27/12/2013

Quais alimentos devem ser consumidos crus

Nem todo alimento deve ir para a panela. Saiba o que é melhor comer cru e, de quebra, como cozinhar direito

Reportagem: Roberta De Lucca - Edição MdeMulher

Edição 0031(Revista Vida Simples)



Nem todos os alimentos precisam ir para o fogo. Em boa parte das vezes a panela é dispensável

Comer cru não tem nada a ver com falta de cuidado, de gosto ou de qualidade. Pelo menos no caso dos vegetais, ao comê-los crus, aproveitamos ao máximo seus nutrientes, que muitas vezes se perdem no preparo. É o que afirmam muitos nutricionistas e, mais recentemente, os adeptos do crudivorismo (ou crudicismo), uma corrente que prega justamente o consumo de alimentos crus ou, no máximo, aquecidos a 48 ºC, temperatura suficiente para amolecer um pouco a comida, mas não cozinhá-la demais, como as pessoas erroneamente costumam fazer.

Ingerir legumes, verduras e frutas é importante porque eles fornecem boa parte das vitaminas, proteínas, sais minerais e açúcares de que o organismo necessita. Por isso, ocupam lugar de destaque na pirâmide dos alimentos (uma convenção mundial que sugere as quantidades de cada alimento que devemos comer por dia). Só que a absorção dos nutrientes pode ser maior ou menor, dependendo da maneira como são preparados. Se forem servidos crus, em geral preservarão ao máximo tudo de bom que têm para dar, já que o cozimento prolongado altera suas propriedades. "Quando são submetidos ao calor e à água, os vegetais sofrem reações que alteram sua estrutura original, perdendo proteínas, vitaminas e minerais", exemplifica o nutrólogo Eric Slywitch.

Mas há situações em que o cozimento pode aumentar a absorção de nutrientes pelo organismo, caso de leguminosas como feijão, soja e lentilha, ricos em substâncias que atrapalham a absorção de minerais. O aquecimento elimina os agentes inoportunos e ainda aumenta a absorção das proteínas desses vegetais. No entanto, cozinhá-los por tempo demais acaba com outros componentes,como as vitaminas e os minerais. À exceção das leguminosas, fica a seguinte regra geral: coma crus todos os vegetais que você conseguir. E vá experimentando para incluir outros a essa dieta à prova de fogo.

E as carnes? Embora haja muitos fãs de carpaccio, kibe cru ou sushi, o risco de contaminação por bactérias ao ingerir esses alimentos é grande quando não se conhece a procedência dos produtos. Todo o processo de manipulação, conservação e congelamento do peixe e da carne antes de chegarem à mesa são importantes. De acordo com a nutricionista Tânia Rodrigues, as proteínas e o ferro de carnes e peixes não se perdem no aquecimento, mas a exposição prolongada ao calor pode levar à perda de vitaminas. "Os peixes, por sua vez, contêm avitina, uma substância antinutricional, que é anulada quando o peixe é cozido e isso melhora a absorção de vitamina B1", diz Slywitch.

Fibras essenciais

A nutricionista Erika Suiter destaca que alimentar-se de vegetais e frutas cruas também é bom por conta das fibras. Cada pessoa deveria comer 30 gramas de fibras por dia para o intestino funcionar normalmente. O ideal seria comer pão integral e frutas no café da manhã e no lanche e verduras e legumes no almoço e na janta. "Quem privilegia alimentos crus colabora com o funcionamento do intestino", observa Erika. Segundo ela, nem todas as fibras são digeridas no estômago, e o que sobra vai direto para o intestino e o ajuda a funcionar.

Para os mais desavisados, mastigar bem os alimentos crus é fundamental, pois eles são mais bem triturados e facilitam a digestão, que é mais lenta do que a de alimentos cozidos. "O tempo de digestão varia conforme o tipo de alimento e o próprio funcionamento do organismo de cada pessoa. Portanto, não dá para generalizar. O fato é que a fibra não degrada com o calor e, quanto mais fibra se come, mais lenta é a digestão", ensina o endocrinologista José Antonio Miguel Marcondes.

Mas comer cru não é um consenso. A medicina ayurvédica, por exemplo, não vê com bons olhos - os ayurvédicos acreditam que comer está relacionado à eliminação de toxinas. Tudo o que entra deve sair do corpo para que nele não sobrem restos de comida se decompondo. Pelo fato de serem de lenta digestão, os alimentos crus não são bem-vindos. "O correto é cozinhá-los um pouco para tirar sua rigidez e deixá-los al dente", afirma Márcia de Luca, discípula do médico ayurvédico indiano Deepak Chopra.

