24/04/2010

As atitudes e os valores nossos de cada dia

Você já parou pra pensar mais demoradamente em "valores" e "atitudes"?
Estou estudando isso no meu curso de gestão pública, mais especificamente na disciplina de Psicologia Organizacional, e tenho achado o tema bastante interessante.
Estou aprendendo que as atitudes são muito mais facilmente modificáveis do que os valores. Faz sentido constatar esse fato teórico no nosso dia-a-dia: nós conseguimos modificar nossas atitudes mais facilmente quando essas alterações não ferem nossos valores, que são as convicções básicas de cada pessoa, geralmente trazidas desde a infância.
Sou privilegiada, porque, graças à boa formação que minha família sempre me deu, tenho valores que são ótimos: sólidos e muito dignos.
Na passagem da tenra infância - onde tudo é uma maravilha e simplesmente somos protegidos por nossos pais - para a vida adulta - que é quando perdemos nossa inocência e tomamos contato com todas as mazelas do ser humano comum -, algumas vezes deparei-me com situações em que pessoas caçoavam de quem respeita seus valores que trouxe de casa. É como se ser "honesto", "gentil" e "desinteressado" estivesse fora de moda hoje em dia, e quem insiste em praticar atitudes relativas a esses valores fosse um completo cafona e antiquado.
Ainda bem que conseguimos conviver com essas pessoas que não se importam com valores dignos sem nos deixar contaminar por elas.
E ainda bem que existem, sim, muitos outros seres humanos que, como nós, possuem valores sólidos e os respeitam.
Cabe a nós sempre procurarmos estar cercados das pessoas que nos farão bem. A curto, médio e longo prazo. Eu tenho afastado de meu convívio próximo pessoas vazias e de valores torpes. E me sinto cada vez mais feliz.

difficulties turning into happiness

Um bonito pensamento para um bonito sábado de sol:
"Nothing can be solved by running away from it." All difficulties are transformed into happiness when we take positive steps to solve them.

(Do Seicho-No-Ie no twitter)

12/04/2010

Estado omisso

Para começar a semana celebrando a entrada da Dilma no twitter

"Foi o Estado mínimo dos neoliberais que nos antecederam e que ficou conhecido pelas dificuldades de tudo aquilo que deixou de cumprir, porque era Estado do não: não planejava, não fortalecia as empresas públicas, não promovia alianças com o setor privado, não protegia o setor privado diante da crise, não incrementou o investimento público e não financiou o investimento privado. E, antes de ser Estado mínimo, foi um Estado omisso. Depois assistimos, no governo Lula, à construção do Estado indutor, que cria as condições para que as coisas sejam feitas, ao mesmo tempo em que cobra dos agentes econômicos que as coisas sejam bem feitas porque isso é o papel do Estado"
 
Pronunciamento da futura presidenta do Brasil, Dilma Roussef no lançamento do PAC 2.

