30/04/2009

anta de ki-chute

Eu me recuso a fazer QUALQUER comentário a respeito disso.

"Ela é transmitida dos porquinhos para as pessoas só quando eles espirram. Portanto, a providência elementar é não ficar perto de porquinho nenhum"
(José Serra, sobre a gripe suína)

22/04/2009

voltei!


E cá estou eu de volta...Depois de um feriado prolongado em Santos, em que fui cercada de carinho, boas conversas, ótimas energias, risadas, oração. O que mais se pode querer?
Meu corpitcho voltou um pouquinho menos branco, com um suave "bronzeado de tapioca". rs
Dentro do meu coração trouxe muita, muita paz...
E um bom bocado de carinho, colhido junto de pessoas especiais.
E aquela mensagem que me disse: "Te digo que você chegou de um jeito, mas vai voltar de outro".
Até breve, meus queridos.
Que Deus possa lhes abençoar sempre, pois vocês merecem.

17/04/2009

Lá vou eu...

Lá vou eu buscar um pouco de paz e de descanso no feriado...

burrice

"Senhoras e senhores!
Senhoras e senhores!
Se neste momento solene
não lhes proponho um
feriado comemorativo para
a sacrossanta glória da burrice nacional,
é porque todos os dias,
graças a Deus, do Oiapoque ao Chuí,
dos Pampas aos Seringais, ela já é
gloriosamente festejada!
Gloriosamente festejada!"
(Tom Zé)

Saúde

Vamos brincar de tocar o barco?
Ou então, vamos brincar de tomar o bonde?
Cansei de brincar de deprê.
A trilha sonora de hoje é essa.

Saúde
(Rita Lee e Roberto de Carvalho)
Me cansei de lero-lero
Dá licença
Mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar
Opiniões...
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar
Mais de mim!
Como vai? Tudo bem!
Apesar, contudo
Todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer
Do coração...
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!


E aos que não quiserem que eu os faça felizes, nessa minha breve caminhada pela vida, só tenho a declarar que lamento muito.
Todo mundo tem o direito de perder o bonde da felicidade.
Eu continuo tentando exercer o MEU direito de pegar o bonde da felicidade...
E se na hora que o bonde parar, alguém ficar ali do lado de fora parado, coçando a cabeça, indeciso, olhando a bagagem enorme que tem que colocar pra dentro do bonde, avaliando se compensa ou não essa aventura, eu vou é procurar o meu lugar na janelinha, pra aproveitar melhor a viagem.
Queria que esse alguém entrasse comigo no bonde e sentasse ao meu lado... Mas o livre arbítrio é de cada um, não há como obrigar. Não sou eu quem vai querer dar murro em ponta de faca, não é mesmo?
Murros em facas machucam as mãos. E eu preciso das minhas mãos lindas e bem tratadas, para fazer muito carinho na pessoa que estiver sentada no assento ao meu lado...
E se o assento ao meu lado estiver vazio quando o bonde partir da estação... Paciência! Sempre haverá uma bela paisagem no caminho para ser admirada.
E vamos que vamos!

15/04/2009

anime-se

"Seu Poder Supremo tem um plano para você, que é melhor do que seus mais loucos sonhos. A vida de volta à cena será muito mais fácil se você apenas acreditar que está onde deveria estar e deixar seu corpo ficar em sintonia com os acontecimentos. Preocupar-se com o que poderia acontecer no futuro não nos serve para nada no presente; só nos faz ficar temerosas e instáveis. Animais podem farejar o medo. Nós muitas vezes temos pensamentos horríveis. Se o motivo de nossa preocupação não passa de imaginação, então estamos nos iludindo."
(Elizabeth Gilbert em Comer Rezar Amar)

Violência verbal

Adorei a mensagem

Leve...

