30/12/2012

Tem que valer a pena

Relações que valem a pena
Desejos para alimentar no ano que está chegando
Por Gustavo Gitti

Transições de ano nos lembram de não desperdiçar o tempo restante. Para além de promessas e metas específicas, compartilho alguns votos que faço agora para mim; fique à vontade para se apropriar de algum.
Independente de conseguir rechear minha vida com estímulos prazerosos, viagens, produtos, histórias, desejo me aproximar da morte sem precisar de nada diferente do que se apresentar a cada momento para me sentir satisfeito, em casa. Adianta acumular mil experiências com uma mente que nunca repousa?
Não importa por quais posições, cidades, estilos de vida, casamentos, trabalhos eu venha a passar, quero parar logo de transformar tudo em jogos que me obrigo a ganhar. Mais que habilidades e aprimoramentos específicos, que eu possa treinar inteligências transcendentes facilmente transportáveis para outros mundos, como generosidade e ludicidade. Se eu for garçom, além de carregar bandejas e anotar pedidos, que eu aprenda a servir pessoas, improvisar, refinar a atenção, detectar necessidades.
Em paralelo às flutuações, porradas ou mimos do mundo, que eu substitua a tentativa de controlar o que me acontece por práticas que mudem minha atitude diante do que me acontece.
Para minha vida valer a pena, que nasça de relações que valem a pena, daquelas que transformam as pessoas para muito além da esfera do relacionamento, com qualidades que sobrevivem até mesmo à morte dos envolvidos, transbordam, se espalham para quem quiser pegar. Que eu nunca aspire por bodas de ouro, mas pelo florescimento das potencialidades do outro, esteja com quem estiver, pelo tempo que for. Que eu não me dedique tanto à proteção de minhas fixações, mas à superação gradual das estruturas coletivas do ciúme, da carência, do preconceito. Perda de tempo sustentar uma relação que maquia, sem nunca atacar, as causas do bate-cabeça.
Que eu não dê tanta importância e não me distraia com fatos (se formou, casou, faliu, fez plástica, descasou?), mas que possa mirar naquilo que importa: o quanto a pessoa segue cada vez mais lúcida, aberta, autônoma, curiosa, compassiva?
Aprendemos com o existencialismo que o sentido da vida é dar sentido à vida. Ora, como minha vida não é bem minha, a maior felicidade, o maior propósito vem de conseguir oferecer sentido às vidas ao meu redor - e aumentar a capacidade delas de fazer o mesmo. Que eu possa, portanto, beneficiar muitas pessoas com encontros, conversas, danças, sabedorias, experimentos e com o exemplo de minha própria vida.

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Location:Rua Luiz Roher,São Carlos,Brasil

Saúde, paz, sabedoria

Podemos acusar o pobre do ano velho, o sofrido 2012, de várias coisas. Mas ninguém pode dizer que ele não tenha sido INTENSO.
Fazendo aquele tradicional balanço mental de final de ano, vejo o quanto intensamente tudo nos foi apresentado durante esses 366 dias.
Não houve escapatória. Não houve chance de escolha: todo ser vivente foi obrigado a viver intensamente as mais diversas situações durante 2012. Não houve espaço para nada MORNO. Era fervura borbulhante. Intensa.
Vi amigos chorarem muito por perdas e por provações crueis por que tiveram que passar. Chorei junto com eles. Sofri junto com eles.
Mas vi também a maravilha da superação: vi amigos persistirem e darem a volta por cima em situações em que eu mesma não sei se seria forte - nem sábia, nem corajosa - o suficiente para agir como eles agiram. E senti um profundo orgulho por eles terem conseguido. E me alegrei profunda e sinceramente junto com cada uma dessas conquistas deles. E me inspirei em suas experiências, como aprendizado que levarei comigo, sempre.
Eu própria olho para minha estrada trilhada nesse ano, e constato que muita coisa foi dura. Também tive minhas perdas e frustrações. Mas vejo que o balanço é muito positivo, sim, senhor.
Por vezes tive conflitos fortíssimos, chegando a questionar se realmente estou lutando por algo que valha o esforço de minha luta. Mas ao fim, veio o alívio de que, sim, afora os percalços e erros do caminho, estou do lado certo. E estamos avançando.
Nem tudo saiu como eu gostaria que tivesse saído, mas não dá para ignorar todas as conquistas e, principalmente, todo aprendizado que tive em 2012.
E, como sabemos, o aprendizado vem não só do que dá certo, mas também do que dá errado. É preciso humildade para baixar a cabeça e aceitar o que não saiu como planejado. E, depois de refletir e absorver o aprendizado, erguer novamente a cabeça, para seguir em frente com dignidade, corrigindo as rotas.

Meus planos para 2013 são simples, porém ambiciosos: continuar tentando ser uma pessoa melhor a cada dia, continuar me esforçando para oferecer o que há de melhor em mim aos outros.
Sei que não consegui fazer isso em 2012, na medida em que eu gostaria. Fiquei bem aquém do meu desejo. Magoei pessoas, fui rude e explosiva em situações em que não deveria ter sido. Mas o que está feito já está feito. O jeito é tentar aprimorar-me de hoje em diante. Um exercício doloroso e de longo prazo, que requer calma, consciência e disciplina. Prometo tentar.
Quero continuar realizando meus projetos, mesmo que não seja fácil a caminhada e que as realizações não tenham a mesma velocidade da minha ansiedade. Ter disciplina para levar os projetos até o fim. Acreditar nos meus planos.
E, além dos meus planos - que são tudo aquilo em que eu tenho consciência da minha necessidade de protagonismo para que se efetivem -, tenho também os meus desejos para 2013.
Aqueles desejos de presentes que eu quero ganhar de Deus.
E o maior desses presentes certamente é o de muita saúde. Saúde para mim, para minha família e para os meus amigos. Para que todos tenhamos vida longa e com qualidade, pois ainda há muita beleza para vivenciarmos nessa vida.
Além de saúde, que tenhamos também muita paz, pois somente dela é possível nascer a sabedoria.
E somente com muita sabedoria podemos valorizar o que realmente tem importância - os nossos legados mais importantes, tais como honestidade, respeito, força de vontade, solidariedade.
Somente a sabedoria pode nos dar discernimento para entendermos nossas limitações e não exigirmos demais de nós mesmos. Só ela é capaz de nos fazer avaliar corretamente os momentos de avançar com euforia ou de recuar com cautela.
Saúde, paz, sabedoria.
É só isso o que eu desejo para 2013.
Para mim, para você e para todo mundo.
De coração.

25/12/2012

Natal não combina com morte

Ninguém deveria morrer no Natal.
O impensável acontece: a maior de todas as tristezas consegue ficar ainda mais triste.


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24/12/2012

Ansiedade pré-Ano Novo

Abri o editor de texto e quando dei por mim estava ensaiando escrever uma reflexão sobre todas as minhas conquistas e aprendizados do ano de 2012.
Epa! Peralá! Ainda não está na hora!!!
Ainda falta uma semana inteirinha antes de terminar o ano!
Hoje é pra pensar e escrever sobre o Natal, e não sobre o Ano Novo (ou sobre o Ano Velho).
Vamos respeitar 2012, afinal ele ainda não acabou, né?
Domar essa ansiedade também tem que ser um exercício a ser tomado como meta em 2013.
Bora tentar viver um dia de cada vez? Todo dia é dia.


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23/12/2012

De pequenas alegrias se faz uma grande felicidade

Fosse hoje um domingo ordinário e muito provavelmente a essa hora eu estaria melancolicamente me preparando para um dia de trabalho duro amanhã. Poucos momentos são tão amargurantes como os domingos à noite: reprise do Fantástico (quando se está a fim) e tudo mais são colchões, travesseiros e checklists mentais de tudo a fazer na segundona.
Porém... Hoje não é um domingo comum!
Para minha enorme alegria, estamos em pleno recesso natalino!
Amanhã não tem trabalho!
Tudo com que tenho de me preocupar amanhã é ir molhar minhas plantas - caso não chova! - e ir até o shopping trocar os últimos cupons fiscais da promoção de Natal.
E, pra aumentar ainda mais minha satisfação, daqui a pouquinho começa na TV um filme do Woody Allen que eu ainda não vi.
Fala sério: precisa de mais pra ser verdadeiramente feliz?

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27/11/2012

Sempre


Que dia mais tenso! Juro que passei por momentos em que achei que fosse cair no choro. Mas respirei, tentei agir com racionalidade e… ao final deu tudo certo.
Porque sempre dá certo.
Porque Deus é comigo sempre.
Por isso dou Glórias a Ele, sempre.