Na visão antroposófica, vegetais e frutas cruas, além de elevado valor nutricional, dão mais disposição às pessoas, pois o esforço da digestão estimula o organismo. Outra vantagem: os crus preservam, melhor do que os alimentos cozidos, as propriedades antioxidantes que retardam o envelhecimento, segundo o médico antroposófico e homeopata Luiz Carlos Nascimento.


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25/12/2013

You should know it

Uma simples coisinha que todos deveriam saber sobre mim.
Sim: todos! Os que me amam, os que me odeiam e os que me desprezam. Saibam, todos vocês: EU DETESTO VISITINHAS-SURPRESA.
Se quiser me agradar, ligue, mande mensagem, combine antes a visita. Não custa nada e todo mundo sai mais feliz da situação.
Simples assim.


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Feliz Natal!





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15/12/2013

As confraternizações

Nunca aconteceu de eu chegar ao fim de um ano achando que "esse ano que passou foi ruim". Não sei se sou muito otimista - talvez eu seja - mas a perspectiva de que vai começar um ano novinho e cheio de esperança sempre me deixa num clima ótimo, com aquela vontade de agradecer por todas as conquistas do ano velho, ignorar os percalços, e começar o ano novo com muita garra e aquela vontade de que tudo seja diferente. Eu acabo "perdoando" o ano que está acabando por tudo que não deu certo, e o avalio como "bom".
Ontem, numa das festas de confraternização deste ano, em um animado momento com amigos na pista de dança, eu quis propor o brinde: "que 2014 seja melhor que 2013 e pior que 2015!". E é sinceramente isso que desejo. É assim que me sinto: preparada para brigar para que tudo sempre melhore.
Voltei com uma sensação muito boa da festa. Ok, estava um pouco "alta" - os brindes foram muitos, a cerveja e o vinho eram dos bons, a animação era geral. Mas não foi só por causa disso.
Na volta pra casa, fiquei pensando que talvez um pouco da nossa postura de "querer fazer tudo diferente" no ano novo venha da nossa animação das festas de confraternização que fazemos em dezembro. Nelas a gente conversa, ri, resolve algum mal entendido ou má impressão que tenha de alguém, se aproxima mais das pessoas que gosta e que não tem muita intimidade no trabalho, e - pasmem! - até ouve uma ou outra cantada de pessoas que a gente menos imagina que possam ter atração pela gente, mas que, mesmo sendo uma besteira mais provocada pelo álcool do que por qualquer outra coisa, fazem bem ao nosso ego.
Eu costumo dizer que "dezembro é a sexta-feira dos meses" porque todo dia de dezembro é dia de festa, de happyhour, de reencontro, de se sentir leve e relaxado(a), de levantar brindes e desejar coisas boas.
Bora lá, curtir essas 15 sextas-feiras que ainda faltam antes de terminar o ano...
Cheers!

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10/11/2013

Os sumiços e reaparecimentos

Não tenho escrito muito no blog por várias razões - nem todas compiláveis.
Mas, das compiláveis, eu poderia citar:
- a preguiça, essa mola-mestra, que torna o ato de escrever frases soltas nas redes sociais bem mais atraente do que formular um texto minimamente bem estruturado para o blog;
- a minha perplexidade em constatar minha amargura e minha impaciência diante dos acontecimentos cotidianos, ou seja: tenho um certo pudor em revelar aqui os pensamentos malévolos que ultimamente dominam minha mente diante de certas situações. A publicização desse meu eu tão cruel e cáustico poderia atrair antipatia de muita gente à minha doce pessoa e, convenhamos, antipatia alheia é tudo que não preciso atrair para minha vida agora;
- tenho gostado mais de ler do que escrever,o que tem me feito utilizar minhas sobrinhas de tempo a me deliciar com meus livros e minhas revistas que tanto me agradam;
O fato é que sinto saudades do contato mais frequente com meu querido blog.
Foi esse contato com ele que me ajudou a segurar a barra no período sombrio por que passei em 2008 e 2009. Agora que está tudo bem emocionalmente seria tão bom continuar fluente e frequente no blog... Coisinhas lindas seriam postadas, de um otimismo perfumado e florido. Mas não.
Triste característica essa do ser humano, de produzir mais quando está arrasado.
Mas não me culpo, nem me torturo. No momento oportuno, a frequência voltará.
E que seja fértil, inspiradora e valiosa. Porque é assim que deve ser.

