2007

A moldura


Eu não me canso de dizer que eu sou uma pessoa privilegiada. Talvez a alguns olhos pareça bobeira, mas eu dou muito valor a tudo de bom que me acontece no dia-a-dia. As coisas mais simples que ocorrem - e que alguns poderiam enquadrar no rol das banalidades - enchem a minha alma (ingênua?) de alegria. Aquela alegria sincera, cristalina e inocente que as crianças sentem quando ganham um brigadeiro.
Nunca escondi, desde que vim trabalhar neste prédio histórico, que me sentia muito honrada por conviver diariamente com a história dessa cidade que eu amo tanto. Olhar a cidade pelas janelas do Palacete é mergulhar os olhos numa paisagem belíssima de uma cidade que é linda. É a cada olhar descobrir algum detalhe que só espiando do alto mesmo pra ver...
E é nesse espírito que eu muitas vezes consigo enxergar acontecimentos bons em situações que a princípio nem são tão boas assim.
A foto que ilustra essa postagem é exemplo disso.
Pois se é muito chato ter que ficar muitos dias trabalhando até tarde - às vezes até mais de 21h! - por outro lado, saindo às 18h eu não teria a oportunidade de olhar pela minha janela e ver esse espetáculo que é a nossa catedral iluminada.
Esse flagrante foi feito pelo meu querido amigo Fabiano. Uma foto de celular, tirada ao acaso, mas que exprime exatamente a visão que eu queria: a janela da sala onde fico é moldura de uma paisagem linda da minha cidade. Essa cidade que eu amo tanto e pela qual já abri mão de muita coisa em minha vida - e, de coração, até hoje não consegui me arrepender disso.
Enjoy, everybody.

22/05/2007

Olha...

A música está no disco da Bethânia entitulado "As canções que você fez pra mim", e a partir de hoje ela passa a significar muito.
Eu não a conhecia, mas adorei.


Olha
Roberto Carlos e Erasmo Carlos

Olha, você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei pra mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo eu gosto mesmo assim.

Tem olhos cheios de esperança
De uma cor que ninguém mais possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui.

Olha, você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
Eu, que fui tão incostante
Te juro meu amor, agora é pra valer.

Olha vem comigo aonde eu for
Seja minha amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor.

18/05/2007

teoria da sincronicidade

O que você quer. E o que pensa que quer. (Sincronicidade parte 2)