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18/11/2012

O melhor lugar do mundo

"Se você se muda de cidade em busca de uma oportunidade de carreira, está falando da oportunidade de colaborar com esse local e de ser protegido por ele como contrapartida. Está se referindo à chance de ali encontrar um emprego, prestar um serviço, abrir um negócio. Ou seja, exercer seu talento. O melhor lugar do mundo é onde você pode usar esse talento, seguir sua vocação, ter seu esforço reconhecido, seu valor apreciado.
Eu conheço pessoas felizes e realizadas em todos os lugares, que, aliás, são os mesmos locais em que eu também encontrei pessoas insatisfeitas e amarguradas. Isso me deixa pensando que, antes de encontrar o melhor lugar do mundo, você deve encontrar a si mesmo, caso contrário, você sempre estará no lugar errado".
Eugenio Mussak
Revista Vida Simples, edição 125

17/11/2012

Educar para a vida real

Não entendo essas pessoas que têm filhos e têm preguiça de educá-los.
A criatura cresce fazendo tudo que quer.
E os pais, abobados, correndo atrás do pequeno monstro. Fazendo todas as suas vontades. Furtando-se ao "trabalho" de ensinar o que pode e o que não pode. Rindo de suas malcriações, relevando seus pequenos atos de indisciplina - que com o tempo vão aumentando e fugindo cada vez mais do aceitável.
Acham que estão fazendo uma grande coisa, mas são alvo de piada de qualquer pessoa com um mínimo de bom senso que esteja por perto. E, muito pior: esses pais serão vítimas dessas crianças, que crescerão indisciplinadas sob essa permissividade toda e tornar-se-ão jovens indomáveis, agressivos, desrespeitosos. Desprezíveis. Muitos desses jovens usarão drogas, desrespeitarão os mais velhos, farão com que seus pais se envergonhem deles. Tudo porque terão crescido sem a menor noção de limite.
Quando esses pais perceberem, o tempo terá passado rápido, e eles terão falhado em sua missão de educadores. Certamente culparão alguém - a escola, o filho do vizinho, a televisão, a sociedade, Deus, o destino? - mas a verdade é que, por mais difícil que seja admitir isso, a culpa será sempre deles e de ninguém mais.
Conheci certa vez um menino de 8 anos, que se comportava como um bebezão mimado. O pai o achava o supra-sumo da inteligência - como aliás a maioria dos pais têm a tendência de enxergar seus filhos - mas o fato é que, com 8 anos, o menino não era capaz de tomar banho sozinho, nem de se secar e de se vestir sozinho após o banho, nem de se limpar sozinho após fazer cocô. Quando tomava um sorvete, sujava todo o rosto, o nariz, a roupa. Era incapaz de comer ou beber alguma coisa até o final: sempre deixava pela metade a sua porção porque sabia que o pai cuidaria de consumir a sobra. E por isso não tinha a menor noção de quanto colocar de comida em seu prato, quando ia se servir. Enchia um prato maior do que qualquer adulto seria capaz de consumir. Comia uma colherada e deixava o resto de comida para o paspalho do pai terminar. O mesmo com uma lata de refrigerante. O mesmo com um pote de iogurte. Isso com 8 anos de idade.
Era evidente que os pais desse menino o superprotegiam. Era evidente que ele não era nenhum supra-sumo da inteligência, pois fazia o mesmo que qualquer criança de sua idade faria. Com o diferencial de ser mais infantilizado e mais mal educado do que a média.
Era irritante ter de conviver com tanta falta de educação, de bons modos, de preparo para a vida real.
A impressão que eu tinha é que aquela criança estava sendo criada dentro de um mundo de mentirinha, uma bolha cor-de-rosa que só existia ao redor dela, criada pelos pais dela - que na verdade deveriam ser as pessoas a criá-la para a vida de verdade.
Felizmente perdi o contato com essa criança e com seus pais. Imagino que hoje ela já deva estar na pré-adolescência. Será que já aprendeu a limpar o próprio traseiro após ir ao banheiro? Será que já teve vontade de experimentar crack - afinal, sempre foi acostumada a fazer e ter tudo que tivesse vontade - ou usar outras drogas?
Enfim, lembrei-me dessa triste história porque infelizmente tenho visto pais e mães cometerem esse mesmíssimo erro com outras crianças. E isso é muito triste.
Eu gostaria que todos tivessem a oportunidade de aprender com erros alheios, sem precisar repeti-los. Mas infelizmente algumas pessoas só aprendem da forma mais dolorida: com seus próprios erros.
Que doa pouco.
E que não doa tarde demais.
A sociedade agradece.

05/11/2012

As poliglota pira

E, de repente, me deu a louca e resolvi voltar a praticar inglês, francês e espanhol. Tudo ao mesmo tempo. Não necessariamente nessa ordem.
E tô adorando.

O pior cego é aquele que não quer ver

Já escrevi aqui e em outros lugares (até eu mesma já me cansei de ler isso, de tanto que já repeti!!): eu raramente me lembro de meus sonhos depois de despertar deles.
Isso de não me lembrar pode ser bem frustrante pra mim, pois por vezes sonho coisas absolutamente deliciosas envolvendo outras pessoas, acordo no meio da noite e penso "putz, preciso contar isso amanhã pro fulano!", mas aí, na ânsia de continuar o sonho bom (sim, eu consigo continuar um sonho depois de uma breve interrupção!) não anoto nada e ele cai no mais cruel esquecimento: não há o que fazer para tentar recobrar com alguma fidelidade aquilo que sonhei.
Mas ocorre - mesmo que raramente - de eu me lembrar de detalhes dos sonhos. E isso pode ser tão gratificante (quando o sonho é bom), quanto cruel (quando o sonho é tão bom que dói lembrar dele por saber ser impossível realizá-lo). Pode ainda ser preocupante, que é o caso do ocorrido após o sonho que tive noite passada, e do qual me lembro dos detalhes mais importantes, para meu desespero.
Lembro-me de no meu sonho estar em casa, com alguém conhecido. Era uma mulher, não me lembro se uma das minhas irmãs ou uma de minhas amigas. O fato é que eu mostrava a ela uma coisa que eu descobrira ao me olhar no espelho: uma camada esbranquiçada, parecida com uma lente opaca, me cobria parte dos dois olhos. Metade de cada olho estava totalmente coberta. Era como se eu estivesse ficando cega (como se cada um dos meus dois olhos estivesse "morrendo") mas ao mesmo tempo eu não sentia nada na vista: nem dor, nem ardência, nem embaçamento ou distorção das imagens observadas. Eu enxergava tudo com perfeição e era exatamente por esse paradoxo que eu conversava com essa outra pessoa enquanto minha mãe não chegava, pra eu poder mostrar a ela. Eu não estava nervosa, nem tensa. Só surpresa.
E a minha mãe nunca chegou, antes do sonho terminar.
E eu também não tive tempo de procurar um médico ou algum tipo de ajuda. Não houve piora do quadro, eu continuei enxergando normalmente até terminar o sonho. Foi só aquela sensação estranha de saber que algo estava muito errado, mas não saber o que era.
O sentimento depois de acordar, e durante todo o dia, foi péssimo.
O que seria de mim se eu de repente ficasse cega?
E se a minha mãe não viesse? Com quem eu poderia contar?
De repente percebi o quão pouco agradeço a Deus por ter meus olhos em plena saúde: olhos bonitos e saudáveis com os quais nem sempre olho para coisas importantes. Nem sempre reparo, por exemplo, como é bom ter a presença forte de minha mãe, sempre ao meu lado. Presença muitas vezes silenciosa, por ela ser como eu pouco falante, mas firme e constante. Um porto seguro.
Resolvi procurar pelo significado do sonho no livro dos sonhos. As respostas que encontrei interpretavam cegueira e cego como várias coisas, mas a que mais me chamou a atenção foi "morte de pessoa próxima nos próximos dias". Claro, isso me fez sentir ainda pior. Se alguém de meu convívio próximo me faltar nos próximos dias, terei eu feito minha parte, cuidando com que essa pessoa saiba o quanto ela é importante na minha vida? Ou terei ficado perdendo tempo precioso dando atenção a coisas sem a menor importância, em nome de vaidade, banalidades cotidianas, orgulho...?
Passei o dia pensando sobre tudo isso e sobre outras coisas que essa reflexão toda proporcionou.
No final fiquei com a sensação de que, diante da brevidade da vida, estou agradecendo pouco a Deus e a todos à minha volta por tudo que sou.
Também estou deixando a desejar quanto a doar o melhor de mim aos que me rodeiam.
Estou insatisfeita comigo, por saber que certamente muitos que eu amo estão insatisfeitos comigo.
Às vezes é preciso se imaginar cego para conseguir enxergar certas coisas.