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31/10/2013

Sussurros de Deus

Sim, consigo ouvir Deus falando comigo - diretamente comigo - da maneira mais sublime à mais banal possível. Pobres dos que não conseguem.
E em todas as ocasiões em que Ele fala comigo, a mensagem principal é a mesma: "Não esmoreça".
Obrigada, Senhor, por me amar incondicionalmente, como só um Pai pode amar. Apesar de todas as minhas fraquezas e imperfeições, Teu amor é maior.
Obrigada por manter minha fronte erguida e meu coração cheio de esperança e dignidade.
Permita que eu ande sempre por Teus caminhos.
Amém.


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12/09/2013

Pimentinhasss

4 pimentas para valorizar seus pratos

As pimentas são ótimas para realçar sabores, mas você sabe reconhecer os níveis de ardência? Aprenda e faça boas escolhas
Publicado em 23/07/2010 - Edição 0095 Revista Vida Simples


Nada como um molho de pimenta para valorizar seus aperitivos e refeições. Mordeu uma pimenta mais forte? Nelo Linguanotto, autor do Dicionário Gastronômico: Pimentas com suas Receitas e dono da loja Bombay, ensina a tirar o "ardido": é só comer miolo de pão. "Como a substância que faz arder é um óleo, a capsaicina, beber água espalha o ardor", diz.

Veja algumas dicas para consumir os quatro tipos de pimentas mais comuns em bares e restaurantes:

1. BIQUINHO
Ardência: 0
Vistosa e colorida, a biquinho permite uma incursão ao mundo das pimentas sem o risco da ardência. Boa para decorar, é uma pimenta que se come inteira.

2. JALAPEÑO
Ardência: 5
Originária do México, é muito usada em salsas mexicanas que se comem com dips (pastas em que se mergulha tortillas e nachos).

3. DEDO DE MOÇA
Ardência: 7
Como todas as pimentas "fortes", acompanha melhor pratos de sabores marcantes, como as carnes. É boa para molhos ou pastas.

4. MALAGUETA
Ardência: 7 a 8
Esta é para quem gosta de viver perigosamente. Assim como a cumari e a pimenta de bode, que têm o mesmo nível de "picância", é melhor pedir à parte.




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09/09/2013

Nunca leia os cometários

Por Aline Valek
Poucos conselhos são tão valiosos quanto o que tenho para você hoje. E tenho quase certeza de que mesmo quando eu estiver velhinha, mesmo com toda a experiência de, sei lá, mais sessenta anos vividos, não terei outro conselho mais importante para oferecer a esta ou a futuras gerações. Aliás, mais que um conselho, considere um alerta. É coisa séria.
Então te faço esse apelo e preste bastante atenção: nunca leia os comentários.
Não importa se é um portal de notícias ou um blog de ficção e assuntos inofensivos. Aliás, mesmo os assuntos mais inofensivos são capazes de gerar os comentários mais tenebrosos, desses que revelam o mais inominável terror que habita o ser humano. Não há nada para você lá, acredite.
A caixa de comentários é um caminho sem volta. Um faroeste sem leis. Um circo de horrores. O sétimo círculo do inferno, o castelo do Bowser, o abismo do Sonic, um buraco negro suspenso no espaço consumindo toda a luz ao seu redor. É o lar de Cthulhu.
O que raios você quer fazer lá, além de arrumar uma úlcera nervosa? Você não vai encontrar em uma caixa de comentários as respostas fundamentais sobre a vida e o universo, nem qualquer coisa minimamente construtiva para a humanidade. Com muita sorte, vai achar um comentário sem nenhuma falácia argumentativa – e olhe lá.
Gosta de sofrer? Peça pra alguém vestido de couro te dar umas chicotadas, vá comer wasabi de colherada, tome banho gelado no inverno. Qualquer coisa que essa sua cabecinha masoquista maquinar para o suplício do seu corpo e de sua alma. Mas nunca leia os comentários.
Sério. Não vale o sofrimento. A vida é curta; e, mesmo se fosse infinita, não valeria a pena.
Eu garanto: o dia ganha três horas a mais quando você deixa de ler os comentários. Seu intestino funciona melhor, sua pele fica mais macia, a vida parece ser mais suportável.
Mas evitar cair na piscina de estrume neste enorme quintal da vida que chamamos de internet é um esforço diário. Às vezes você tropeça. Às vezes você se sente como se tivesse a cara sendo arrastada no asfalto. Às vezes o estrago é feio. Hoje mesmo, por exemplo, caí acidentalmente numa caixa de comentários. Acho que torci o pé. E então eu repito para mim mesma: nunca leia os comentários, nunca leia os comentários. Nunca. Leia. Os. Comentários.
Isso mesmo, não entre numa caixa de comentários nem se for para resgatar sua mãe. Nem que te paguem. Não, nem se a humanidade estiver sendo ameaçada por uma raça alienígena belicosa cujo ponto fraco foi citado em um comentário perdido numa notícia sobre celebridade flagrada pagando peitinho. Aliás, o maior motivo para essa raça alienígena ameaçar destruir a humanidade é justamente a insanidade que emana das caixas de comentários. Certos estão eles. Não tente impedi-los.
Acredite: você não vai perder nada deixando de ler os comentários. Talvez apenas o risco de ter um derrame cerebral.
***
Para a sua segurança, este blog está fechado para comentários, de forma a impedir que você tropece num deles e tenha uma fratura no crânio. De nada.
Este texto é dedicado a todas as pessoas que ainda se perdem ao teimar em ler os comentários, especialmente a um grande amigo que está viciado em ler comentários e entrar em contato com o crème de la crème da escrotidão das pessoas. Sai dessa, cara.
Agora, se você é desses que ESCREVEM os comentários que infestam de chorume este universo, eu não tenho nada a te dizer. Aliás, espero que você tenha caganeira.