Num dia em que me sinto inacreditavelmente LEVE, Chico Buarque oferece a Renata Maria:

Leve
Carlinhos Vergueiro - Chico Buarque

Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário
Ao cais do porto, ao paço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve

O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo




Eu sempre achei essa música de um mau-caratismo encantador. rs. Talvez porque eu tenha experimentado ouvir, em minhas desilusões vida afora, algo parecido com o "sei que o seu caminho amanhã será um caminho bom... mas não me leve!". Ouvindo o Chico cantar com aquela vozinha mansa, fiquei imaginando se é assim, delicadamente, que ele dá os foras nas mocinhas que ele seduz... Tem gente que é assim! Classuda! rs
(Ouça a música original clicando aqui)

13/04/2009

sua presença é real em meu viver

Na primeira noite em que voltei pra Igreja, para participar de uma missa depois de muito tempo, eu ouvi essa música e não consegui conter as minhas lágrimas. Era como se todas aquelas pessoas ali reunidas, em comunhão com Cristo, estivessem cantando essa música só pra mim naquele momento... Senti vontade de abraçar a cada desconhecido que estava ali comigo naquela hora. Eu cantei junto, sem nunca te-la ouvido, e até agora não consigo explicar como isso foi possível.
Acredito que ela deva tocar qualquer pessoa, seja ela católica, evangélica, espírita...
Qualquer pessoa que tenha Deus no coração não consegue ouvir essa música sem se emocionar.
O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo.
Veja o video com a letra completa clicando aqui

construindo novos caminhos

"Enfrentar sofrimentos contribuirá indiscutivelmente para a elevação de sua prática espiritual, desde que você seja capaz de transformar a calamidade e o infortúnio em caminho".
Dalai-Lama

12/04/2009

mulher durona?

Afinal de contas, qual a mulher de verdade que não é "durona"? Talvez as barbies, dondocas e fresquinhas de plantão. E somente elas. Mas, afinal de contas (de novo), que importância têm estas no futuro que desejamos construir? Precisamos de mais mulheres de fibra. Precisamos de mais gente agindo, decidindo e sendo eficiente.
"Gil disse na música super-homem que ele tinha um lado feminino a cultivar. As mulheres têm um lado de resistência, identificado com o sexo masculino, para ressaltar. Não somos um bando de manteigas derretidas que não enfrenta a diversidade; pelo contrário, resistimos a tudo. Eu costumo afirmar que sou uma mulher dura cercada de homens meigos. Isso quer dizer o seguinte: eu nunca vi nenhum homem se explicar. Pode exercer assertivamente as atividades dele que ninguém vai graduar se é duro ou médio. Ele é. Ponto. Então pergunto: que história é essa de falarem que sou durona?
(...) Eu sou uma pessoa alegre. O fato de ficar séria não quer dizer mau humor. Fico séria enquanto penso. Preocupada, então, é que não rio mesmo. Isso não tem nada a ver com depressão. (...) Vocês não sabem o que é o rally Paris Dakar que enfrento todo dia no governo."
Dilma Vana Rousseff, 61 anos, mineira, economista, atual ministra-chefe da Casa Civil, mãe do PAC e, se tudo correr bem, será a primeira presidente mulher do Brasil, em 2011.

exclusão

"O grande predador social hoje é o medo da exclusão, que afeta não só os pobres mas também os velhos, os barrigudos, os que se sentem feios etc".
Regina Favre - filósofa, educadora e terapeuta corporal

11/04/2009

calma

É isso que eu quero desenvolver em mim!
"(...)Que reação você teria se alguém que você ama muito lhe causasse a maior decepção da sua vida? Que comportamento teria se tudo o que você mais valoriza estivesse por um fio, corresse o risco de ser perdido subitamente?
Frequentemente, reagimos sem qualquer lucidez nos momentos de tensão. Dizemos coisas absurdas, incoerentes, ferimos pessoas e nos ferimos. O medo, a raiva, a ansiedade nos impelem a reagir sem pensar. Os instintos controlam nossa inteligência.
(...) num clima em que ninguém pensa, a melhor resposta é não dar respostas. É procurar a sabedoria do silêncio.
Você usa a ferramenta do silêncio quando é pressionado? Nos primeiros trinta segundos em que estamos estressados cometemos nossos maiores erros.
Nunca se esqueça disso. Seus maiores erros não foram cometidos enquanto você navegava nas calmas águas da emoção, mas quando atravessava os vales da ansiedade. São nesses momentos que dizemos palavras que nunca deveriam ter sido ditas.