22/10/2012

Detalhes tão pequenos

Detalhes fazem, sim, toda diferença. O que para você pode ser apenas um pequeno detalhe, para outrem pode ser de suma importância. E vice-versa.
Por isso, nunca ria dos sonhos ou das conquistas de alguém. Isso machuca a outra pessoa, e te torna, aos olhos dela, arrogante.
E esse tipo de coisa não é semente boa de se plantar.


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14/10/2012

A vida é assim

"A vida é mesmo assim: dia e noite, não e sim" Lulu Santos também deve ter seus momentos de reflexão, como todos nós.
Hoje acordei pensando que a vida é mesmo danada: sempre nos dá as respostas no tempo exato.
Quando você tá se sentindo com a auto-estima abalada, meio tristonha, como se o seu tempo já tivesse passado... Vem a vida e te mostra que você é admirada, querida, desejada por pessoas que você não tinha a menor expectativa quanto a isso.
E aí você percebe (não sozinho: é a vida que te mostra isso) que a solução está - e sempre esteve - nas suas mãos.
Tome as rédeas do seu destino: aja de acordo com os princípios em que você acredita. Verbalize o que você deseja. Dê uma chance para o que você quer ver acontecer. Plante, e você colherá.
Simples assim!


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12/10/2012

Pensando em ti corria contra o tempo

"E ajeitava o meu caminho pra encostar no teu"
Chico Buarque escreveu a bela "Valsa Brasileira", como tantas outras obras preciosas, e talvez não saiba o tanto de gente que se apropria de seus versos para dar mais sentido à própria vida.
Quantas vezes me peguei ajeitando meu caminho para encostar no caminho de alguém?
Não sei a conta dessas vezes.
Mas posso dizer que a última vez foi hoje à tarde.
A gente se encanta com a pessoa e de repente se vê suspirando por ela, tramando mil maneiras pra ficar pertinho dela. Mesmo que esse ficar perto seja de maneira desastrada, nervosa, sem saber muito que fazer, quanto, como e onde olhar.
Mas estar perto é tão bom... Enche o coração de ternura.

11/10/2012

Amo!

É um Deus tão maravilhoso que providenciou um friozinho pra gente poder aproveitar melhor o feriado.
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Vai, Fernandinho!

O Haddad vai ganhar essa eleição em São Paulo. E eu vou rir muito.


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07/09/2012

Intensidade e responsabilidade

"A ideia de viver a vida como se ela fosse se repetir indefinidamente aumenta nossa responsabilidade por aquilo que fazemos. Não podemos nos arrepender, não temos esse direito, e, para tanto, precisamos ter cuidado com o que fazemos. Só há um jeito de termos amor por nosso destino, e esse jeito é viver com intensidade e responsabilidade.
Comporte-se como se seus atos fossem virar leis universais e ser repetidos por todas as pessoas".
Eugenio Mussak


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02/09/2012

Desprestígio do cinema

"A gente nunca esteve tão longe do público inteligente. O público inteligente se afastou de qualquer cinema em todo o mundo. E eu não compreendo. Das atividades artísticas, esta é a mais descartável, por 20 reais e duas horas você tem uma experiência estética. Então, por que não voltar, mesmo depois de ter experimentado uma obra traumática? Ver um filme ruim não é como enfrentar 'Guerra e Paz' por dois meses e constatar que a leitura foi uma experiência horrorosa. O cinema se tornou apenas mais um fenômeno artístico entre outros fenômenos. Não é mais privilegiado, não sei por quê".
Ugo Giorgetti, cineasta


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Cachorro é só cachorro

A julgar pelo exagero dos defensores de animais domésticos, temo que em breve no Brasil viveremos como na Índia.
Por lá, como as vacas são sagradas, ninguém pode expulsá-las ou retirá-las de onde elas forem. Se uma vaca entrar na sua casa, você tem que ficar feliz com isso (imagina se ela fizer cocô no tapete da sala da sua casa, então? Presumo que deva ser o supra-sumo da glória?!).
Pois bem, pelo andar da carruagem, daqui a pouco vai ser proibido, no Brasil, buzinar para um cachorro sair da frente do seu carro, no meio de uma avenida, na hora do rush. Daqui a pouco será condenado o ato de não deixar um cachorro vadio fazer cocô no seu jardim, ou estragar suas plantas.
Detesto exagero. Detesto frescura.
Acho justo - e até óbvio - que cada pessoa ame seu animalzinho de estimação. Não só o seu, mas todos. É justo e certo respeitá-los e tratá-los com dignidade.
Me parece, não obstante, um pouco ridículo demais endeusar um cachorro a ponto de que todos sejam obrigados a modificar suas vidas para servi-los 24h por dia.
Vão procurar o que fazer, minha gente.
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26/08/2012

Adversário não é Inimigo

Já postei essa frase aqui, mas, dado o ano eleitoral e, dado o comportamento infantil de alguns que teimam em tratar adversário político como inimigo, não custa repeti-la:
"Quando o amigo deixa de sentar com o amigo por causa da política, é porque o país está pronto para a carnificina". Nelson Rodrigues
De minha parte, continuarei respeitando meus amigos como sempre fiz, independentemente de sua ideologia política.
Da mesma forma, exijo que tenham por mim respeito. Exijo respeito não só dos adversários, mas também dos amigos partidários (graças a Deus, poucos deles) que nessas horas sentem-se no direito de julgar com quem você pode ou não pode se relacionar, em nome do que eles entendem por política.
A quem ainda não percebeu, um aviso (se for preciso, faço um desenho): Não me dobro a esse tipo de pensamento.
Findo o processo eleitoral, todos voltaremos a se simples cidadãos da mesma sociedade. Conviveremos em todos os ambientes que frequentamos.
Não cultivemos ódio e intolerância, pois disso o mundo já está cheio e não precisa de mais nenhuma gota sequer.
O mundo precisa é de respeito e civilidade. O mundo precisa é de nosso bom senso.
Sejamos exemplo.
E tenho dito.
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05/08/2012

Das questões de honra que nos movem

Sim, é fato: mulheres também têm suas questões de honra. Não são só os homens que as têm.
Pode acontecer - e acontece, mesmo, com freqüência - de um desejo nem tão avassalador tornar-se obsessão cega, dessas que geram buscas vorazes e incansáveis, simplesmente porque algum(a) desavisado(a), ao perceber tal lampejo de desejo passar célere à frente de uma mulher, fez algum muxoxo ou outro gesto mínimo que a fizesse perceber suspeita de sua incapacidade em conseguir realizar tal quimera.
Ocorre também - comigo ocorre muitíssimas vezes - de os brios serem mexidos não por posturas irônicas de outrem, não por algum ar cínico ou sorriso jocoso de fulano que porventura duvide que se vá lograr obter alguma vitória… Ocorre de ser quem nos desafia nossos próprios pensamentos, de por nosso mais íntimo conhecimento passar o estalo ameaçador do tipo "eu queria isso, mas é uma pena que nunca vá conseguir…, isso não é pra mim…". Aí, minha gente, ao sentir-se desafiada por si própria, não há força exterior que impeça uma mulher decidida de chegar ao resultado que almeja. Pode tirar seu time de campo, sentar na plateia e se preparar para assistir a vitória dessa mulher desafiada! Leve o tempo que for, ela há de conseguir aquilo. Questão de honra.
Não sou diferente. Afinal, quem eu penso que sou para me desafiar?? Coisa mais ridícula! Despropósito! Quando quero, tenho. Leve o tempo que for. Custe o que custar. Nem que seja apenas para contentar minha consciência, para aquietar meu íntimo que um dia ousou suspeitar que eu não seria capaz de fazer aquilo. Sou como gato acuado. Um perigo. Melhorpra você é não me acuar (sábio conselho, que te dou de graça).
Caprichosa? Manipuladora? Posso até ser… Mas ninguém ainda conseguiu me convencer - se é que alguém já tentou fazê-lo - de que não valha a pena sentir a imensa satisfação de realizar meus próprios planos, do meu próprio jeito. Quando é com doçura que consigo, então… também se faz mais doce a conquista. Acho que isso faz a gente se sentir mais mulher.
E que venha o próximo desafio.
Vou comemorar a conquista com uma taça de espumante. Eu merecerei.


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15/07/2012

Montando uma tábua de queijos

A tábua ideal



Selecione de três a sete tipos de queijo. Uma variedade maior pode deixar a tábua enjoativa e a degustação carregada demais.

Ofereça queijos de cores e texturas variadas. Não se limite aos de leite de vaca. Sirva ao menos um queijo de cabra ou de ovelha.

Organize os selecionados em sentido horário ou a partir da esquerda, começando com o mais suave. Assim, um sabor não ofusca o seguinte.

