22/08/2010

O bar do argentino

Na sexta meus amigos Beto, Marco e Orides me levaram para conhecer um lugar pelo qual me APAIXONEI à primeira vista.
O Bar do Argentino, em Sorocaba.
Adorei! Pretendo voltar sempre que puder y me gustaría muchíssimo que tivesse uma filial em São Carlos. Tem como?

Sim, nós fizemos a revolução!

Mais de dois dias já se passaram sem que eu conseguisse escrever uma linha sequer para externar - mesmo que fosse só um pouquinho - minha enorme emoção após o evento de inauguração do campus UFSCar em Sorocaba.
Acho que ainda estou sob o "efeito Lula".
Eu queria mesmo ter capacidade de escrever um texto bom, para expressar com clareza tudo - ou ao menos parte - daquilo que vi e vivi naquela manhã de 20 de agosto em Sorocaba. São tantos aspectos que poderiam ser abordados... E no fim eu nem sei por onde começar...
Estou vivendo um momento histórico. Tenho plena consciência disso.
Um dia os jovens brasileiros estudarão nas aulas de história do colégio a importância que teve o presidente Lula. A história do Brasil será dividida em duas eras: "antes de Lula" e "depois de Lula".
Assistir ao vivo o presidente ser ovacionado pela plateia - em sua grande maioria estudantes universitários - foi uma sensação indescritível.
Dizem que nos momentos de grande emoção - como à beira da morte, por exemplo -, passa pela nossa cabeça um filme de situações vividas no decorrer de nossa existência e que nos levaram até aquele momento. Afirmo a vocês, sem medo de estar exagerando, que naquelas poucas horas do evento passou um filme na minha cabeça, me lembrando de vários momentos de minha história e da história do nosso companheiro Lula.
Lembrei da campanha de 2002. Da festa da vitória na praça. Da alegria dos militantes que simplesmente não acreditavam que tamanha felicidade - a de eleger o nosso presidente operário - pudesse mesmo ser real, depois de tanta espera.
Lembrei do João Paes (o Joãozinho), descendo de bicicleta a Rua Dona Alexandrina em alta velocidade, com os braços abertos, depois da nossa festa na praça Cel. Salles. Ele queria mesmo era voar. Gritar para o mundo todo ouvir sua felicidade. A imagem mais marcante da felicidade e da realização.
Lembrei da felicidade interior que cada um de nós, militantes petistas, sentimos em cada uma das vezes que nosso presidente era reconhecido internacionalmente por estar mudando o Brasil. Por estar mudando de uma vez por todas a maneira como o restante do mundo enxerga o Brasil. Orgulho.
Lula, em seu discurso do dia 20, disse que parece ironia do destino que justamente o presidente tão julgado por não possuir diploma em curso superior tenha sido o responsável pela maior expansão do ensino público superior no Brasil. Lembrou das dificuldades que enfrentou para implementar as suas ideias que fizeram o milagre acontecer (como o ProUni e o ReUni, por exemplo) e até mesmo das dificuldades que enfrentou para ser eleito pela primeira vez.
Contou do desafio que foi fazer com que as pessoas mais pobres acreditassem que alguém igual a elas (no caso, ele) seria capaz de fazer um governo que começasse a distribuir melhor a imensa riqueza que nosso país produz. A dificuldade em convencer as pessoas para que acreditassem nelas mesmas. E, se elas acreditassem em si, poderiam acreditar nele também. Convenceu. E hoje nós todos colhemos os frutos de sua luta apaixonada por esse ideal maravilhoso.
É só o começo do iceberg. Ainda temos muito por mudar, por avançar.
Lula nos disse, olhando em nossos olhos durante seu discurso, que só precisamos acreditar em nós mesmos para fazer as mudanças que queremos acontecerem. Todos os dias!
Aqueles jovens ouviram seu presidente. Aplaudiram-no. Aclamaram-no. Riram com suas piadas e com seu jeito carinhoso de discursar.
Naquela cerimônia não se ouviram vaias, nem protestos. Fiquei imaginando que aquele ato mais parecia um comício - onde todos que assistem são cabos eleitorais e apoiadores e que, portanto, só aplaudem! - não, definitivamente aquilo não parecia uma cerimônia oficial, onde sempre há quem queira legitimamente reivindicar algo de seu presidente, aproveitar a proximidade da autoridade para gritar suas insatisfações, se fazer ouvir.
Aquelas pessoas que ali estavam fizeram um silêncio absoluto para ouvir seu presidente. Esse silêncio só era interrompido por aplausos e gritos de incentivo. Um povo agradecendo seu presidente, se emocionando com ele, se despedindo dele a pouco mais de 4 meses de terminar seu mandato.
Chorei. Muita gente chorou. Choro agora novamente, somente pela emoção de escrever este texto confuso. Choro pelo turbilhão de emoções que esse episódio me proporcionou, e que estão aqui dentro de mim pra sempre.
Pensei, naqueles momentos, no que deve significar para ele, o presidente Lula, essa satisfação de ser aclamado pelo seu povo. De encerrar seu mandato com aprovação popular recorde, de ter a certeza de que cumpriu sua missão. E de saber que seu povo sentirá saudades dele...
Quando abracei o presidente Lula, em sua chegada para o evento, senti que abraçava o meu companheiro Lula. Aquele que ajudei a eleger, que ajudei a sustentar no governo durante todos esses anos e que por tantas vezes a elite golpista tentou derrubar. Não consegui pensar em mais nada para dizer a ele naquele breve momento em que o tive diante de mim, olhando diretamente para mim e retribuindo meu sorriso. Nada poderia expressar a imensa HONRA que tenho em meu coração e em minha ALMA. A gratidão que tenho a Deus, nosso Pai, por poder ter vivido esse momento histórico.
Só consegui dizer ao presidente: "Bom dia" e, logo depois, um tímido, mas muito verdadeiro "muito obrigada". E pensei comigo: "obrigada por tudo!"
Quando tudo acabou, as autoridades se dispersaram e o presidente se foi, olhei para um colega que estava ao meu lado, com olhos marejados como os meus, e disse o que se passava naquele momento pela minha cabeça: "É. Nós fizemos a revolução".