(...)Somente alguém que sabe ter domínio próprio e fazer escolhas é capaz de encontrar um lugar de descanso no centro de uma guerra.
(...)A facilidade que temos em julgar os outros e a incapacidade que temos de encontrar um tesouro por detrás da cortina dos erros... (...) O perdão é um atributo dos fortes; a condenação, dos fracos."
Augusto Cury, psiquiatra e escritor, no livro "12 semanas para mudar uma vida"

"metapostagem"

Que sem-graça!
Eu queria postar uma letra de música, que retrata exatamente como me sinto hoje, e eis que percebo que ela já está aqui!
Tudo bem, vai ver foi só pra confirmar que ela é mesmo uma das músicas da minha vida!

08/04/2009

Amar

Amar a Deus esperando milagres é a mesma coisa que amar uma pessoa esperando que ela te faça feliz. Ou seja: decepção na certa!
O amor é um sentimento que, acima de tudo, deve ser desinteressado. Não posso condicionar o amar a alguém à obrigatoriedade de que ele me ame de volta!
É mais ou menos assim: Eu amo muito alguém. Ponto. Se esse alguém eventualmente irá retribuir o meu sentimento, é outra conversa. Completamente outra conversa, eu diria.
Da mesma forma deve ser o amor por Deus. É besteira quando alguém diz: "acredito em Deus porque ele opera milagres em minha vida". O acreditar - e amar - não deve ser a CONSEQÜÊNCIA, mas sim a CAUSA. Eu amo a Deus porque esse amor me faz bem, porque Ele preenche a minha vida e o meu coração. Se Ele vai ou não vai me dar graças palpáveis, é outra conversa... E isso não vai diminuir ou modificar em nada o meu amor por Ele. Mesmo porque, sabemos de nossas leituras da própria Palavra de Deus, que todas as graças que recebemos de Deus nos vem de sua imensa misericórdia e bondade, e NÃO DE NOSSO MERECIMENTO. Afinal de contas, Deus, sim, nos ama de verdade e desde sempre. E Ele não espera que retribuamos primeiro para depois nos abençoar com Seu amor. E é isso que devemos fazer: amar como Deus nos ama. Seja quem for.
Depois que atinei para esse fato, minha vida mudou. E minha relação com Deus também.
Em tempo de Quaresma - que é, acima de tudo, tempo de conversão - todos deveriam refletir sobre isso.

06/04/2009

ui!

Ui! Deve ter doído, essa resposta. Será que doi muito a "dor-de-bico"? rs
Quem conhece o Valter é capaz até de imaginar a cara dele enquanto escrevia o texto.
Amei. É bem o estilo de texto que, depois de ler, eu fico pensando "queria ter sido eu a ecrever!"
É muito longo, mas mesmo assim eu não poderia me privar de colocá-lo aqui, para a posteridade.
Enjoy.