Calcule 15 gramas de cada queijo por convidado para uma tábua de seis opções. Se for a comida principal da festa, aumente para 60 gramas.

Disponha os queijos em tábuas de madeira sem cheiro, como pinho ou eucalipto, para não interferir no sabor do alimento. Tábuas de ardósia, mármore ou granito também são boas opções.

Mantenha a tábua na geladeira, mas retire uma hora antes de servir. Assim, os queijos têm tempo de readquirir a textura e o sabor originais.

Sirva com pães de casca mais dura, como o italiano, que permitem apreciar melhor a textura dos queijos.

Coloque frutas secas e castanhas ao lado dos queijos. Sirva com geleias e patês em pequenos ramequins.

(fontes: Jair Jorge Leandro, Maître Fromager; Bruno Caldas, Chef do Donostia, em São Paulo; Extraído do Suplemento Claudia Comida & Bebida, julho de 2012)

Alcoviteira

"A poesia aproxima palavras que não se cumprimentavam. Palavras ranzinzas, que nunca conversavam no dicionário. Quanto mais diferentes, mais a união produz barulho e o efeito desejado de surpreender. Ela gosta mesmo de casar. Perfeito: a poesia é uma agência de casamento entre os vocábulos".
Fabrício Carpinejar


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07/07/2012

Sabedoria

Queria entender: por que esse desejo que estava sepultado nas profundezas do meu ser reaparece agora? E agora, o que eu faço com ele, que grita urgência, diante da minha necessidade de esperar mais dois intermináveis anos antes de arrebatá-lo?
Dai-me sabedoria e serenidade, Senhor.


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30/06/2012

Desejo

O que mudou em mim com o passar dos anos?
Não deixei de desejar coisas (pessoas?) proibidas.
O que mudou foi que antes esses desejos eram incontroláveis.
Hoje, aprendi a controlá-los.
A maturidade nos dá sabedoria para aceitar que nem tudo que desejamos podemos ter. E aí aprendemos que, nem por isso, seremos menos felizes.
Eu quero, mas não tomo na marra - como costumava fazer nos anos ousados de juventude febril. Aprendi a respeitar mais os outros - e aprendi que, fazendo isso, estou respeitando mais também a mim.
Mas numa coisa não mudei: se esse "objeto de desejo" cair no meu colo… hum… se cair no meu colo eu não rejeito, não.
Vigiai, pois!


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03/06/2012

Difícil ser elogiável

"(…) os elogios são sempre assim: quando os recebemos nos sentimos enganadores, como se houvesse alguma falsidade ali, uma ilusão que alimentamos, uma mentira.
O que temos de positivo é, aos nossos olhos, vivido como uma farsa, ridícula imitação dos nossos ideais. Um dia seremos desmascarados. Se alguém louva nossa obra, aparência ou valores está, pensamos secretamente, redondamente enganado. (…)
Qualquer observação que nos desmerece ou diminui é tomada imediatamente como verdade absoluta. Se alguém der a entender (ou mesmo se acharmos que essa pessoa pensa assim) que somos chatos, medíocres, incompetentes ou feios, levamos fé e faremos coro com essa voz. A crítica habita nosso interior e quando encontra aliados, reais ou pressupostos, se fortalece, se agiganta".
Diana Corso em "Mentiras sinceras me interessam", na revista Vida Simples de junho de 2012.


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02/06/2012

A tal da felicidade

Todo mundo um dia pensa em qual seria a chave da felicidade.
Eu já pensei muito nisso também. E, depois de tanto matutar sobre esse assunto, hoje acredito que a chave da felicidade seja: agir com os outros como gostaríamos que agissem conosco - assim não ferimos nossos princípios e não pesamos nossa consciência; e não esperar NADA dos outros - assim não nos decepcionamos.
Seguindo esses dois princípios, ficamos bem com os outros e bem conosco. E isso, sim, é felicidade.


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31/05/2012

Mantras

É assim, ó:
Vai dar tudo certo.
Calma.
Uma coisa de cada vez.
Mantenha o foco.
Não se apavore.
Devagarinho é mais gostoso.
Você vai conseguir.
Você tem com quem contar.
Não desista.
Não fraqueje.
Yes, we can.
Vai dar tudo certo.


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20/05/2012

Perdão

Eu estou lendo uma matéria sobre o perdão e refletindo muito sobre isso. O resumo da ópera, somando o que eu li e a reflexão que fiz, é:
1) muitas vezes a gente se ofende ou se magoa mais porque alguém não agiu de acordo com nossa expectativa - e não necessariamente porque essa pessoa tenha cometido alguma falha gravíssima;
2) tentar colocar-se no lugar da pessoa que nos magoou - e avaliar se a gente mesma também não poderia ter tomado atitude parecida - ajuda a perdoar mais fácil, porque aumentando a compreensão diminui a rigidez do julgamento do outro;
3) se a gente sabe que vai perdoar alguém e que essa pessoa não vai mudar de comportamento (vai nos magoar outras vezes), então não adianta perdoar: o melhor a fazer é se afastar dessa pessoa e cada um seguir seu rumo em busca da própria felicidade e da própria paz de espírito. Por mais que doa a ruptura, doi muito mais estar em um relacionamento (seja de amor ou de amizade) em que não se confia mais no outro e em que se fica sofrendo o tempo todo, apenas à espera da próxima decepção que virá;
4) quando perdoamos alguém estamos dando uma chance à outra pessoa, mas, mais importante do que isso, estamos dando uma chance a nós mesmos, à nossa própria felicidade;
5) perdoar é um ato de coragem, que exige atitudes sérias e corajosas, além de muita disciplina. Não adianta dizer que perdoou e continuar remoendo a mágoa.
6) o tempo é o melhor amigo do perdão: não adianta achar que tudo vai voltar ao normal instantaneamente após o perdão: é preciso muita paciência e tempo para que a confiança seja reconquistada.
É isso aí, meu povo. Se achar que vale a pena, perdoe e seja feliz. Se achar que não, simplesmente afaste-se da pessoa que te fez(faz) mal. O importante é tomarmos em nossas mãos a responsabilidade de nossas escolhas e das consequências que essas escolhas nos trarão. Só depende de cada um de nós.


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28/04/2012

Chega de autoviolação

Sim, eu sou adepta da felicidade. Sou partidária do prazer.
Considero que viemos ao mundo para buscar o nosso bem estar.
Ficar aceitando o que não gosto, me conformando com o que me incomoda… Isso pra mim é autoviolação. Isso pra mim é desrespeito comigo mesma!
Egoísmo? Talvez alguns achem que sim. Eu, sinceramente não acho.
Na minha opinião, você fazer o que está ao seu alcance para o seu próprio bem estar, é trabalhar para oferecer aos outros o que há de melhor em você: se você estiver bem consigo mesmo, realizado, feliz, com certeza oferecerá ao seu próximo boas coisas. E isso não pode, jamais, ser considerado egoísmo.
A vida tem me ensinado a cultivar coisas, amizades, situações que me fazem bem, que me engrandecem como pessoa, que me realizam de alguma forma. E, ao mesmo tempo, a reconhecer coisas, amizades e situações que, se não me fazem totalmente mal, não me acrescentam nada de bom. E, uma vez identificadas essas coisas, é mais fácil deixar de priorizá-las e - por que não? - até mesmo cortá-las de minha vida, eventualmente.
O resultado? Estou a cada dia mais satisfeita comigo mesma, a cada dia mais feliz.



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22/04/2012

Quando a alma fala

Benditos sejam aqueles que produzem, em forma de arte, obras capazes de tocar profundamente outros seres humanos.
Acabei de assistir ao filme "Chico Xavier", e jamais pensei que pudesse me sentir tão profundamente tocada.
De repente me deu vontade de elevar uma prece ao Senhor e agradecer, com toda sinceridade do meu coração, por tudo de maravilhoso que Ele me dá, todos os dias. De pedir perdão, de toda minh'alma, por eu ser tão fraca e pecar tanto, todos os dias.
Haja luz, Senhor. E haja discernimento para decidir recomeçar, todos os dias, no caminho certo.
Glória a Deus.


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21/04/2012

Excelente

Essa semana pensei muito sobre a busca pela excelência.
A busca pela excelência deve ser um objetivo firme, e um exercício diário.
Coincidentemente (Bah, vocês sabem que eu não acredito em coincidências!) deparei com umas linhas do Aristóteles, sobre o tema:
"Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito" (In: Ética a Nicômaco)
É isso aí, mano.