À luz da teoria da sincronicidade, fica sempre muito relativo falar em mera coincidência, puro acaso. Correto seria dizer que de alguma maneira produzimos energias tanto para nossas melhores coincidências como para nossas piores ações. E aquilo que chamamos de sorte ou azar está mais ligado ao nosso estado interior do que a um destino caprichoso sem rosto.
A concepção Junguiana de sincronicidade é de que, mediante uma silenciosa e misteriosa troca de energias, nosso estado interior está ativamente ligado a objetos e acontecimentos à nossa volta. Mas é preciso entender bem o que Jung considera sincronicidade. Não se trata por exemplo, de relações de causa e efeito entre o mundo subjetivo e o objetivo. As relações de causa e efeito apenas produzem o que poderíamos chamar de fenômenos normais. Como quando alguém diz: eu estava falando da alta do dólar e de repente o preço dos importados tinha aumentado. Ora, num tempo de alta flutuação cambial, é perfeitamente lógico que um dos efeitos seja o aumento dos importados. Escrever para um amigo e receber a resposta é muito diferente de apenas acordar pensando muito nele e à tarde receber outra carta. A sincronicidade é sempre uma coincidência acausal. Ela é o encontro de duas cadeias paralelas de causa e efeito. O acontecimento exterior vem sempre reforçar, ilustrar. ampliar uma busca interna marcante. No caso da paciente de Jung, o escaravelho na janela veio reforçar o desejo que aquela mulher tinha de entender o significado lógico e racional da presença do inseto em seu sonho. Jung viu neste caso um fenômeno de sincronicidade - fato interior gerando um fato exterior. Tanto que abriu a janela, pegou o inseto e disse: eis o seu escaravelho. Ele era o símbolo vivo de que aquela mulher devia despertar para vivências de dimensões da realidade que estão fora da lógica, do tempo e do espaço. Longe de ser uma pura relação de causa e efeito, tipo aumento do dólar aumento dos importados, a sincronicidade significa uma vivência ilógica, muda, secreta, pessoal. Muitas vezes decisiva, mas difícil de ser percebida em sua totalidade no momento que acontece. Só de um outro ponto de vista pode ser integralmente compreendida, assimilada, contada. As vezes é preciso até viver muitos anos para, olhando o passado, dizer: como aquele fato, aquele dia foi importante, a vida inteira parece que só me preparei para ele.
Como aprender a ter sorte?
Preparar-se para sincronicidades felizes. Aprender a ter sorte. Será isso possível? Como mobilizar energia para que a grande rede da vida se teça a nosso favor, para que o mundo à nossa volta não se torne uma ameaçadora teia de azares? Aqui não há receitas. Mas eu diria que certa sincronicidade interna, certo "estar bem consigo mesmo" tende a produzir coincidências felizes. Pessoa sincrônica é aquela que tem suas necessidades internas alimentadas pela realidade exterior. Ela se conhece bem, sabe o que quer, caminha na direção do que precisa e assim cedo ou tarde, a vida se move a seu favor. Quem pelo contrário é infiel às suas verdades internas, finge em relação a si próprio, não sabe o que quer, se arrisca a entrar neste campo de energias contraditórias, negativas, a que costumamos chamar de azar. Veja só a figura do azarado: O sujeito que bate o carro, briga com a namorada, com o amigo, chega em casa encontra duas multas e um aviso do cartório de protestos. Tudo o leva a concluir: é, o mundo está contra mim. Ou a má fase não estará refletindo sua dissincronicidade, uma desarmonia interna, um não saber o que se quer. Ouvir bem seus desejos é fundamental para uma fiel relação de energias com a vida. O que a gente de fato quer, nem sempre corresponde àquilo que a gente pensa que quer.
*Doucy Douek é Psicóloga clínica, há mais de 25 anos, com especialização em Psicoterapia pela PUC-SP. Facilitadora Certificada em Respiração Holotrópica pelo Grof Transpersonal Training. Pioneira na introdução desta abordagem no Brasil.

17/05/2007

Apenas mais uma


Gente, não sei porquê, mas sonhei que estava no show do aniversário da cidade, e quem se apresentava era o Lulu Santos.
Sonho meio maluco. rs
Deve ser efeito daquele relógio em contagem regressiva (bomba-relógio?) que tem lá na frente da catedral. Todo dia a gente olha pra ele e se deprime porque falta pouquinho tempo (e ainda tem tanto por fazer!!!)
Bom, mas enfim. O sonho foi bom.
Aí deu vontade de ouvir o CD do Lulu Santos, lógico.
Meu carro é minha juke-box. Faz tempo que eu não sei o que é sentar pra relaxar e ouvir música em casa. Ou eu ouço no carro, ou eu ouço enquanto tô fazendo alguma outra coisa. Parar, sentar, acompanhar a letra no encarte... Isso tudo é coisa do passado - infelizmente!
Aí, na minha audição musical de Lulu entre trabalho e casa, veio outro trecho de música que se encaixa no que estou pensando neste momento (incrível como acontece isso comigo!!):

"(...)Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber(...)"
("Apenas mais uma de amor" - Lulu Santos)


Eu tô me sentindo bem...
E não quero nem saber o que vai acontecer amanhã ou depois de amanhã...
Pedi tanto pra 2007 ser um ano diferente, quero beber cada gota de cada coisa boa que me acontecer.
E, se amanhã não for nada disso... Bom, aí o problema é meu, né? rs

14/05/2007

Amei!


Receber flores de presente, no trabalho. E, ainda por cima, flores vindas de uma pessoa tão especial... Tem jeito melhor de começar a semana?? Acho pouco provável... Eu AMEI!!! Fiquei parecendo uma menininha que acabou de ganhar aquele brinquedo cobiçado...
Gestos assim tão simples, e tão poucas as pessoas que têm a sensibilidade pra fazer isso...
Eu acho que minha sorte está começando a mudar...