Responsabilidade dos formadores de opinião

Acho que um formador de opinião deve estar sempre alerta com o que transmite às pessoas.
No sábado à tarde fiquei chocada ouvindo um programa de rádio local. Trata-se de um programa direcionado a vestibulandos, que tem por objetivo dar dicas de estudo e de preparação para os exames.
Pasmem! Um dos apresentadores começou a relatar em detalhes que havia tomado, na semana anterior, a vacina contra a gripe H1N1 e que estava sofrendo até aquele momento com os efeitos colaterais "terríveis". Citou por mais de uma vez, cerceado pelos comentários igualmente chocados e exaltados dos colegas apresentadores, que nem havia conseguido dormir à noite, de tanta dor que sentiu no braço.
Vejam bem, não estou aqui questionando se o rapaz dizia a verdade ou não. Ou que ele não tenha direito de sentir a tal dor. Aliás, é bem provável que estivesse sendo verdadeiro em seu relato, visto que minha irmã mais nova também se queixou da dor da vacina, quando a tomou. Por outro lado, minha irmã mais velha, que também tomou a vacina, não teve a mesma reação. Sentiu a vacina dolorida, sim, mas horas depois já não sentia mais nada.
O que eu estou observando é o tamanho do desserviço à sociedade que o rapaz prestou ao relatar com tal riqueza de detalhes o "sofrimento" que teve ao tomar a vacina. Num país como o nosso, onde nem sempre a informação isenta chega a todos, deveríamos aproveitar cada minúsculo espaço disponível para esclarecer as pessoas, para orientá-las, para melhorar a vida delas. Nós definitivamente não deveríamos estimular - mesmo que indiretamente - as pessoas a não tomarem uma vacina tão importante como essa, simplesmente porque "dói". Quantos jovens um pouquinho mais "medrosos" talvez deixem de tomar a vacina simplesmente para não correrem o risco de ter uma dor insuportável no braço?? E para quantos outros amigos esses jovens farão a propaganda negativa da imunização??
Se isso realmente ocorrer, terá sido responsabilidade desse "desabafo" fora de hora do nosso caro radialista. Ele deveria ter feito esse desabafo com os colegas dele, com a família dele, nunca com os jovens ouvintes que estão acompanham o programa de rádio para pegarem dicas com professores notórios da cidade - para muitos desses jovens, a palavra desses professores é quase "lei".
Um formador de opinião deve ficar atento 100% do tempo com relação ao que passará aos seus leitores, espectadores, ouvintes. Ele deve, sim, fazer aquele exercício de linguagem: antes de formular um estatuto, devem se colocar na posição do receptor e pensar "como meu interlocutor entenderá isso que irei dizer"? Sim, gente. Isso não é bobagem, não. Quando você está na posição de formador de opinião, você é muito responsável pelo que vai dizer e - sutileza do detalhe - pelo que as pessoas que irão te ouvir depreenderão do que você disser!
Esse exemplo que citei é só um. Já reparei essa "falta de cuidado" em vários meios de comunicação, e isso é profundamente lamentável. Gostaria de poder ter uma voz influente, para fazer chegar a todos eles essa preocupação, esse apelo pela reflexão do que se diz, escreve, transmite.
E às pessoas que estiverem com medo de ir tomar a vacina contra a gripe H1Ni, digo, com franqueza: minha sincera opinião é que mais vale eventualmente ter uma dorzinha no braço do que estar sujeito a passar o inverno inteiro sentindo pânico cada vez que uma pessoa espirrar perto de você. Gripe H1N1 pode matar. Dor no braço, não.

11/04/2010

Rodrigo Zanc

Hoje à tarde, quando fui com minha mãe comprar orquídea na Festa do Milho de Água Vermelha, o Rodrigo Zanc estava passando o som, preparando-se para o show que ele vai fazer lá ainda hoje, às 20h30.
Fiquei morrendo de vontade de ir lá ver, mas considerando a quantidade de gente que já tinha naquela hora que eu estive lá, desisti da minha ideia - a fila de carros esperando para entrar no distrito já estava quase chegando no Tutóia do Vale na hora em que viemos embora. Imaginem agora à noite, como deve estar o movimento.
Faz um tempão que não vejo um show do Rodrigo, queria muito prestigiá-lo. Mas infelizmente, dessa vez, fiquei só com a "palhinha" das duas músicas que ouvi ele cantando na passagem de som.
Pesou também na minha decisão de não ir ao show a péssima qualidade do som que testemunhamos ontem, no show do Mazinho Quevedo. Já pensou se eu enfrento a aglomeração de gente e chego lá pra passar nervoso com o som pifando, como foi ontem?
Fica pra próxima.