Romeu e Julieta

A gente fica muito boba quando está encantada com uma pessoa.
Eu, então, fico mais boba do que já sou.
E me pego sendo boba demais, e rio de mim mesma.
Na sexta me peguei achando lindo que a pessoa com quem me encantei goste de comer queijo com goiabada.
E suspirei muito por isso.
Tem coisa mais boba que isso?
Mas é tão fofo!
O jeito é ir suspirando por aí e fazendo outras bobeiras.

15/08/2010

cortes necessários

Com o tempo você percebe que é simples: vai cortando uma coisinha que te faz mal por dia, da sua vida. E quando você menos espera, limpou sua vida de um monte de coisa (e de gente) que na realidade não te servia pra nada.
É só ir com calma. Sem querer mudanças abruptas ou radicais. Um pouquinho de cada vez. E o "milagre" acontece.

09/08/2010

Eu

Eu: uma pessoa contando as horas pra chegar um certo acontecimento dessa semana!

Você sabe fazer croûtons?

Eles são crocantes! Eles são bonitinhos! Eles tornam os pratos mais sofisticados e gostosos!
Se você ainda não sabe fazê-los, aprenda agora!

Croûtons
Ingredientes:
2 colheres de sopa de manteiga
4 fatias de pão de fôrma, sem casca, cortadas em cubinhos
1 colher de sopa de azeite
2 colheres de sopa de ervas frescas picadas (alecrim, sálvia e tomilho)
Modo de preparo:
Em uma frigideira antiaderente, derreta a manteiga. Adicione o pão e frite, sacudindo a frigideira, até dourar. Junte o azeite e as ervas e deixe dourar ligeiramente.

(Fonte: suplemento Claudia Comida & Bebida / Agosto de 2010)

08/08/2010

muita, muita inveja dos anjos!