13/05/2007

O fio da meada


Eu quis falar pras minhas amigas, mas depois pensei um pouco e fiquei com medo de estar sendo precipitada. Não disse nada. [Nossa, que coisa! O que será que acontece que eu estou "pensando" antes de fazer algo?? Isso não é normal em mim! rs]
O fato é que estou sentindo que posso ter chegado a um ponto de mudança. Isso tem a ver inclusive com aquele sentimento diferente que rolou no 10/05 - aquele que eu cheguei até a escrever aqui no blog que estava estranhando, tamanha paz e leveza de espírito.
Existe um amor profundo, puro e eterno, que é indiscutível. Mas sinto que posso ter chegado num ponto onde esse amor vai deixar espaço pra coisas novas acontecerem. Sem que isso necessariamente desgaste esse sentimento tão enraizado em mim. Ensaiei dizer para as meninas, mas não disse por duas razões. A primeira eu já citei: porque ponderei sobre a minha eventual precipitação. A segunda é que eu sinceramente não conseguiria fazê-las entender (porque não consigo explicar bem o que tô sentindo). É como se "algo" estivesse me avisando de que as coisas estão mudando. Não estão ficando nem melhores, nem piores. Apenas diferentes.
Eu sempre falo com o Fabiano que o "problema" dele é que ele "pensa muito". Eu, ao contrário, não sofro desse mal. O meu mal (além de não pensar quase nada, que também é ruim) é que eu "sinto muito". Mas o pior é não conseguir verbalizar tudo isso que eu sinto, pra que as pessoas me ouçam, às vezes me compreendam e eventualmente me aconselhem.
Aí acontece de eu vir dirigindo sozinha de Limeira pra Sanca, numa manhã lindíssima de domingo, ensolarada, pensando em tudo isso. E, de repente, ouço:


E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero
(...)
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
Pra ser honesto
Só um pouquinho infeliz
Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem...
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei

Está tudo bem, tudo bem...
Giz
(Renato Russo)


Daí eu pensei: "Putz!" rsrs
Incrível. As músicas sempre vêm me ajudar a concluir meus pensamentos confusos.

11/05/2007

mudando de assunto...

Desaposentar
(Domingos Pellegrini)