precipitação

Às vezes penso que me precipitei um pouco (um muito) terminando com meu "playground" que eu tinha - que não era exatamente o que espero ter pelo resto de minha vida, mas que me dava muito prazer, afinal. Era só entretenimento, sem grandes compromissos, mas era uma ocupação interessante, bem proveitosa.
Então por que quis parar com tudo? Porque percebi que as sintonias não estavam equiparadas: as expectativas avançaram mais rapidamente de um lado do que de outro, e isso desembocaria num trauma, com toda certeza.
Dias atrás um amigo tentava me aconselhar, dizendo que o que me falta é conseguir aproveitar o prazer pelo prazer, sem necessariamente ter um envolvimento maior. Talvez ele tenha razão, mas talvez eu não queira mesmo mudar meus princípios com relação a isso.
Acho que vivemos numa sociedade que infelizmente está permeada pelo superficialismo. Eu não quero perder tempo da minha vida cultivando relacionamentos superficiais! Queria que as coisas fossem, sim, intensas, mas que também fossem, sim, duradouras e comprometidas.
Será que é pedir demais?
Ao mesmo tempo que penso nisso, penso que estou numa fase introspectiva. Estou muito voltada pra dentro, querendo acelerar meu crescimento pessoal. E numa fase assim, ter o meu playground seria muito bom. Alguém que não me cobrava nada e me oferecia uma pá de coisas boas.
Mas agora já acabei com tudo e tentar retomar daria muito trabalho.
Pois é, agora o que me resta é procurar outro brinquedinho...

como uma luz que irradia

Começando esse LINDO domingo ensolarado de outono são-carlense com o pensamento do calendário Seicho-no-ie para hoje, dia 11:

Como uma luz que irradia, o amor é natural e a nada se opõe.
O Sol derrete a neve sem se esforçar. Apenas irradia seu calor, e a neve desaparece naturalmente. Do mesmo modo, o amor não reconhece o mal nem se apega ao bem, apenas ama. Apenas ora, brilha e agradece. Brilha sempre e ama, mesmo que seja insultado; brilha mesmo sendo alvo de escárnio.
(Do livro Utsukushiku Ikiyo - Seicho Taniguchi)

10/04/2010

deixa o sol me abraçar

Os dias de outono em São Carlos são fantásticos: ensolarados, de um deslumbrante céu azul, e frios.
Somente essas condições juntas podem nos proporcionar sensações tão ótimas quanto a que acabo de ter: sair do banho com um friozinho agradável e me envolver com uma toalha ainda quentinha, recém saída do varal.
É praticamente um "colinho de mãe", um "abraço solar"
Essas pequenas alegrias da vida é que compoem a felicidade.
Eu sou feliz.

A voz do povo...

Aconteceu hoje.
O "Mais preparado de todos os brasileiros", José Serra, lançou sua pré-candidatura em Brasília.
O presidente da Polônia, Lech Kaczynski, morreu em um desastre aéreo.
O povo brasileiro achou a solução perfeita. A resposta veio no twitter.
A voz do povo é a voz de Deus, não?
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06/04/2010

Ela vem aí...

Dilma vem aí... E vem com sangue nos olhos e a faca entre os dentes...
Delícia que vai ser essa campanha!
haha

Dilma reage a Serra e diz não temer embate ético com tucanos
 
Em sua primeira entrevista após deixar o governo, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse com exclusividade ao repórter Leonencio Nossa que o foco sobre a questão ética - proposto pelo pré-candidato do PSDB, José Serra - não assusta o PT. "Esse debate é muito bom para a gente", afirmou, dando como exemplo "tudo o que foi feito" nas operações da Controladoria-Geral da União com a Polícia Federal. "Acabamos com a figura do engavetador-geral". Segundo Dilma, os rivais terão é que mostrar propostas. "O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê, hein?"