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08/04/2012

O chocolate não tem culpa

E lá está minha timeline do Facebook pipocando de gente escrevendo coisas do tipo "estou comendo chocolate e engordando"; "segunda-feira haja academia", "me sinto uma orca" entre outras pérolas.
Fico me perguntando por que algumas pessoas não são capazes de simplesmente viver um momento de cada vez.
É Páscoa? Comprou (ou ganhou) um chocolate? Comeu esse chocolate? Por que não aproveita o momento ao máximo, degusta com vontade, sente o prazer que o chocolate (cientificamente) proporciona? Pra que ficar fazendo drama, fazendo manha, fazendo graça, fazendo charme, fazendo frescura e beicinho de arrependimento por conta de uma bobagem dessas? Deixa pra se matar na academia na segunda, depois que o chocolate tiver acabado!! Pra que ficar enchendo o saco dos outros o final de semana inteiro?
Palhaçada, pra dizer o mínimo. Ninguém obriga ninguém a comer chocolate. Se comeu, foi por que quis. Cala a boca e não enche o saco! Por que então não fez um retiro vegetariano no feriado e não ficou roendo um rabanete cru com a cabeça embaixo da terra?
Certas coisas me enervam.
Frescura certamente é uma dessas coisas.
Vamos viver o momento, minha gente.
Sem dramas. Sem frescura.
O bom senso agradece.


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07/04/2012

Banhos de por do sol obrigatórios

Dia desses, ao anoitecer, indo da UFSCar para minha obra - onde muito em breve será meu novo lar - dei de frente com um por de sol estonteante. Desses inexplicáveis.
Uma profusão de vermelhos, laranjas, roxos, violetas quase azuis. Uma coisa de louco.
Lembrei-me de quando trabalhava na prefeitura e estudava Letras na UFSCar à noite. Saía esbaforida do trabalho, passava em casa pra jantar e ia pra aula pela rodovia. Adorava virar a cabeça pra esquerda e apreciar a maravilhosa vista do por do sol sobre a minha cidade tão linda. Pensava que, quando terminasse o meu curso, não teria mais a obrigatoriedade de passar por ali quase que diariamente naquele horário e, assim, perderia o privilégio de admirar aquela beleza toda.
Eis que os anos passaram e eu comprei uma casa. E obtive um emprego estável que fica localizado à distância de exatamente um por do sol da minha futura morada. Ao deixar o trabalho e ir pra casa, serei presenteada com esse espetáculo. Totalmente grátis.
Nos próximos 30 anos, está garantida a minha paisagem particular, deslumbrante e mágica, bem diante de mim, todas as tardes quando eu sair do trabalho.
Que privilégio o meu!
Que sorte a minha!
Felicidade.


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28/03/2012

Falou e disse

Texto irretocável. Concordo em gênero, número e grau. Enjoy! ‘Da fala ao grunhido’, de Ferreira Gullar Publicado na Folha de SP do dia 25/03/2012 Desconfio que, depois de desfrutar durante quase toda a vida da fama de rebelde, estou sendo tido, por certa gente, como conservador e reacionário. Não ligo para isso e até me divirto, lembrando a célebre frase de Millôr Fernandes, segundo o qual “todo mundo começa Rimbaud e acaba Olegário Mariano”. Divirto-me porque sei que a coisa é mais complicada do que parece e, fiel ao que sempre fui, não aceito nada sem antes pesar e examinar. Hoje é comum ser a favor de tudo o que, ontem, era contestado. Por exemplo, quando ser de esquerda dava cadeia, só alguns poucos assumiam essa posição; já agora, quando dá até emprego, todo mundo se diz de esquerda. De minha parte, pouco se me dá se o que afirmo merece essa ou aquela qualificação, pois o que me importa é se é correto e verdadeiro. Posso estar errado ou certo, claro, mas não por conveniência. Está, portanto, implícito que não me considero dono da verdade, que nem sempre tenho razão porque há questões complexas demais para meu entendimento. Por isso, às vezes, se não concordo, fico em dúvida, a me perguntar se estou certo ou não. Cito um exemplo. Outro dia, ouvi um professor de português afirmar que, em matéria de idioma, não existe certo nem errado, ou seja, tudo está certo. Tanto faz dizer “nós vamos” como “nós vai”. Ouço isso e penso: que sujeito bacana, tão modesto que é capaz de sugerir que seu saber de nada vale. Mas logo me indago: será que ele pensa isso mesmo ou está posando de bacana, de avançadinho? E se faço essa pergunta é porque me parece incongruente alguém cuja profissão é ensinar o idioma afirmar que não há erros. Se está certo dizer “dois mais dois é cinco”, então a regra gramatical, que determina a concordância do verbo com o sujeito, não vale. E, se não vale essa nem nenhuma outra ─ uma vez que tudo está certo ─, não há por que ensinar a língua. A conclusão inevitável é que o professor deveria mudar de profissão porque, se acredita que as regras não valem, não há o que ensinar. Mas esse vale-tudo é só no campo do idioma, não se adota nos demais campos do conhecimento. Não vejo um professor de medicina afirmando que a tuberculose não é doença, mas um modo diferente de saúde, e que o melhor para o pulmão é fumar charutos. É verdade que ninguém morre por falar errado, mas, certamente, dizendo “nós vai” e desconhecendo as normas da língua, nunca entrará para a universidade, como entrou o nosso professor. Devo concluir que gente pobre tem mesmo que falar errado, não estudar, não conhecer ciência e literatura? Ou isso é uma espécie de democratismo que confunde opinião crítica com preconceito? As minorias, que eram injustamente discriminadas no passado, agora estão acima do bem e do mal. Discordar disso é preconceituoso e reacionário. E, assim como para essa gente avançada não existe certo nem errado, não posso estranhar que a locutora da televisão diga “as milhares de pessoas” ou “estudou sobre as questões” ou “debateu sobre as alternativas” em vez de “os milhares de pessoas”, “estudou as questões” e “debateu as alternativas”. A palavra “sobre” virou uma mania dos locutores de televisão, que a usam como regência de todos os verbos e em todas as ocasiões imagináveis. Sei muito bem que a língua muda com o passar do tempo e que, por isso mesmo, o português de hoje não é igual ao de Camões e nem mesmo ao de Machado de Assis, bem mais próximo de nós. Uma coisa, porém, é usar certas palavras com significados diferentes, construir frases de outro modo ou mudar a regência de certos verbos. Coisa muito distinta é falar contra a lógica natural do idioma ou simplesmente cometer erros gramaticais primários. Mas a impressão que tenho é de que estou malhando em ferro frio. De que adianta escrever essas coisas que escrevo aqui se a televisão continuará a difundir a fala errada cem vezes por hora para milhões de telespectadores? Pode o leitor alegar que a época é outra, mais dinâmica, e que a globalização tende a misturar as línguas como nunca ocorreu antes. Isso de falar correto é coisa velha, e o que importa é que as pessoas se entendam, ainda que apenas grunhindo.

10/03/2012

Reta final

Estamos na última disciplina do curso de Especialização. Mais duas aulas dessa disciplina, depois 4 palestras e… fim.
Parece que quando se está perto do fim, aí é que o cansaço pega firme, mesmo.
É o mesmo que ocorre quando a gente tá com vontade de fazer xixi e chega na porta do banheiro: a proximidade aumenta a vontade infinitamente - algumas vezes parece mesmo que a gente não vai aguentar segurar!
E é exatamente isso que está acontecendo agora, em relação à pós. Pouca vontade de assistir aula. Menos vontade ainda de aturar a infantilidade e as bobagens de alguns elementos da minha sala. Sorrir pra quem tenho vontade de nem olhar, tudo em prol da boa convivência. Não vejo a hora de tudo isso acabar.
Poucas pessoas que conheci nesse curso levarei comigo quando ele acabar. Do restante, manterei a mais consciente distância. Não tenho tempo a perder com gente que não acrescenta nada de bom na minha vida e que, portanto, não vale a pena.
Hoje saí de lá completamente esgotada.
Ainda bem que já tá acabando.