Os equívocos do PSDB
Valter Pomar

Alberto Goldman, vice-governador de São Paulo, escreveu um artigo criticando a resolução política aprovada pelo Diretório Nacional do PT no dia 10 de fevereiro. O artigo de Goldman foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, no dia 5 de abril.
Desconheço se existe uma resolução do Diretório Nacional do PSDB acerca da crise internacional, seus desdobramentos no Brasil e sua influência nos debates da sucessão presidencial.
Assim, fico sem um parâmetro essencial para saber se a resolução do PT, de cuja redação e aprovação eu participei, é mesmo (como afirma Goldman) “simplista”; ou se o adjetivo é apenas um cacoete típico da arrogância com que os tucanos qualificam qualquer coisa que não tenha origem em suas “mentes brilhantes”.
Fiquei com a impressão, entretanto, que Goldman não leu com atenção a resolução que critica. Se tivesse lido, teria percebido que antes da constatação – ademais, óbvia — de que estamos “diante de uma crise do sistema capitalista como um todo, na forma neoliberal que assumiu nos últimos 30 anos", há uma descrição e uma análise que o vice-governador tucano não questiona.
Pior ainda: Goldman critica algo que o texto do PT simplesmente não diz, a saber, que esta crise “significa um tiro de morte no sistema de produção capitalista”.
Insisto: a resolução aprovada pelo Diretório Nacional do PT não afirma, não insinua, não sugere, em nenhum momento, em nenhuma passagem, em nenhum trecho, que esta crise seja “um tiro de morte” no capitalismo. E, ao contrário do que diz Goldman, o documento do PT apresenta propostas concretas e imediatas para enfrentar a crise, inclusive “reformas radicais e urgentes dos organismos econômicos e financeiros multilaterais”.
Seria cômodo acusar Goldman de mentiroso, pura e simplesmente. Mas talvez seja mais útil tentar entender por qual motivo ele critica com tanta ênfase algo que não está no texto aprovado pelo PT.
Arrisco duas explicações: primeiro, o documento aprovado pelo Diretório Nacional do PT reafirma a orientação socialista do Partido, orientação que a crise torna ainda mais atual. Segundo, ao nos acusar de estúpidos, Goldman desvia a atenção da estupidez tucana.
A profunda hegemonia do capitalismo, hoje, é exata e somente isto: um fato. Deste fato não deriva, como pensa Goldman, que o capitalismo seja eterno, que a sociedade humana seja incapaz de organizar de outra maneira a produção e a distribuição das riquezas, que o socialismo tenha se tornado inviável.
Se não for pedir demais, recomendamos a Goldman que leia a resolução do 3º Congresso do Partido dos Trabalhadores, especialmente o capítulo “socialismo petista”, onde está uma síntese do que defendemos. Um socialismo cujos “principais traços” incluem: a mais profunda democratização; um compromisso internacionalista; o planejamento democrático e ambientalmente orientado; a propriedade pública dos grandes meios de produção.
O fato de reafirmarmos nossa defesa do socialismo, não significa que acreditemos que esta crise é “um tiro de morte” no capitalismo, nem que ela necessariamente vai “apressar a transição” para uma sociedade socialista.
Muito ao contrário de qualquer fatalismo, longe de qualquer otimismo de Poliana, a resolução do PT fala o seguinte:
a) “assistimos a uma disputa entre diferentes projetos: forças conservadoras, progressistas e socialistas competem para definir o desenho do mundo pós-crise”;
b) é necessário “impedir que a crise jogue o país na recessão; mais do que isto, é preciso transformar a crise numa oportunidade para acelerar a transição, já iniciada pelo governo Lula, em direção a outro modelo econômico-social”;
c) “a vitória do projeto progressista e de esquerda dependerá, em grande medida, da articulação do campo democrático-popular e da construção de um programa para o próximo mandato presidencial, que articule o que fizemos desde 2003 com nosso projeto democrático-popular de horizonte socialista”.
Nós não causamos a crise. Nós não comemoramos a crise, que do ponto de vista imediato causa impactos sociais e econômicos negativos para a maior parte do povo, a começar pelo desemprego. Nós não agimos como os tucanos, que torcem pelo agravamento da crise, na perspectiva de colher dividendos eleitorais em 2010. Nós não nos acovardamos frente à crise, que comprova o acerto das mudanças que estamos fazendo no país e que precisamos aprofundar.
É impressionante que o vice-governador, ex-comunista, tenha se tornado mentalmente tão conservador, a ponto de criticar inclusive isto: que uma crise seja, ao mesmo tempo, risco e oportunidade.
Aliás: se esta crise oferece também oportunidades para o Brasil, é exatamente na medida em que o governo Lula não seguiu a “trilha aberta pelo governo FHC”. Pois esta trilha, falemos com clareza, conduzia à privatização dos bancos públicos e à implantação da Área de Livre Comércio das Américas, para ficar apenas nestes dois exemplos.
Olhando ao revés: as dificuldades que temos, para enfrentar esta crise, originam-se exatamente da herança maldita do governo anterior, daquilo em que ainda não conseguimos romper com a “trilha” seguida por FHC. Por exemplo: o peso da especulação financeira e a legislação que contém os investimentos públicos.