"O debate centrado na ética é muito bom para a gente"
 
Leonencio Nossa / O Estado de São Paulo

 
Em sua primeira entrevista depois de sair do governo, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ao Estado que o PT não se assusta com a discussão da questão ética - conforme proposto pelo José Serra, pré-candidato do PSDB, ao fazer um balanço de sua gestão em São Paulo. "Esse debate é muito bom para a gente", afirmou, dando como exemplo "tudo o que foi feito" nas operações da Controladoria-Geral da União com a Polícia Federal. "Se teve um governo que levantou o tapete, foi o governo Lula. Antes não apareciam denúncias, porque ninguém apurava."
Sem citar nomes, ela criticou a atuação da Procuradoria-Geral da República durante o governo Fernando Henrique. "Acabamos com a figura do engavetador-geral. Onde está o engavetador? A União não engaveta mais nada", disse ela. "Nos sentimos muito à vontade em fazer essa discussão."

Dilma reconheceu as falhas no sistema de saúde e propôs aumentar os investimentos em educação. Disse que os rivais terão de mostrar propostas para o País não ficar estagnado: "O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê, hein?"
A petista concedeu a entrevista de improviso, ao ar livre, ao final de uma caminhada pelo Parque da Península dos Ministros, no Lago Sul, bairro onde mora. Ela foi para lá, dirigindo seu carro, um Fiat Tipo, ano 1995, com placa de Porto Alegre. Só tinha a companhia de Nego, seu labrador preto. Desde que deixou a Casa Civil, na quarta-feira, Dilma caminhou todos os dias. A seguir, os principais trechos da entrevista.
 
O presidente Lula disse que espera que seu sucessor faça mais pela educação. Qual sua meta para o setor?

Ele tem toda razão. Ele construiu um alicerce. Vamos ter que aumentar ainda mais os investimentos.
Hoje, o investimento não chega a 5% do PIB. Educadores sonham com 7%. É possível investir 10%?
Não vou dizer porcentual porque não sou doida, mas dá para aumentar progressivamente os investimentos. Não podemos esquecer que teremos recursos da exploração do pré-sal.
Mas a proposta de investir o dinheiro do Fundo Social do pré-sal em educação encontrou resistência no Congresso. Os partidos querem repassar os recursos para outros setores.
Aí não está certo, distorce o que pode ser o nosso passaporte para o futuro. Apostar na educação não é só uma questão de inclusão e dar suporte à inclusão social. Temos que investir em educação para sermos de fato um país de liderança mundial.
 
No debate sobre saúde, a senhora não teme enfrentar José Serra, que é um ex-ministro da área?
 
Não tivemos na saúde, nos últimos 30 anos, um momento tão propício, como agora. Demos um grande salto quando estruturamos o SUS (Sistema Único de Saúde), ninguém pode negar. O SUS de um lado garantia a atenção básica e a partir de um certo momento, as unidades básicas de saúde, com saúde da família, que atendem a gestantes, crianças e aqueles que têm doenças como diabetes, hipertensão. E tinham os hospitais. Neste processo, entre as unidades e os hospitais não tinha nada, não tinha a média complexidade. Uma pessoa ficava em filas e filas. Isso não foi resolvido por ninguém. Acho que o grande passo foi dado com as UPAs, as Unidades de Pronto Atendimento, que garantem atenção 24 horas por dia e impedem que a fila se dê no hospital, transfere o atendimento de urgência e emergência para essas unidades. As UPAs, que estão programadas para uma população de 100 a 200 mil, chegando a 300 mil, têm níveis de cobertura diferenciada. Em vez de ir direto para o hospital, uma pessoa que teve um ataque cardíaco segue para uma UPA. A unidade faz a prevenção, dispensando a fila no hospital. Se o ferimento ou o problema não for grave pode ser tratado ali.
 
Mas a realidade ainda é outra...
Acho que vamos mudar esta realidade. O pessoal tem toda a razão quando se queixa. Não tinha fila no INSS? Nós não falamos que íamos acabar? Acabamos. Vamos mudar a situação da saúde.
 