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08/03/2012

Dia internacional da mulher

"(...)O homem é forte pela razão. A mulher é invencível pelas lágrimas. A razão convence. As lágrimas comovem. O homem é capaz de todos os heroísmos. A mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece. O martírio sublima. (...) O homem tem a supremacia. A mulher, a preferência. A supremacia significa a força. A preferência representa o direito. (...) A aspiração do homem é a suprema glória. A aspiração da mulher é a virtude extrema. A glória faz tudo grande. A virtude faz tudo divino. O homem é um código. A mulher, um evangelho. O código corrige. O evangelho aperfeiçoa. O homem é a águia que voa. A mulher é o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço. Cantar é conquistar a alma. O homem é um templo. A mulher é o sacrário. Ante o templo nos descobrimos. Ante o sacrário nos ajoelhamos. Enfim, o homem está colocado onde termina a terra. E a mulher onde começa o céu". Vitor Hugo

05/03/2012

Leave me alone

Solidão Criativa
A imagem da felicidade na mídia é sempre representada por grupos. No mínimo em duplas, se o clima for de romance. Turmas sorridentes que conversam, se movimentam e dançam são cenas alegres, desejáveis, em contraponto ao retrato de um indivíduo solitário, seja lá o que estiver fazendo. O isolamento não é popular na nossa cultura. E, desde que, há algumas décadas, definiu-se que o ser humano era, além de mais feliz, mais criativo e produtivo em grupos, estudar e trabalhar virou atividade coletiva. O brainstorming, a chuva de ideias ou toró de palpites, tornou-se o modelo de inspiração corporativa do século 20 para solucionar, inovar, criar e chegar ao melhor resultado. Os escritórios, estúdios, agências, redações derrubaram suas paredes, e até mesmo os cubículos acanhados dos anos 1980 se desmontaram em espaços livres, onde todos se escutam, se veem e se comunicam com facilidade.
O mundo estabeleceu esse modelo bem antes de a internet chegar a ser de fato o lugar sem paredes para ampliar nosso potencial criativo por meio do contato virtual com milhares de outros cérebros. No multiconectado século 21, no entanto, o que vemos em estudos recentes é: estar só, trabalhar em silêncio e com privacidade pode ser melhor, mais criativo e eficiente do que em grupo. A consultora americana Susan Cain, autora do livro 'Quiet, The Power of Introverts in a World That Can't Stop Talking', defende-se a tese de que é hora de valorizar a introversão e promover um equilíbrio de poder entre aqueles que falam muito e rapidamente e os que se sentam no fundo e pensam. Esse tipo de profissional, tachado de tímido e pouco valorizado em ambientes que exigem que as pessoas se coloquem e marqueteiem suas ideias antes que alguém o faça, é o que normalmente não é ouvido nas reuniões de brainstorming.
Estudos no campo da neurociência analisam a eficiência da reunião criativa e constatam que, além de intimidante para os introvertidos, ela gera o efeito coletivo de mimetização. Quando pensamos diferente do grupo, diz o neurocientista Gregory Berns, ativamos em nosso cérebro a amígdala, órgão associado ao medo de rejeição. Permanecemos, por pavor de sermos contestados, presos à ideia do grupo, que nem sempre é a melhor. Outros estudiosos da neurociência, Nicholas Kohn e Steven Smith, alertam para um efeito cognitivo dos debates em grupo, onde tendemos a nos fixar em uma ideia e, a partir daí, bloquear o raciocínio para outras.
O terapeuta organizacional Adrian Furham defende que trabalhar em brainstorming é uma insanidade e que, se a empresa tiver pessoas talentosas e motivadas, elas devem ser encorajadas a trabalhar sozinhas, em ambientes em que a criatividade e a eficiência sejam prioridade.
A maior parte dos artistas, dos nerds, cientistas - enfim, dos grandes criadores - trabalha e pensa melhor isolada. Segundo o parceiro de Steve Jobs, Steve Wosniak, os criativos vivem imersos na própria cabeça. "Trabalhe sozinho", aconselha o gênio por trás do gênio da Apple.
Cynthia de Almeida, na revista Claudia de março de 2012
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Gentileza

Hoje recebi um elogio de uma pessoa que nem conhecia. Fiquei abobada na hora, sem saber direito como reagir.
Depois de passado o choque, fiquei pensando que é mesmo bom receber elogios sinceros e desinteressados. E a conclusão a que cheguei foi que deveríamos elogiar mais. Ser mais sinceros.
Gentileza é pra ser praticada.


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21/02/2012

s2

Meu melhor investimento dos últimos anos. Ele já me ajudou em várias situações difíceis. A cada dia descubro uma qualidade nova nele…
Amo meu branquinho.


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loiras

Qual é a sua loira? Todas as cervejas são preparadas com grãos, geralmente cevada, fermentados. Em uma etapa chamada malteação, deixa-se o grão germinar e, quando ele começa a brotar (rico em açúcares para alimentar a futura planta), o processo é interrompido. O grão é então seco e preparado para a produção cervejeira. É dessa etapa que surge o toque adocicado da bebida. Já o amargor vem do lúpulo, outro ingrediente tradicional das loiras. As cervejas de baixa fermentação recebem a denominação lager - mais claras, leves e com menor teor alcoólico -, enquanto as de alta fermentação, chamadas ale, são mais encorpadas e escuras. Há várias subclassificações, de pilsen e pale ale, e cada uma confere sua identidade à receita. Descubra o que as cervejadas da faculdade não lhe ensinaram: há mais maneiras de apreciar uma loira gelada do que num copo de chope. Lager padrão Sabor: delicado, fresco e com um suave amargor Combina com: frango ensopado, conservas e pães Pilsen Sabor: leve e fresco, um pouco mais amargo que o da lager padrão Combina com: sopas cremosas, massa de pizza e legumes refogados Pale ale Sabor: encorpado e com um final amargo Combina com: fondue de queijo, peixe empanado e marinada de carne e frango
India pale ale Sabor: mais forte e amargo que a pale ale Amber ale Sabor: ligeiramente doce e lupolado. Tem cor avermelhada Combina com: cozidos de frutos do mar e sopa de cebola Porter Sabor: escura e forte no sabor e no álcool Combina com: molhos e ensopados de carnes bovina ou suína Stout Sabor: malte torrado com notas de café e chocolate; tipicamente a cerveja mais escura Combina com: sobremesas de chocolate, carne assada e pratos apimentados Trigo Sabor: leve e cítrico Combina com: ensopados e cozidos de frutos do mar, massa de panqueca e molhos de salada Revista Women's Health, fevereiro de 2012

20/02/2012

Presença

"Tudo porque o corpo é visto como apenas um veículo para carregar a mente. Ora, não temos um corpo: nós somos um corpo. Aprendemos com Merleau-Ponty e Francisco Varela que todo pensamento é um gesto do corpo e com Ivaldo Bertazzo e Denise Stoklos que é possível transformar a sociedade mexendo apenas na nossa postura, sem discursos filosóficos.
Do mesmo modo que a mente é o corpo inteiro, o amor não está nos falatórios espirituais, nas conversas pós-briga ou nas histórias que contamos a nós mesmos. Está naquilo que fazemos agora, só aparece quando praticado. Amor não é sentimento. Amor é ação. Presença".
Gustavo Gitti, em "Relações Desencarnadas"


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Amigos sabem esperar

Eu estou fazendo um esforço hercúleo para economizar dinheiro. Por uma razão nobre, um objetivo grande.
Nas últimas semanas tenho economizado centavos. Uma operação de guerra.
E, ademais, também estou aproveitando esse objetivo pra ver se me liberto do meu vício antigo - o de gastar dinheiro.
Não tem sido nada fácil, como é de se imaginar. Aliás, como não é fácil deixar qualquer vício - por que se haveria de imaginar que com esse seria diferente?
Dessa forma, nada de baladas, de jantares ou almoços fora, de comprinhas pela internet… De aproveitar os 3 dias e 1/2 de loucuras do shopping… De gastar no carnaval.

Tenho ficado mais em casa, lido mais, visto mais tv. Pedido ao Décio Jr para que exercite sua política de boa vizinhança molhando minhas plantas - assim não preciso ir até o condomínio e economizo o dinheiro do combustível.
Claro que, como todo vício que se está tentando vencer, esse também traz consigo a fissura. O meu humor não anda dos melhores, e para tentar poupar as pessoas do desagrado, tenho buscado mais o meu isolamento.
Espero que meus amigos me compreendam. Que entendam esse meu sumiço temporário como uma necessidade urgente. Que saibam respeitar essa minha situação, me apoiar, e esperar pelo meu regresso à boemia depois que isso tudo passar.
É nessa hora que se reconhecem os verdadeiros, não é mesmo?