08/09/2013

O tiro no pé

8 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 17:28

247 - Ao contrário das apostas alarmistas de colunistas como Merval Pereira, do Globo, que defendiam que o Supremo Tribunal Federal desse uma resposta às ruas, prendendo réus antes mesmo do fim dos recursos, para que multidões enfurecidas não quebrassem tudo no 7 de setembro, nada disso aconteceu. Muito pelo contrário. A tentativa de parte da imprensa de usar possíveis protestos para chantagear as instituições fracassou. E o jornalista Paulo Moreira Leite escreveu uma análise impecável a respeito. Leia abaixo:

Crocodilos derrotados

Nossos cronistas que tentam impedir que os condenados da Ação Penal 470 tenham direito a uma revisão adequada de suas penas e mesmo uma segunda jurisprudência perderam um argumento depois de ontem.

Numa postura autoritária, que confundia seus desejos com a realidade, falavam do monstro, do ronco, do demônio das ruas para justificar a prisão imediata dos condenados.

Mas tivemos protestos de participação modesta, que confirmam não só a vergonhosa ignorância da fatia conservadora da elite de nossos meios de comunicação quanto às preocupações reais que afligem a maioria da população, mas também sua total falta de compromisso com a apuração e divulgação de fatos verdadeiros e informações confiáveis.

Querem fazer propaganda, querem ideologia – e não é difícil entender a razão.

Interessados num eventual proveito político do julgamento, tentam chantagear as instituições da democracia, sem importar-se, sequer, com outros prejuízos de natureza cultural que o estimulo à baderna possa produzir.

Como observou Janio de Freitas, pela primeira vez na história as pessoas saíram à rua num 7 de setembro sem “incluir, sequer remotamente, algo da ideia de nacionalidade, ou de soberania, de independência mesmo.”

Diz ainda Janio: “pelo visto, não faria diferença se, em vez do Sete de Setembro, a celebração mais próxima fosse o Natal. Ou Finados.”

Lembrando que somos uma pátria de desiguais, o Grito dos Excluídos disse a que veio. Mas só.

Os demais não disseram nada, embora fosse sobre eles que se disse tudo – especialmente, que o STF deveria se acovardar.

Há um componente maligno e manipulador nesse esforço para anunciar que um protesto será uma manifestação grandiosa.

Procura-se estimular o efeito manada naquele conjunto de cidadãos capazes de sair à rua porque acham que “todo mundo vai estar lá”. Numa sociedade pouco organizada como a nossa, onde os partidos políticos são o que são e as demais organizações sociais são aquilo que se conhece, muitas pessoas sentem-se desenraizadas e sem compromisso social maior. Ficam impressionadas com demonstrações de força.