José Serra saiu do governo de São Paulo com um discurso focado na questão ética. Pode prevalecer esse debate no processo eleitoral?
Esse debate é muito bom para a gente. Pode olhar tudo o que foi feito. Nunca se esqueça que foi a CGU quem descobriu a máfia dos sanguessugas. Tudo foi feito pela CGU, combinado com a Polícia Federal. Se teve um governo que levantou o tapete, foi o governo Lula. Antes não apareciam denúncias, porque ficavam debaixo do tapete, ninguém apurava. Estava vendo, outro dia, um levantamento da CGU que mostra que as principais descobertas e investigações neste governo foram de casos que ocorreram em governos anteriores. A apuração das denúncias levantadas pela Operação Castelo de Areia é um caso. E acabamos com a figura do engavetador-geral. Onde está o engavetador? A União não engaveta mais nada. Nos sentimos muito à vontade em fazer essa discussão. Agora, se me perguntarem se isso rende frutos, acho que não rende. Eles pensaram que ia render em 2006. Acho que eles não podem ter só esse discurso. Vão ter que mostrar qual é a proposta para o Brasil não viver estagnado. O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê, hein? Ali, se gestou sabe o quê? O apagão. O apagão que eu falo é o racionamento. Porque o pessoal usa um pelo outro. Racionamento é ficar oito meses sem energia.
 
A senhora trabalha para estar no mesmo palanque de Ciro Gomes ainda no primeiro turno?
Tenho uma relação muito forte com Ciro. Por conta do fato de termos sido ministros no primeiro mandato do presidente Lula. Foi uma época muito difícil, havia muita tensão, muitas acusações. O Ciro foi um companheiro inestimável. Ele pensa semelhante a todo o projeto do governo. Agora, o que ele vai fazer só ele pode dizer. Não tem como fazermos suposições sobre qual é o caminho político do Ciro.
 
O País ficou 21 anos sob ditadura e, há 25 anos, não tem direito oficialmente à memória dos tempos do regime militar. A senhora já disse que não aceita o revanchismo. Há condições para abrir os arquivos militares?
Não tem revanchismo em relação à memória. Fizemos todas as tratativas na Casa Civil, quando mandamos ofícios a todos os órgãos arquivistas existentes na República. Pedimos que entregassem os arquivos. Foi dito que tinham sido queimados. Então, que se apresentassem as provas. A Aeronáutica entregou a parte do arquivo. As demais Forças disseram que não existem arquivos. O que pudemos fazer, nós fizemos.
 
Se a senhora for presidente, vai abrir o arquivo do CIEx, órgão de inteligência do Exército?
O Brasil está bastante aberto. Depende do que vai ocorrer daqui para frente. O aperfeiçoamento da democracia não é uma coisa que se faz de uma vez por todas. Faz a cada dia. É um processo de consulta a pessoas.
 
Há clima favorável ao fechamento de um ciclo, à abertura do arquivo?
Acho que esse ciclo está consolidado, bastante consolidado.
 
Qual a proposta da senhora para as Forças Armadas?
O Plano de Defesa que fizemos foi uma das melhores coisas do governo Lula. Um país deste tamanho tem de aparelhar e valorizar as suas Forças Armadas, tem de ter uma estratégia de defesa. É preciso estar presente na nossa imensa costa, até porque temos a questão do pré-sal, e daí a importância dos submarinos.

04/04/2010

A tal da lembrança

O que me consola é que existe a LEMBRANÇA. E ela não existe só pra mim.
O que foi vivido, querendo ou não, vai ficar marcado na memória. E não só na minha.
Por mais que se queira - e eventualmente pode ser que se queira - reviver o que foi vivido com uma outra pessoa, pra apagar a minha lembrança, isso não vai acontecer.
O suave sabor da vingança íntima... Manjar dos deuses!
E poucas vezes uma música foi capaz de traduzir tão perfeitamente um pensamento como esse.
E eu nem estava ouvindo a música quando pensei nisso.
Lembrei dela depois que escrevi o post.