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19/02/2012

Cuidando da própria vida

Com o tempo fui aprendendo que é bom se preservar. Não é bacana falar tudo sobre a sua vida para todos. Eu tenho muitos amigos, inúmeros colegas e conhecidos. Mas são pouquíssimos aqueles com os quais realmente me sinto à vontade para dividir acontecimentos importantes da minha vida, especialmente meus projetos futuros. Aprendi isso da pior forma: sentindo na própria carne a frustração de coisas planejadas não darem certo, simplesmente por ter gente que não é de confiança cobiçando aquilo, olhando torto, comentando o fato com seus próprios amigos - gente que muitas vezes não tem nada a ver comigo e que, portanto, aos quais não faz o menor sentido saber de coisas da minha vida. Existe, sim, gente negativa, energia negativa, pensamento negativo. E precisamos, para nosso próprio benefício, aprender a separar o joio do trigo.
Foi assim que comecei a separar as coisas. Relações profissionais (de prestação de serviço) não tem que ser relações de amizade, por mais cordiais que sejam. Por exemplo, a esteticista não precisa saber que eu troquei de carro. A manicure não precisa saber que fui promovida.
Minha vida começou a fluir bem melhor diante dessa simples mudança de atitude de minha parte. E, seguindo esse raciocínio, foi bem fácil dar o próximo passo: deixar de atualizar os amigos não tão chegados com as novidades da minha vida.
No entanto, como nem tudo são flores, vez ou outra me decepciono com certos acontecimentos.
Como explicar, por exemplo, que uma amiga não tão próxima esteja sabendo de algo muito íntimo sobre mim, se eu não contei nada pra ela? Será que ela tem bola de cristal? Claro que não…! Se ela está a par de algum acontecimento que eu não dividi com ela, é porque ALGUÉM a atualizou com os fatos.
Isso quer dizer que, alguém que eu considerava de minha confiança, e com quem dividi alguma intimidade minha, andou exercitando a fofoca. Andou falando sobre a minha vida com outras pessoas - muito provavelmente por não ter nada muito interessante sobre a sua própria vida para compartilhar… Vidinhas vazias e desinteressantes são uma desculpa perfeita para falar sobre a vida alheia… São os vampiros emocionais: sugam nossa energia vital por não serem capazes de viver plenamente suas próprias vidas desinteressantes, tornando-as minimamente interessantes!
Triste isso. Muito triste, de fato.
Não vou brigar, não vou discutir, não vou chegar para o(a) fofoqueiro(a) e chamar-lhe a atenção para esse comportamento tão inadequado - isso é coisa que se aprende na infância e em família. Não cabe a mim ficar dando a marmanjo diretriz de comportamento minimamente adequado. Se o(a) fulano(a) não aprendeu isso com o pai, a mãe, a escola primária… Se não conseguiu aprender enquanto era criancinha e podia cometer esses erros primários, não é depois de velho(a) que vai dar importância a algum conselho meu… Aliás, quem sou eu pra aconselhar alguém sem ser consultada?
O que eu vou fazer, simplesmente, é deslocar essa pessoa - antes de total confiança para mim - para o rol dos com quem simplesmente não compartilho meus sentimentos.
É triste. Mas necessário.
Quem sabe um choque de realidade abra os olhos dessa pessoa?
E quem sabe assim deixarei de passar por situações desagradáveis e constrangedoras, como a de ter que responder ao conhecido curiosidades sobre algum feito meu que eu não tinha a menor intenção de que fosse de seu conhecimento?
A gente vai aprendendo com a vida.
Rupturas, por mais doloridas que sejam, são muitas vezes necessárias.
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18/02/2012

Férias?

Estava lendo a crônica "Férias. Férias?", da Danuza Leão (http://mideraia.blogspot.com/2012/02/ferias-ferias.html) e cheguei à conclusão de que sou um animal de luxo, mesmo. Tipo um gato de madame - daqueles bem felpudos, sabem?
Digo isso porque, só de me imaginar vivendo algumas situações descritas no texto - o mosquito na perna, o calor, a microcasa no meio do nada e abarrotada de gente faminta - só de me imaginar nesse contexto, me canso.
Lembrei da foto que vi ontem, no facebook: os milhares de carros cheios de idiotas se acotovelando para chegar na praia superlotada. Fazer o quê? Cada um se diverte a seu modo. Até sendo tonto.


Férias para mim é um hotel de luxo com pensão completa. Chuveiro quente. Ar condicionado gelado. Dinheiro no bolso para fazer passeios e provar os sabores que se quiser, na hora que der na telha.
O resto é sacrifício. Não tem nada a ver com férias.

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13/02/2012

Mudanças de rota

De vez em quando é bom acordar e repensar sobre o rumo que a nossa vida vai tomando.
Sempre é tempo de corrigir rotas.
Mergulhei no fundo de mim, no lamaçal dos meus piores defeitos. Vejo que perdi o controle e deixei escapar de mim características boas do meu temperamento.
Mudei de ideia. Quero tudo de volta. Amanhã mesmo começo a recuperar tudo isso que é meu, que eu não queria mais e que agora eu quero.
A vida serve pra gente tropeçar, levantar, erguer a cabeça e seguir, tirando as melhores lições de cada tropeço.
Sempre é tempo.
Ainda bem.

12/02/2012

Do amor

"Do amor Não falo do AMOR romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com AMOR. Chamam de AMOR esse querer escravo, e pensam que o AMOR é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o AMOR já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado. Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta. A virtude do AMOR é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O AMOR está em movimento eterno, em velocidade infinita. O AMOR é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do AMOR nos domine? Minha resposta?
O AMOR é o desconhecido. Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o AMOR será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do AMOR é a de um ser em mutação. O AMOR quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante. A vida do AMOR depende dessa interferência. A morte do AMOR é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não, não podemos subestimar o AMOR não podemos castrá-lo. O AMOR não é orgânico. Não é meu coração que sente o AMOR. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O AMOR faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O AMOR brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o AMOR grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do AMOR, se estivermos também a devorá-lo. O AMOR, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o AMOR a navega. Morrer de AMOR é a substância de que a Vida é feita. Ou melhor, só se Vive no AMOR. E a língua do AMOR é a língua que eu falo e escuto". Moska, no encarte de seu álbum "Eu falso da minha vida o que eu quiser", de 2001

04/02/2012

Satisfação

Andei vasculhando meu blog, a fim de encontrar um texto para compartilhar com uma amiga, e me deparei com muitos posts meus, antigos. Mais precisamente, reli escritos de 2009. Um ano em que não só meu sentimento, mas minha própria alma estava à flor da pele, sangrando a céu aberto, para quem quisesse ver.
Impressionante a força da palavra, minha gente! Um tempo guardado o texto e, quando o relemos, nos surpreendemos com nossa própria escrita.
Percebi que eu sempre acho que eu escrevia melhor no passado: que meu texto, com o passar dos anos, está ficando mais pobre… Ao reler os textos de 2009, pensei que meus textos de hoje não são tão caprichados. Será só impressão minha? Saudosismo, talvez? Irei eu futuramente ler esse post de agora e achá-lo bem melhor do que um contemporâneo, à época?? God only knows.
O importante é constatar, com essa experiência de hoje, que não devo parar nunca de escrever. Me faz um enorme bem colocar nas linhas os meus pensamentos - mesmo os mais bobos. E me faz um bem ainda maior deparar com eles depois de um tempão, e me emocionar comigo mesma.
Satisfação.

03/02/2012

Solidão não tem que ser triste

Vejo muitos associando "solidão" a "infelicidade".
Discordo. Não são estados indissociáveis.
Felizes dos que já descobriram - e já adotaram para suas vidas - a solidão como forma de melhor se entender, de se analisar, de se refletir e de se conhecer profundamente.
Eu ousaria dizer que ninguém consegue atingir o equilíbrio emocional se não aprender a ficar só e, assim, melhorar-se. Se não aprender a tirar bom proveito de seus momentos de solidão. Se não aprender a criar oportunidades para estar só, aproveitando sua própria companhia. É impossível progredir verdadeiramente sem a possibilidade de recolher-se. Quem não consegue suportar sua própria solidão (apreciar sua própria companhia, estando só), não poderá estranhar se seus amigos não o(a) suportarem no convívio!
"Nenhum homem é uma ilha". Concordo com o inglês John Donne, afinal é por meio de nossa socialização que damos sentido à nossa existência. Amo estar com meus amigos e com minha família. São eles que me inspiram e me completam.
Mas garanto que não seria completamente feliz se não tivesse meus momentos de completa solidão, de sublime paz comigo mesma.
Cada vez mais me certifico disso: às vezes somos, nós próprios, nossa melhor e mais confiável companhia.