Esta herança ainda é forte, exatamente porque os neoliberais ainda têm enorme força política. Aliás, que curioso: Goldman atacou coisas que não estão na resolução do PT. Mas não se deu ao trabalho de negar que os tucanos são neoliberais.
Pelo menos nisto, pensou mais como ex-comunista do que como anti-comunista, figurino que ele veste quando busca desqualificar quem acha, como nós do PT, que é possível e necessário construir outro tipo de sociedade, que não esteja submetido a crises periódicas causadas por um modo de produção que se organiza em torno do lucro e da exploração.

*Valter Pomar, secretário de relações internacionais do PT



E o texto que originou tamanha beleza argumentativa por parte do nosso querido Valter aqui está:



Os equívocos do PT
ALBERTO GOLDMAN*


Eis a minha contribuição ao debate ideológico. Estou convicto de que a sociedade brasileira deve travar esse debate para 2010

A RESOLUÇÃO política do Diretório Nacional do PT de 10/2, que se propõe a analisar a crise econômica internacional, seus desdobramentos no Brasil e sua influência nos debates da sucessão presidencial é um documento que, além de simplista, é revelador.
Nele o PT se recusa a fazer a análise de maneira profunda, preferindo sentenciar: "Estamos diante de uma crise do sistema capitalista como um todo, na forma neoliberal que assumiu nos últimos 30 anos". É isso mesmo?
O mundo experimentou de 2003 a 2007 o mais intenso ciclo de expansão econômica da história, e o Brasil se beneficiou da globalização da economia mundial, com bem menos eficiência, é verdade, que países como China, Índia, Coreia do Sul e Rússia.
É fato, porém, que o sistema capitalista sofre crises cíclicas e que a atual foi precipitada pelos riscos assumidos pelos mercados financeiros e agravada por deficiências na regulamentação das suas atividades exercida pelas agências governamentais de controle.
Agora, acreditar, como faz o PT, que a crise significa um tiro de morte no sistema de produção capitalista é uma aposta que não possui nenhuma aderência à realidade. Mesmo porque inexiste hoje no mundo qualquer alternativa de organização do sistema econômico que não nos moldes da economia de mercado, com graus diferenciados de intervenção estatal -não só necessária como legítima.
Diferentemente do que pensa o PT, a superação da crise, dada sua profundidade e seu alcance, passa por uma reforma profunda das atividades financeiras em escala global e na redefinição de atividades econômicas nos países desenvolvidos, rompendo-se as cadeias de subsídios e ineficiências explicitadas por ela.
Ao PT, que se coloca como arauto de um projeto de "horizonte socialista", exaltado na resolução, cabe a reflexão, ainda que tardia, sobre o desaparecimento no final do século passado dos regimes socialistas e comunistas do Leste Europeu. O que o PT pretende alcançar? Qual é o outro modelo econômico-social de que fala o PT?
É a volta à economia centralizada e seus mirabolantes e ineficazes planos quinquenais, com a presença esmagadora do Estado? É a instituição do regime político de partido único a conduzir todas as atividades político-econômicas? Ou é a simples troca de um projeto de nação por um projeto de poder, conforme denunciou Frei Betto em recente entrevista?
Encontramos na resolução petista a seguinte afirmação: "Os neoliberais que nos antecederam no governo do Brasil, que ainda governam Estados brasileiros e cidades muito importantes, que têm forte presença no Congresso Nacional (...)". Ora, ora, ora, se não são os vícios de uma esquerda de pensamento antidemocrático se manifestando na expressão "ainda".