Ele chegou à praça com uma marreta. Endireitou a estaca de uma muda de árvore e firmou batendo com a marreta. Amarrou a muda na estaca e se afastou como para olhar uma obra de arte. Não resisti a puxar conversa:
- O senhor é da prefeitura?
- Não, sou da Alice, faz quarenta e dois anos. Minha mulher.
- Ah... O senhor quem plantou essa muda?
- Não, foi a prefeitura. Uma árvore velha caiu, plantaram essa nova de qualquer jeito, mas eu adubei, botei essa estaca aí. Olha que beleza, já está toda enfolhada. De tardezinha eu venho regar.
- Então o senhor gosta de plantas.
- De plantas, de bicho, até de gente eu gosto, filho.
- Obrigado pela parte que me cabe...
Ele sorriu, tirou um tesourão da cinta e começou a podar um arbusto.
- O senhor é aposentado?
- Não, sou desaposentado.
Foi podando e explicando:
- Quando me aposentei, já tinha visto muito colega aposentar e murchar, que nem árvore que você poda e rega com ácido de bateria.Sabia que tem comerciante que rega árvore com ácido de bateria pra matar, pra árvore não encobrir a fachada da loja? É... aí fica com a loja torrando no sol!
Picotou os galhos podados, formando um tapete de folhas em redor do arbusto.
- É bom pra terra... Tudo que sai da terra deve voltar pra terra... Mas então, eu já tinha visto muito colega aposentar e murchar. Botando bermuda e chinelo e ficando em casa diante da televisão. Ou indo ao boteco pra beber cerveja, depois dormindo de tarde. Bundando e engordando... Até que acabaram com derrame ou enfarte, de não fazer nada e ainda viver falando de doença.
Cortou umas flores, fez um ramalhete:
- Pra minha menina. A Alice. Ela é um ano mais velha que eu, mas fica uma menina quando levo flor. Ela também é desaposentada. Ajuda na escola da nossa neta, ensinando a merendeira a fazer doce com pouco açúcar e salgados com os restos dos legumes que antes eram jogados fora. E ajuda na creche também, no hospital. Ihh... A Alice vive ajudando todo mundo, por isso não precisa de ajuda, nem tem tempo de pensar em doença.
Amarrou o ramalhete com um ramo de grama, depositou com cuidado sobre um banco.
- Pra aguar as mudas eu tenho que trazer o balde com água lá de casa. Fui à prefeitura pedir pra botarem uma torneira aqui. Disseram que não, senão o povo ia beber água e deixar vazando. Falei pra botarem uma torneira com grade e cadeado que eu cuidaria. Falaram que não. Eu teria que ficar com o cadeado e então ia ser uma torneira pública com controle particular, e não pode.
Sorriu, olhando a praça.
- Aí falei: então posso cuidar da praça, mas não posso cuidar de uma torneira? Perguntaram, veja só, perguntaram se tenho autorização pra cuidar da praça! Nem falei mais nada. Vim embora antes que me proibissem de cuidar da praça... Ou antes que me fizessem preencher formulários em três vias com taxa e firma reconhecida, pra fazer o que faço aqui desde que desaposentei... Tá vendo aquele pinheiro fêmea ali? A Alice que plantou. Só tinha o pinheiro macho. Agora o macho vai polinizar a fêmea e ela vai dar pinhões.
- Eu nem sabia que existe pinheiro macho e pinheiro fêmea.
- Eu também não sabia, filho. Ihh... Aprendi tanta coisa cuidando dessa praça!Hoje conheço os cantos dos passarinhos, as épocas de floração de cada planta, e vejo a passagem das estações como se fosse um filme!
- Mas ela vai demorar pra dar pinhões, hein? Falei, olhando a pinheirinha ainda da nossa altura. Ele respondeu que não tinha pressa.
- Nossa neta é criança e eu já falei pra ela que é ela quem vai colher os pinhões. Sem a prefeitura saber... E a Alice falou que, de cada pinha que ela colher, deve plantar pelo menos um pinhão em algum lugar. Assim, no fim da vida, ela vai ter plantado um pinheiral espalhado por aí. Sem a prefeitura saber, é claro, senão podem criar um imposto pra quem planta árvores...
- É admirável ver alguém com tanta idade e tanta esperança!
Ele riu:
- Se é admirável eu não sei, filho, sei que é gostoso. E agora, com licença, que eu preciso pegar a Alice pra gente caminhar. Vida de desaposentado é assim: o dinheiro é curto, mas o dia pode ser comprido, se a gente não perder tempo!

Publicado na GAZETA DO POVO, de 22/05/05, Fortaleza-CE

I wanna give you some love


Nossa, pensei tanta coisa pra escrever - sobre o desfecho do 10/05, mas não vai adiantar. Nada que eu escreva vai passar por perto do sentimento. Sentimento, aliás, muito complexo, com várias facetas. Então vai a letra da música. Pra não esquecer nunca aquela coisa "quentinha" que eu sinto por dentro, que às vezes faz "cosquinha", mas às vezes dói agudo (e isso é grave!)

TURN YOUR LIGHTS DOWN LOW
[Bob Marley]

Turn your lights down low
And pull your window curtain
Let the moon come shining in
Into our life again
Saying ooh, it's been a long, long time
I got this message for you girl
But it seems I was never on time
Did I wanna get through to you girl?
On time, on time
I want to give you some love
I want to give you some good, good loving

Turn your lights down low
Never ever try to resist, oh no
Let your love come shining in
Into our lives again
And I love you
And I want you to know right now
I love you
And I want you to know right now
That I wanna give you some love
I wanna give you some good, good loving

Loving you is a like a song I replay
Every three minutes and thirty seconds of every day
And every chorus was written for us to recite
Every beautiful melody of devotion every night
It's potion like this ocean that might carry me
In a wave of emotion to ask you to marry me
And every word, every second, and every third
Expresses the happiness more clearly than ever heard
And when I play them, every chord is a poem
Telling the Lord how grateful I am cause I know him
The harmonies possess a sensation similar to your caress
If you asking then I'm telling you it's yes
Stand in love, take my hand in love, God bless

I want to give you some good, good loving
I want to give you some love
I want to give you some good, good loving