28/01/2012

Mestre

“O que é a tolerância? É o apanágio da humanidade. Somos todos cheios de fraquezas e de erros; perdoemo-nos reciprocamente as nossas tolices, tal é a primeira lei da natureza.” (VOLTAIRE)
E foi assim que o Prof. Alex Bertoldi encerrou a última aula da disciplina de Relações Interpessoais no curso de Especialização em Gestão Organizacional e Recursos Humanos, hoje.
Durante os últimos 3 finais de semana, fomos convidados a refletir profundamente sobre as nossas relações, nossas posturas diante dos outros e de nós mesmos. Nossas posturas diante da vida.
"Somos os únicos responsáveis por nossa felicidade e nosso bem estar. Temos que parar de ficar procurando desculpas e culpados".
"Não existe pessoa errada. Existe relacionamento construído de forma errada".
Com esses e outros pensamentos igualmente provocativos, fomos alertados quanto à necessidade urgente de tomarmos em nossas mãos definitivamente o protagonismo de nossas vidas.
Foi uma disciplina que deixará saudades. Levaremos para sempre o sentimento bom que tivemos nessas semanas… foi um mergulho dentro de nós mesmos, uma reflexão sobre a qualidade que queremos para nossas relações - e a responsabilidade que temos sobre isso.
"Relacionamento só se aprende fazendo". Sim, Prof. Alex! É uma grande verdade! Felizes dos que tem coragem de se entregar a relacionamentos, de verdade, para aprender que, numa relação, devemos ver refletido no outro o que há de melhor e de pior em nós. E, diante dessa descoberta, sermos capazes de melhorarmos como seres humanos sempre. Sem medo de errar, cair, levantar, seguir em frente ou mudar de rumo. Tolerar os defeitos dos outros, pois, afinal, também precisamos de tolerância.
Na última atividade da disciplina, hoje, toda turma interagiu e dissemos uns aos outros qual a imagem que cada um nos passa. Foi muito interessante esse exercício, pois pude dizer aos colegas como suas posturas refletem na nossa convivência em sala de aula e, ainda melhor que isso, pude ouvir dos colegas como eles me enxergam: experiência emocionante e surpreendente que me fez e fará refletir muito. Ouvi, por exemplo, que as pessoas me vêem ponderada, organizada, coerente. Que sou sincera para expressar minhas opiniões, não importando a situação em que esteja. Que sou respeitável por expor minhas vivências, ajudando o grupo a compreender melhor os conteúdos , por meio de meus exemplos. Adjetivos e características que eu mesma talvez jamais pensasse em usar para me descrever, mas que são a forma como as pessoas com quem convivo me vêem. Me emocionei com isso - e quase não consegui conter as lágrimas.
Não pude conter, no entanto, - por mais que tentasse -, as minhas lágrimas de emoção com as palavras de despedida do professor. Sinceramente emocionado, ele nos disse que "só sentimos tristeza por aquilo que foi importante em nossa vida". Referia-se à nossa despedida. Referia-se ao relacionamento que firmamos: os alunos e o professor, os leigos e o psicólogo, os alunos cheios de conflitos e o professor cheio de conflitos.
Você fará falta, Prof. Alex. Não é sempre que uma pessoa consegue nos fazer mergulhar em nós, fazer com que a gente remexa em recantos internos que muitas vezes queremos deixar lá, intocados, para encarar a realidade do que somos de melhor e de pior - e, ainda assim, consegue se sentir querido e respeitado por todos. Seja feliz na sua jornada, professor. Certamente você deixou sua marca nas vidas de mais essa turma de alunos. E sempre será lembrado com carinho e muito respeito. Não como "mais um professor", mas como o verdadeiro professor, que mostra aos alunos o caminho da luz. Que mostra que essa luz está, não nos outros, mas em cada um de nós.
Continue inspirando as pessoas que tiverem o privilégio de cruzar o seu caminho.
Você é um verdadeiro MESTRE. No melhor sentido da palavra. - Posted using BlogPress from my iPhone

25/01/2012

Napoleão e seus soldados

Pra quem acha que conversa de boteco não leva a nada, veja a seguir a pérola de sabedoria ofertada pelo Oridinho às voltas da mesa do Bar do Toco, ontem à noite.
Dizem que Napoleão classificava seus soldados em 4 tipos: 1. Os inteligentes com iniciativa ; 2. Os inteligentes sem iniciativa ; 3. Os ignorantes sem iniciativa ; e 
4. Os ignorantes com iniciativa. Aos inteligentes com iniciativa, Napoleão dava as funções de cmt gerais… estrategistas ; Aos inteligentes sem iniciativa, Napoleão deixava-os como oficiais a receberem ordens superiores… para cumpri-las com diligência ; Aos ignorantes sem iniciativa, Napoleão os colocava à frente da batalha – buchas de canhão… como dizemos ; e Os ignorantes com iniciativa, Napoleão odiava e não queria em seus Exércitos. Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer besteiras enormes e depois dissimuladamente, tentar ocultá-las. Um ignorante com iniciativa faz o que não deve, fala o que não deve, até envolve-se com quem não deve e depois diz que não sabia. Um ignorante com iniciativa faz perder boas ideias, bons projetos, bons clientes, bons fornecedores, bons Homens públicos. Um ignorante com iniciativa produz sem qualidade, porque resolve alterar processos definidos e consagrados. Um ignorante com iniciativa é, portanto, um grande risco para o desenvolvimento e o progresso de qualquer empresa e governo. Não precisamos dele… 

Nem Napoleão os queria… em sua vida, sua empresa e o governo do seu país…

16/01/2012

Ideias surgindo

À véspera do meu primeiro dia útil de 2012, me peguei fazendo planos para 2013…
Planos bons. Daqueles que, quando eu cismo, não sossego enquanto não realizar…
Vamos amadurecer a ideia.


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15/01/2012

Ética para a vida

Quando fui aprovada no concurso público federal e assumi meu emprego, realizei um curso de "Ética no Serviço Público".
Ali eram abordados diversos temas - a maioria até parece ser de comportamentos bem óbvios, na minha opinião, mas, enfim, como esse mundo tá cheio de gente sem a menor noção das coisas, acho super válido relembrar que um funcionário público não deve roubar, se beneficiar de sua posição, se vestir como um(a) profissional do sexo etc. Também nos disseram, no curso, que a ética profissional deve se estender para além das 40 horas de trabalho, ou seja: quando nos tornamos funcionários públicos federais nós assim seremos reconhecidos 24 horas por dia, não importa se estivermos no trabalho ou não - é desejável pois que levemos princípios éticos para nossa vida particular, especialmente para eventos sociais e espaços de convívio público. Devemos zelar por nossa boa imagem e, mais que isso, pela boa imagem da instituição que representamos.
Dessa forma, "não pega bem" para um funcionário público ser visto embriagado e dando vexame num barzinho, falando alto e sendo vulgar, por exemplo.
Para mim isso tudo faz sentido. Creio que não só os funcionários públicos, mas todos os outros tipos de profissionais, deveriam ser convidados, ao ingressarem numa carreira, a observarem preceitos éticos no seu cotidiano. Já que esse senso ético não vem da formação familiar - o que seria mais lógico, na minha opinião - não custa que a organização onde ele desempenhará suas funções profissionais o convide a fazer essa reflexão.
Toquei nesse assunto por quê? Porque observo certos comportamentos que, a meu ver, são reprováveis - para dizer o mínimo.
As redes sociais são um campo fértil para esse tipo de observação. Não canso de me surpreender com certos posicionamentos que vejo. Do servidor público que reclama do brinde que recebeu da instituição no final do ano - porque sempre o compara com os mimos recebidos em outras organizações, da pedagoga que dá péssimos exemplos de comportamento, do padre que prega o preconceito. Acho tudo isso igualmente repulsivo e lamentável.
Por exemplo, lhes pergunto: como pode um padre, em seu perfil nas redes sociais, fazer piadinhas do tipo "o tamanho do decote V numa camisa determina o grau de homossexualidade de quem a usa", ou fazer observações do tipo "Hoje rezei 4 missas - #DiaTrash"? Sinceramente, isso não faz o menor sentido. Isso, a meu ver, é uma afronta. Uma afronta a ele próprio. E o pior é que não percebe…
Mas a sabedoria popular nos lembra que "é melhor ver certas coisas do que ser cego". Aceitemos pois a existência dessas bizarrices à nossa volta. Com apenas um alívio: o de não sermos obrigados a aprovar esse tipo de postura.


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14/01/2012

Saboreando

Cada vez dá mais gosto ajeitar cada detalhe.
E cada pequeno detalhe ajeitado, por mínimo que seja, dá vontade de estar lá. De passar mais tempo lá. Fazendo o que? Nem que seja fazendo nada… Só sentindo a atmosfera, sentindo os cheiros e ouvindo os sons. Imaginando como será o futuro - e amando tudo isso.
Me pego sendo boba. Mas tô adorando isso.


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01/01/2012

Parabéns a você!

Parabéns ao meu querido blog, que hoje está entrando no seu sexto ano de existência. Fruto de uma resolução de ano novo tomada lá em 2007, ele tem me acompanhado, durante todo esse tempo, atravessando as mais diferentes fases da minha vida. Valeu a pena. Tem valido muito a pena. Que nesse ano novo haja muitas conquistas para serem registradas aqui nessas páginas. Um brinde! - Posted using BlogPress from my iPhone