Radiografia
(Vanessa Bumagny)
Se você fizer uma radiografia da sua vida
Verá com certeza, quem sabe com um certo espanto
Que eu apareço do tornozelo ao pescoço
Eu apareço, estou gravado, cravado
Eu apareço na sua espinha dorsal
Não tente me entender e não me meça
Não me aceite de volta por mais que eu peça
O que interessa é que eu estou escrito no teu corpo
E mesmo quando eu já estiver morto
'Cê' vai me ver no espelho do seu olho
O que interessa é que eu estou escrito no seu corpo
E mesmo quando eu já estiver morto
'Cê' vai me ver no espelho do seu olho


Eu poderia oferecer esse post - e essa música - para no mínimo 3 pessoas.
Mas tô só oferecendo pra mim mesma. Porque pra essas outras eu já ofereci coisas muito melhores. Mas elas preferiram ficar só com as lembranças!

02/04/2010

Vai um chazinho aí?

Verde que eu te quero beber
Nossas avós não estavam erradas quando receitavam um chazinho para resolver problemas do dia a dia. Pelo contrário! Chás e infusões são comprovadamente cheios de benefícios, além de aquecer o corpinho agora que o verão terminou. Veja o milagre de cada santo.
Por Constança Tatsch

Chá Verde / Branco
Principais benefícios: Estimulante, acelera o metabolismo, neutraliza os radicais livres - responsáveis pelo envelhecimento celular.
Componentes: Polifenóis, taninos, pequena quantidade de cafeína, catequinas e outros bioflavonoides.
Como tomar: Todos os dias, de 3 a 4 xícaras. Não mais do que 6. Quem tem problema de anemia ferropriva precisa esperar 1 hora após as refeições, pois esse chá prejudica a absorção do ferro

Chá Preto
Principais benefícios: Estimulante
Componentes: Cafeína e uma quantidade menor de polifenois
Como tomar: Até 3 xícaras por dia. Quem tem dificuldade para dormir deve evitar tomar após as 16h.

Infusão de Erva-Mate
Principais benefícios: Estimulante, reduz o colesterol, tem função digestiva e levemente diurética
Componentes: Óleos essenciais, clorofila, taninos e teína (cafeína)
Como tomar: Para todos esses benefícios, beba entre 3 e 4 xícaras por dia. Uma dica é tomá-la gelada, com limão ou como chimarrão.

Infusão de camomila
Principais benefícios: Calmante, anti-inflamatório, reduz sintomas de TPM, atua também contra cólicas, distúrbios digestivos e insônia leve.
Componentes: Óleos essenciais, bisabol, camazuleno, farneseno.
Como tomar: Para combater a insônia leve, tome 1 xícara antes de dormir. Contra cólicas, 2 xícaras por dia, no horário que quiser.

Infusão de Erva-Doce
Principais benefícios: Age contra gases, cólica e má digestão
Componentes: Óleos essenciais como anetol e cumarinas
Como tomar: Beba 2 xícaras por dia

Infusão de Hortelã
Principais benefícios: Reduz calores da menopausa, é digestivo e atua contra gases e cólicas
Componentes: Mentol, pineno, timol entre outros
Como tomar: Para ter função digestiva, basta tomar 1 xícara após o almoço ou jantar. Em relação à menopausa, ingira 3 xícaras ao longo do dia (chá de amora também é ótimo pra isso)

Infusão de Erva-Cidreira
Principais benefícios: Melhora a absorção de vitaminas e minerais, acalma, é protetor da parede estomacal, reduzindo gastrites, age contra gases, cólicas e distúrbios do sono
Componentes: Citral, geraniol, metileugenol, mirceno, citronelal, ácido acético e ácido caproico
Como tomar: de 2 a 3 xícaras ao longo do dia.

Cuidados:
* Quem tem problema de hipertensão deve evitar chás preto, verde e mate
* Tome a infusão imediatamente - no máximo em algumas horas -, porque os óleos essenciais são deteriorados depois de um tempo
* Conserve ao abrigo da umidade, calor e luz solar


(Revista Women's Health - edição 18: abril de 2010)