Como se as conquistas do recente processo de democratização do país -o pluripartidarismo e a convivência de vários partidos no comando de Estados e municípios- fossem uma excrescência, e não a normalidade da vida democrática, e como se ao governo Lula se opusesse apenas uma corrente do pensamento político nacional.
Ora, ninguém minimamente lúcido, no Brasil ou no mundo, deseja uma recessão econômica. Os empresários porque, com ela, perdem muito dinheiro, e os trabalhadores porque perdem o emprego. Logo, a luta contra a recessão não é um privilégio petista. Agora, afirmar que a crise pode apressar a transição para o tal horizonte socialista, conforme afirma a resolução, não passa de delírio.
Se o governo Lula seguiu uma direção correta, foi ter-se mantido na trilha aberta pelo governo FHC de controle da inflação, responsabilidade fiscal, aumento da participação da iniciativa privada nos projetos de infraestrutura e fortalecimento do sistema financeiro nacional.
Mas batizar com novos nomes programas em andamento (o PAC é isso) ou assumir como sua a criação de projetos gestados no passado pode funcionar no campo da propaganda, mas não esconde a verdade: o que o governo Lula tem de melhor foi e é a continuidade -em uma fase de grande desenvolvimento da economia mundial, que se iniciou em 2003 e durou até 2008- de esforços do governo anterior, algo que o governo Lula se recusa a reconhecer. Até quando vão fugir das responsabilidades com as dificuldades por que passa o país?
Eis aqui a minha modesta contribuição ao debate ideológico. Estou convicto de que a sociedade brasileira deve travar esse debate para 2010 e optar entre um projeto de poder de exclusividade de um grupo político ou um projeto de país com foco na justiça social, comprometido com a ampliação dos espaços democráticos e de cidadania.

*ALBERTO GOLDMAN, 71, engenheiro civil, é vice-governador do Estado de São Paulo. Foi ministro dos Transportes (governo Itamar Franco) e secretário da Administração do Estado de São Paulo (governo Quércia).


E euzinha acrescentaria, modestamente: tomara MESMO que a sociedade brasileira trave esse debate (e muitos outros) em 2010!

não combina!

Coisas que DEFINITIVAMENTE não combinam:

Chuva + Sandália rasteira + pé com creme hidratante

05/04/2009

Faz diferença!

"O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor."
M. Teresa de Calcutá

04/04/2009

enquanto isso, no estado mais rico do país...

Seria o "momento piada" se não fosse tão trágico.
É tanta incompetência que chega a ser tosco.
Nem vou copiar a notícia pra não gastar espaço do meu blog com essa palhaçada.
Mas não dá pra deixar passar em branco!! Assim, quem quiser ler a notícia, é só clicar no link abaixo.
enjoy!
Apostilas fornecidas pelo Governo do Estado de São Paulo aos alunos do ensino público estadual.
Deviam ter economizado algumas centenas de milhares de reais que estão gastando na propaganda (aquela que a gente não consegue assistir nem um bloco de comerciais no horário nobre sem ver estampada na tv!) e contratado um revisor pras apostilas. Garanto que teria saído bem mais baratinho - e a qualidade de ensino das nossas crianças e jovens, futuros profissionais do nosso estado, agradeceria.
(desculpa aí, viu, tucanada!?, mas esse tom agressivo é só pra mostrar como a gente também sabe jogar o joguinho de vocês, se a gente quiser... Delícia!)