10/05/2007

Continua linda


É preciso comentar.
Eu não me canso de admirar Brasília.
Não sei explicar o que acontece.
Logo eu que não gosto de cidade grande, mas eu me sinto tão bem naquela terra... Eu tenho que dar o braço a torcer: Brasília me encanta.
Acho que é algo kármico, não sei dizer com precisão. Desde a primeira vez em que estive lá já me deu uma sensação boa. Pensei que fosse admiração passageira, dessas que a gente sente quando pisa pela primeira vez numa cidade bonita. Achei que com o tempo eu ia perder aquele deslumbramento da primeira vez, que isso era "coisa de turista"...
Mas não é, gente, não é...
A cada olhar, um novo encantamento.
Brasília à noite é uma coisa de louco, dá vontade de sentar no meio-fio e chorar, como diria o Nelson Rodrigues. Se bem que lá seria difícil chorar sentada no meio-fio, mas tudo bem, vale a intenção.
Eu quero trazer pra São Carlos a civilização de Brasília no trânsito. Lá o pedestre pisa na rua e os carros todos param para que seja possível a travessia. Aqui, infelizmente, se você fizer isso, leva uma buzinada, é atropelado e o motorista ainda xinga tua progenitora! Só a placa na entrada, já dá uma pista: "Senhores visitantes, em Brasília evitamos buzinar". Gente, é muita civilização... Parece outro país, às vezes. E isso é uma pena.
Tá bom, já parei. Eu sei que é chato isso de ficar nesse dengo todo com a capital.
Mas eu precisava comentar.

10 de maio diferente

10 de maio é dia problemático
Ainda mais com eventos culturais da magnitude do de hoje.
Mas a cada dia que passa nessa minha maravilhosa vida, eu entendo que Deus é Pai e que Ele sempre esteve comigo e que Ele nunca me deu um frio que fosse maior que meu cobertor.
Eu tenho aprendido muito com o passar dos anos... E uma das coisas que aprendi faz tempo - e que a toda hora vejo confirmada - é que nada acontece por acaso.
Eu hoje cheguei pra trabalhar me sentindo EXTREMAMENTE bem. Fazia um tempão que eu não tinha uma sensação de paz de espírito tão grande.
De repente me senti como naquela canção "Telegrama" do Zeca Baleiro
"(...)hoje eu acordei com uma vontade danada
de mandar flores ao delegado
de bater na porta do vizinho e desejar bom dia
de beijar o português da padaria(...)"

A minha paz é tão grande que até a Bruna - menina admirável, de sensibilidade ímpar, que a cada dia respeito mais - me perguntou: "O que aconteceu que você hoje está tão bem-humorada logo de manhã?" Coitadinha, ela deve sofrer um bocado com meu mau-humor do cão - que é o normal das minhas manhãs.
Pois é... E quem diria que esse bom-humor viria logo no 10 de maio? É ou não é um fato pra me ensinar alguma coisa?
É tão boa a sensação de se sentir leve...
Já me disseram que eu passo a imagem de ser alguém muito forte.
Eu sempre me achei muito frágil.
Mas acho que estou aprendendo a lidar melhor com as coisas e sinto que a cada dia tenho mais condições de tomar as rédeas da minha vida, sempre aproveitando as boas oportunidades que me surgem pelo caminho. E como são boas essas oportunidades...
Sinceramente eu não sei o que vai acontecer até o final desse 10 de maio, mas até agora ele está perfeito.

Dois presentes de Deus!



Recebi essa semana notícias de que nasceram os bebês de duas amigas queridas.
Fernando, o filhinho da Maria - amiga-irmã, referência de minha infância e adolescência, aquela que me fez compreender pela primeira vez o sentido da real amizade - nasceu atrasado: estava gostando de ficar aproveitando aquele confortável bercinho que foi a barriga da mãe dele. Nasceu grande, forte, fofíssimo.
Isabella, filha da minha amiga Isabel, que antes de ter sido minha grande amiga da fase dificílima pré-vestibular, também já tinha sido grande amiga de minha irmã Roberta, ou seja, uma amiga de gerações!
Na semana do dia das Mães, gostaria de expressar minha sincera felicidade por ver minhas duas amigas receberem esses presentes maravilhosos de Deus...
Enquanto não chega minha hora de também ser mamãe, me realizo vendo minhas amigas Mães e vou aprendendo muito com elas.
Que sejam sempre fortes e que a maternidade seja pra elas a felicidade plena que eu sei que elas merecem.
E aos bebês, sejam bem-vindos!