02/02/2013

Pessimismo não é sinônimo de inteligência

Tomara que todos os urubus emocionais - aqueles que só sabem drenar nossas energias e nos botar pra baixo - leiam isso e repensem sua postura e suas atitudes. Viver com mais leveza é tudo de bom.
"(...)Pessimismo não é sinônimo de inteligência.
Há papo mais chato do que de ex-petista, ex-fumante, ex-seminarista, ex-carnívoro, ex-fanático por futebol, ex-marido, ex-mulher, ex-pecador? Além de arrependidos, mostram-se curados do passado. Insuportáveis com suas lições empíricas.
Articulam acrobacias com a língua para desfiar seu rosário de decepções. São imbuídos da missão sagrada de alertar aos colegas e amigos dos horrores de suas vivências. Evangelistas do apocalipse, pregam suas conversões com a capa preta do diário.
Amaldiçoam a divergência. Numa conversa, vão desconsiderar qualquer opinião diferente da sua com uma ameaça: "Você ainda vai entender!"
É o ciúme da fé. Temos que extrair a fé do próximo, para não sentirmos falta da nossa.
Sofrer não pode eliminar a esperança. Sofrimento sem esperança é masoquismo.
Se a trajetória não saiu conforme planejamos (e nunca sai), não significa que a nossa prole mereça seguir o nosso descrédito.
Precisamos preservar as ilusões. Sou favorável a mais ilusões, menos realidade (…)".
Fabrício Carpinejar em "Aceito Fiado" no livro "Mulher Perdigueira"