:)

''Esse é o cara'', afirma Obama, sobre Lula

Andrei Netto, LONDRES*

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou ao mundo ter um brother (irmão) no G-20: Luiz Inácio Lula da Silva. A confidência veio à público na tarde de ontem, quando uma conversa informal entre os líderes reunidos na Cúpula de Londres foi captada pela rede de TV britânica BBC: "Eu adoro esse cara!", disse o americano a colegas, após um íntimo aperto de mão com o brasileiro.

Obama, ao lado do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e do primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, inclinou o corpo e fez amplo, jovial e informal gesto para apertar a mão de Lula. Voltando-se aos colegas, disse: "Esse é o cara! Eu adoro esse cara! É o mais popular político do mundo!"

Sem a mesma desinibição, Rudd entrou na brincadeira: "É o mais popular político veterano do mundo". Obama, então, completou: "É porque ele é boa pinta".

Durante o diálogo, Lula - que ouviu a tradução pelo intérprete da presidência, Sérgio Ferreira - sorriu. Veiculado nos canais britânicos e internacionais de TV, o diálogo confirmou os rumores que circulavam em Londres: entre os líderes do G-20, Lula foi uma celebridade pop.

Os sinais de seu carisma internacional se multiplicaram ao longo da semana. Antes de chegar a Londres, ele foi recebido pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, no Palácio do Eliseu. Juntos, almoçaram e fizeram uma declaração à imprensa em Paris repleta de afagos mútuos. Depois, Lula seguiu para a capital britânica. Sua opção de percorrer os 455 quilômetros que separam Paris de Londres em trem-bala, e não no avião presidencial, provocou elogios do The Guardian, impressionado pela consciência ambiental da delegação brasileira. A reportagem ignorou que o aerolula voou só com a tripulação para pegar a delegação hoje. A badalação em torno de Lula continuou na Inglaterra. Na foto oficial, no Palácio de Buckingham, ele se sentou à esquerda da rainha Elizabeth II. A distinção lhe foi oferecida por ser o mais antigo líder entre os membros do G-20.

A série de afagos não deslumbrou Lula, ao menos publicamente. Questionado por jornalistas sobre a intimidade com Obama, minimizou: "A frase do Obama deve ter sido um gesto de gentileza, uma brincadeira. Tenho consciência do meu tamanho, da minha importância e tenho consciência de cada companheiro também." Lula retribuiu as carícias. "O Obama, eu disse a ele, é o primeiro presidente dos EUA que têm a cara da gente. Se você encontra ele, vai pensar que é baiano. Se o encontrar no Rio, vai pensar que é carioca. É o primeiro que é parecido com todo mundo".

*Fonte: Portal do Estadão

03/04/2009

preconceitos

Todos nós deveríamos, a cada dia, exercitar, até conseguir:
Julgar menos os outros, principalmente à primeira vista.
Não tentar vencer nosso complexo de inferioridade estigmatizando nosso próximo.
Não invejar os atributos de outrem.
Não emitir juízo de valor.
Colocar-se no lugar do outro antes de lançar a seta implacável da palavra.