Tenta-se contaminar nestes indivíduos um sentimento de solidão e isolamento caso não acompanhem os atos daqueles que se quer transformar numa “maioria” que ninguém ouviu nem diz onde mora nem sabe o que pensa – e muitas vezes nem pode ver o rosto, o que não é casual.

A leitura de Hanna Arendt, uma das mais fecundas estudiosas do nascimento de movimentos totalitários que levaram às piores ditaduras do século passado, permite interessantes comparações com aquilo que se diz e se faz no Brasil de hoje. Não tudo, mas boa parte, pelo menos.

Hanna Arendt explicou que os movimentos contra uma democracia ainda em gestação na Europa entre as duas Guerras precisaram de “uma grande massa desorganizada e desestruturada de indivíduos furiosos, que nada tinham em comum exceto a vaga noção de que as esperanças partidárias eram vãs; que, consequentemente, os mais respeitados, eloquentes e representativos membros da comunidade eram uns néscios e que as autoridades constituídas eram não apenas perniciosas, mas também obscuras e desonestas.” (“Origens do totalitarismo”, página 444).

É claro que, diante do fiasco comprovado de ontem, ninguém irá admitir que nunca houve uma relação direta nem clara entre a ação 470 e os protestos de junho.

Havia, há dois meses, quem protestasse contra os condenados. Era muita gente, sem dúvida. Mas havia uma raiva mais ampla e generalizada, que envolvia o sistema político, a saúde pública e, como causa inicial, não vamos esquecer, o transporte público.

Reconhecer isso hoje seria aceitar que se fez uma descrição política interesseira, que pretende dar ao povo um tratamento de ralé, estimulando, acima de tudo, a busca de um líder autoritário – para empregar, mais uma vez, a análise de Hanna Arendt.

Para ela, povo é aquele movimento social articulado a partir de interesses concretos e definidos, inclusive de classe social, que reage para defender seus direitos quando são atacados – e por isso ela identifica povo com a democracia.

Já a ralé, no sentido político, é formada por uma massa de cidadãos de várias classes, alimentados por uma “amargura egocêntrica” que produz uma forma de “nacional tribal” e também o “niilismo rebelde."

Analisando a estratégia de um dos mais cruéis líderes de um movimento em si monstruoso como o nazismo, Arendt fala que Himmler procurava recrutar integrantes das SS entre cidadãos que não estavam interessados em “problemas do dia a dia” mas somente em questões ideológicas de quem acredita trabalhar “numa grande tarefa que só aparece uma vez a cada dois mil anos.”

Vejam algumas semelhanças entre as coisas.

No livro “A Cozinha Venenosa", no qual estuda a emergência do nazismo a partir da história de um jornal socialdemocrata de Munique, a jornalista Silvia Bittencourt lembra uma frase do hino da SS: “a Alemanha desperta.”

Descrevendo a “atomização social e a individualização extrema”, Hanna Arendt fala de massas que, “num primeiro desamparo de sua existência, tenderam para um nacionalismo especialmente violento.”

Avaliando o comportamento dos partidos que tinham uma postura de cumplicidade nos ataques à democracia, diz que agiam assim “por motivos puramente demagógicos, contra seus próprios instintos e finalidades.”

Na verdade, a falta de disposição espontânea para transformar o 7 de setembro numa jornada de confronto político real, como ocorreu em junho, não era tão difícil assim de ser percebida.

Em 4 de setembro registrei neste espaço minhas dúvidas sobre o tão falado monstro e seu “ronco”, como dizem os adoradores de todo movimento capaz de ser usado para causar prejuízos ao condomínio Lula-Dilma.

Falando dos crocodilos que rondam o Supremo, escrevi:

“Tenho certeza absoluta de que muitos brasileiros querem a prisão dos condenados pela ação penal 470. São sinceros e estão convencidos de seus motivos. Acho que o massacre dos meios de comunicação, tendenciosos, tem muito a ver com isso.

Não custa lembrar, contudo, que o Brasil não se resume a essas pessoas. Todos os deputados indiciados na ação penal 470 e que disputaram cargos eleitos em 2010 tiveram boa votação. Em 2012 a lei ficha limpa tirou João Paulo Cunha do pleito em Osasco. Senão, teria sido eleito prefeito. Não pode concorrer e emplacou um substituto no posto. Dirceu só não foi eleito em 2010 porque perdeu os direitos políticos no Congresso.