Na sexta (06/08) tive a grata satisfação de assistir, em companhia de amigos, ao ótimo espetáculo teatral "Inveja dos Anjos", da Cia Armazém de Teatro. A apresentação foi no teatro municipal de São Carlos (Alderico Vieira Perdigão). Uma peça memorável. Mais um gol de placa da Coordenadoria de Artes e Cultura da nossa prefeitura municipal, que tem nos ofertado uma variedade de excelentes espetáculos, todos a preços bastante acessíveis.
Mas o motivo do meu registro aqui no blog está longe de ser o meu elogio à peça. Essa é uma montagem vitoriosa, já comemorada em verso e prosa por público e crítica especializada de todo o país - não seria eu, do alto de meu leigo conhecimento teatral, que poderia acrescentar algum elogio inédito ao maravilhoso trabalho dessa trupe!
Eu quis escrever sobre isso para registar aqui a constatação a que chegamos, na conversa depois do espetáculo, meus amigos e eu: "tem gente que é incapaz de se divertir pensando".
Por mais engraçada que essa frase possa parecer, na verdade ela é trágica.
Na verdade eu mesma conheço pessoas - que considerava minhas amigas e que tenho me esforçado cada vez mais para mantê-las longe de mim, porque me fazem mal e não me acrescentam nada! - que só acham que conseguem se divertir se
* estiverem gastando bastante dinheiro (e ostentando isso)
* estiverem enchendo a cara de álcool
* estiverem contando aos outros o quanto sua vida é maravilhosa e o quanto suas experiências sobre todo e qualquer assunto são superiores às experiências dos amigos
* estiverem assistindo a algum filme, espetáculo teatral ou lendo um livro "fácil", "divertido", "engraçado"
e é nesse último ponto que eu gostaria de chegar, para esse post.
Pobres dessas pessoas que acham que só é "bom" um espetáculo escancarado!! Pobres das pessoas que não conseguem se divertir fazendo um exercício de reflexão... Que vazias suas vidas que só se alimentam de gargalhadas provenientes de piadas chucras e de humor pastelão - geralmente calcados em algum preconceito estereotipado!
São essas pessoas que passarão a vida nadando de braçada na superficialidade de uma poça d'água sem nunca ousar mergulhar na profundidade de uma lagoa (nem vou dizer de um oceano!).
Essas pessoas passarão a vida tomando vinho chapinha, alugando American Pie e assistindo "O analista de Bagé" no teatro. Porque elas simplesmente se contentam com a mediocridade.
Elas nunca conseguirão alçar voos maiores, lançar-se em patamares mais elevados. Nunca saberão apreciar um bom vinho chileno(tinto e seco), ir ao cinema para assistir a um bom filme do Almodóvar, se deliciar com um bom texto do Nelson Rodrigues, ou com uma boa montagem da Armazém cia. de Teatro...
Tudo isso passou pela minha cabeça em um lampejo na sexta à noite, no saguão do teatro, depois da peça maravilhosa a que assistíramos e conversando sobre os questionamentos que algumas pessoas fizeram ao Almir Martins, diretor do Teatro Municipal, quando ele decidiu incluir "Inveja dos Anjos" na programação de agosto.
E vamos que vamos, pensando nas coisas e definindo nossos rumos.

03/08/2010

as filas dos bancos na hora do almoço

Quando eu era criança e minha mãe me levava com ela pra resolver os assuntos da casa (saudades daquela época!), me lembro bem que ela preferia ir ao banco no horário do almoço, pois era um horário em que havia bem menor movimento do que nos outros. Tudo ia rápido: num instantinho já estávamos liberadas da chatice do banco para ir fazer outras coisas que eu achava muito mais legais - como ir às lojas e supermercados, por exemplo.
Hoje em dia tudo mudou. Os bancos aproveitam o horário do almoço pra mandar seus funcionários também almoçar. Em contrapartida, como a maioria das mulheres hoje em dia também trabalha fora em período integral (diferentemente do que ocorria naquela época em que eu ia com minha mãe), há um grande contingente de pessoas que só tem o horário do almoço para resolver suas coisas nos bancos.
Resultado: movimento enorme no banco e uma demora enorme nas filas (porque, lembrando, há guichês fechados pois seus operadores foram dispensados para almoçar!).
Isso é muito estressante, minha gente. Chego a dizer que é um teste de paciência.
Mas tudo bem. Faz parte, faz parte.

vacas magras no blog

Tempos de vacas magras aqui neste blog... Uma aridez terrível de posts... Por que? Faltam assuntos para escrever sobre? Certamente que não! Falta vontade de produzir os textos? Também não! Uma certa timidez diante dos meus poucos mas fiéis leitores? Não creio... Então por que será?
Já escrevi aqui da mudança que o twitter causou em minha relação com o meu blog.
Uma grande pena, realmente.
O imediatismo do twitter prejudica. Você pensa e digita imediatamente. E pronto. A ideia não tem aquele tempo de maturação que acontece quando você está escrevendo um texto sobre ela...
Uma grande pena, realmente.
Espero conseguir rechear mais meu blog daqui pra frente, como nos áureos tempos.