somos todos irmãos

Hoje eu aprendi que quando alguém tem um problema - e me lembro de já ter escrito aqui dias atrás que aprendera que TODOS, sem exceção, têm lá os seus! - e quer desabafar, não procura necessariamente alguém que esteja no seu patamar, pra desabafar de igual pra igual.
Vivemos entre os PHDeuses, que muitas vezes se colocam em pedestais e nem sequer olham pra baixo.
Mas quando a coisa aperta, o ombro amigo pode estar ali, entre a patuleia...
Que bom saber que nem todos os PHDs subiram ao Olimpo.
Já me disseram - lá se vão mais de 10 anos desde a primeira vez em que me lembro de ter prestado atenção a alguém me dizer isso - que eu transmito muita paz aos outros. E que transmito muita confiabilidade também.
Hoje acho que alguém me demonstrou isso, mesmo sem perceber.
(Ironia do destino: tudo que mais busco ultimamente é paz interior... E alguma auto-confiança também!)
Na realidade, quando a gente está triste e encontra um ombro pra se recostar, a gente não vai lembrar de consultar o lattes desse ombro pra ver se ele é digno de receber nosso desabafo... A gente não quer teorias de quem estudou o comportamento humano, como nós... A gente só quer um bom ouvido que nos ouça. E um bom coração pra se pôr no nosso lugar ao ouvir a nossa história!
Mulheres vistas como fortes procuram mulheres que elas vêem como fortes!
alguém, sem querer, me fortaleceu hoje. Simplesmente porque me enxergou forte.
Me fez bem ouvir sobre uma preocupação de uma pessoa aparentemente tão "bem resolvida".
Acho até que me senti melhor ao ouvir o desabafo do que a pessoa se sentiu desabafando.
Estranhos paradoxos da vida!

imagem

Olhando essa imagem, eu diria a vocês que tudo é uma questão de ponto de vista.
Ou então que nem tudo é o que parece.
Ou ainda que tudo depende da maneira que você olha para aquilo.
Talvez eu dissesse que tudo na vida tem seu lado positivo.
Ou mais: que as aparências enganam.
Melhor ainda: que quando tudo parece péssimo, devemos sempre buscar uma nova maneira de encarar a situação.
E vocês, o que me dizem?

sabedoria

Atire a primeira pedra quem nunca sonhou em ser sábio um dia.
Eu não somente quis, mas continuo correndo atrás disso, diuturnamente.
E a cada dia sinto meu caminhar um milimetrozinho mais nessa estrada. Oxalá eu nunca saia dessa estrada - porque sei que ela não tem fim! - até o último passo que eu puder dar nesta vida!

"Ser sábio não quer dizer ser perfeito, não falhar, não chorar e não ter momentos de fragilidade. Ser sábio é aprender a usar cada dor como uma oportunidade para aprender lições, cada erro como uma ocasião para corrigir rotas, cada fracasso como uma chance para ter mais coragem. Nas vitórias, os sábios são amantes da alegria; nas derrotas, são amigos da reflexão".
Augusto Cury, psiquiatra e escritor, no livro "12 semanas para mudar uma vida"

(mais uma) outra coisa que não tem preço

Cabeças pensantes e almas corajosas.
Gente que sente intensamente - e tem coragem de assumir isso.
Gente que não "joga", e que tudo que gostaria seria de encontrar mais gente que também não "jogasse" em seu caminho.
Gente que não se assustaria diante de alguém que amasse "de volta" sublimemente, mas que infelizmente ainda não teve oportunidade de ser amada "de volta" sequer honestamente - quanto mais sublimemente!
Gente capaz de exprimir em palavras sentimentos que vão dentro do peito de muito mais gente...
Gente que é assim e que, pra completar a Graça, faz parte da vida da gente!
Realmente, minha querida amiga, isso não tem preço!

outra coisa que não tem preço

Diálogo:

Eduardo diz:
Re, posso te dizer uma coisa?
Renata Maria diz:
claro
Eduardo diz:
Eu gosto muito do ser humano Renata Biasioli...
Renata Maria diz:
tem algum "mas" na continuação?
Renata Maria diz:
rs
Eduardo diz:
Não... gosto muito de vc... é isso. É q às vezes a gente deixa de falar algumas coisas. Queria q vc soubesse disso.


Só quem já teve um amigo de verdade, desses que a distância nunca vai conseguir separar da gente, sabe o quanto é bom ouvir (ou "ler") uma coisa dessas.
Tive algumas decepções no meu círculo de amizade recentemente. Ouvir uma coisa dessas de um amigo do coração, realmente, não tem preço.
Muito obrigada, meu Deus.

uma bela reflexão p/ uma 6ª feira