O “povo”, “a rua”, “o monstro” compareceu em massa às urnas em 2006, 2010, 2012. Em nenhuma dessas ocasiões a ação penal 470 derrotou qualquer candidato a presidente, a governador, a prefeito. Ocorreram derrotas e vitórias espetaculares. Sei da opinião de quem vai aos protestos. Mas basta andar pela rua e perguntar a opinião da população sobre Dilma. Ou sobre Lula.”

Seria ilusório no entanto, esperar por um balanço politicamente honesto deste 7 de setembro. Ninguém irá aplicar o mesmo critério e reconhecer que a população não está com tanta pressa assim –-- e dar uma folga na chantagem sobre o Supremo, deixando que, nos últimos dias, seja capaz de encarar os fatos e reconhecer que tem o dever de abrir o debate para a discussão dos embargos infringentes, uma possibilidade de assegurar a pelo menos uma parcela dos réus o direito de uma revisão de suas penas.

As “ruas “ e o "monstro" eram apenas pretextos convenientes para justificar uma postura autoritária para mobilizar a população, de qualquer maneira, para exigir punições exemplares. Não deu certo e agora se mudará de assunto para perseguir o mesmo alvo, que é criminalizar as mudanças ocorridas no país nas últimas décadas. Como se faz sempre, a retórica consiste em transformar o bom e o regular em ruim, o ruim em péssimo – e dizer que tudo o que há de ótimo saiu da cartola da oposição, enxotada do Planalto com uma popularidade negativa de 13 pontos.

A transmissão ao vivo do julgamento, ainda no ano passado, destinava-se a transformar uma decisão que deveria ser tomada num ambiente de serenidade e recolhimento num espetáculo público com várias demonstrações de autoritarismo e intolerância.

Tivemos um ministro relator que jamais foi um juiz, mas um aliado da acusação e, em vez de ser questionado a respeito, foi aplaudido exatamente por isso.

Este comportamento permitiu várias distorções e abusos. No último exemplo, o ministro Ricardo Lewandovski demonstrou, com dados irrefutáveis, o agravamento artificial das penas com a finalidade de impedir que, apesar das denúncias injustas, da falta de provas, da fraqueza de tantas acusações, os réus pudessem beneficiar-se de um direito universal – a prescrição de penas depois de determinado prazo de investigação.

Estimulando atitudes de quem se coloca acima da lei, improvisa soluções sob encomenda a seus interesses, o que se quer é outra coisa.

Convencer o “niilismo rebelde” e o “nacionalismo tribal” que é possível desrespeitar a democracia pois ninguém será capaz de reagir. Estamos sendo submetidos a um teste.

Através do ataque aos direitos de 25 condenados, pretende-se atingir os direitos do povo inteiro É um plano para um prazo mais longo, amplo e profundo.

Se, em outubro de 2014, Dilma Rousseff e Lula confirmarem o que dizem as pesquisas eleitorais de hoje, cravando uma quarta vitória eleitoral consecutiva sobre a “amargura egocêntrica” das elites, nós poderemos saber exatamente o que estava em jogo no espantalho do monstro de 7 de setembro -- obter, fora das urnas, fora do respeito devido às instituições democráticas, vitórias que só a soberania popular pode assegurar.


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31/08/2013

¡Bien venidos, amigos!

FOLHA DE SÃO PAULO

31 de agosto de 2013

David Oliveira de Souza

TENDÊNCIAS/DEBATES

Carta aos médicos cubanos

Bem-vindos, médicos cubanos. Vocês serão muito importantes para o Brasil. A falta de médicos em áreas remotas e periféricas tem deixado nossa população em situação difícil. Não se preocupem com a hostilidade de parte de nossos colegas. Ela será amplamente compensada pela acolhida calorosa nas comunidades das quais vocês vieram cuidar.

A sua chegada responde a um imperativo humanitário que não pode esperar. Em Sergipe, por exemplo, o menor Estado do Brasil, é fácil se deslocar da capital para o interior. Ainda assim, há centenas de postos de trabalho ociosos, mesmo em unidades de saúde equipadas e em boas condições.

Caros colegas de Cuba, é correto que nós médicos brasileiros lutemos por carreira de Estado, melhor estrutura de trabalho e mais financiamento para a saúde. É compreensível que muitos optemos por viver em grandes centros urbanos, e não em áreas rurais sem os mesmos atrativos. É aceitável que parte de nós não deseje transitar nas periferias inseguras e sem saneamento. O que não é justo é tentar impedir que vocês e outros colegas brasileiros que podem e desejam cuidar dessas pessoas façam isso. Essa postura nos diminui como corporação, causa vergonha e enfraquece nossas bandeiras junto à sociedade.

Talvez vocês já saibam que a principal causa de morte no Brasil são as doenças do aparelho circulatório. Temos um alto índice de internações hospitalares sensíveis à atenção primária, ou seja, que poderiam ter sido evitadas por um atendimento simples caso houvesse médico no posto de saúde.

Será bom vê-los diagnosticar apenas com estetoscópio, aparelho de pressão e exames básicos pais e mães de família hipertensos ou diabéticos e evitar, assim, que deixem seus filhos precocemente por derrame ou por infarto.

Será bom vê-los prevenindo a sífilis congênita, causa de graves sequelas em tantos bebês brasileiros somente porque suas mães não tiveram acesso a um médico que as tratasse com a secular penicilina.

Será bom ver o alívio que mães ribeirinhas ou das favelas sentirão ao vê-los prescrever antibiótico a seus filhos após diagnosticar uma pneumonia. O mesmo vale para gastroenterites, crises de asma e tantos diagnósticos para os quais bastam o médico e seu estetoscópio.

Não se pode negar que vocês também enfrentarão problemas. A chamada “atenção especializada de média complexidade” é um grande gargalo na saúde pública brasileira. A depender do local onde estejam, a dificuldade de se conseguir exame de imagem, cirurgias eletivas e consultas com especialista para casos mais complicados será imensa. Que isso não seja razão para desânimo. A presença de vocês criará demandas antes inexistentes e os governos serão mais pressionados pelas populações.

Para os que ainda não falam o português com perfeição, um consolo. Um médico paulistano ou carioca em certos locais do Nordeste também terá problemas. Vai precisar aprender que quando alguém diz que está com a testa “xuxando” tem, na verdade, uma dor de cabeça que pulsa. Ou ainda que um peito “afulviando” nada mais é do que asia. O útero é chamado de “dona do corpo”. A dor em pontada é uma dor “abiudando” (derivado de abelha).

Já atuei como médico estrangeiro em diversos países e vi muitas vezes a expressão de alívio no rosto de pessoas para as quais eu não sabia dizer sequer bom dia –situação muito diferente da de vocês, já que nossos idiomas são similares.

O mais recente argumento contra sua vinda ao nosso país é o fato de que estariam sendo explorados. Falou-se até em trabalho escravo. A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) com um século de experiência, seria cúmplice, já que assinou termo de cooperação com o governo brasileiro.

Seus rostos sorridentes nos aeroportos negam com veemência essas hipóteses. Em nome de nosso povo e de boa parte de nossos médicos, só me resta dizer com convicção: Um abraço fraterno e muchas gracias.

DAVID OLIVEIRA DE SOUZA, 38, é médico e professor do Instituto de Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. Foi diretor médico do Médicos Sem Fronteiras no Brasil (2007-2010)

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Confessando a derrota

"Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.

Herois enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.

Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.

Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.

Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan".

(Carlos Drummond de Andrade, "Elegia 1938", em: Sentimento do Mundo)


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25/08/2013

Bem-vindos, cubanos


Em vez Havana?

O debate sobre a chegada de médicos cubanos é vergonhoso.

Paulo Moreira Leite

Do ponto de vista da saúde pública, temos um quadro conhecido. Faltam médicos em milhares de cidades brasileiras, nenhum doutor formado no país tem interesse em trabalhar nesses lugares pobres, distantes, sem charme algum – nem aqueles que se formam em universidades públicas sentem algum impulso ético de retribuir alguma coisa ao país que lhes deu ensino, formação e futuro de graça.

Respeitando o direito individual de cada pessoa resolver seu destino, o governo Dilma decidiu procurar médicos estrangeiros. Não poderia haver atitude mais democrática, com respeito às decisões de cada cidadão.

O Ministério da Saúde conseguiu atrair médicos de Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai. Mas continua pouco. Então, o governo resolveu fazer o que já havia anunciado: trazer médicos de Cuba.

Como era de prever, a reação já começou.

E como eu sempre disse neste espaço, o conservadorismo brasileiro não consegue esconder sua submissão aos compromissos nostálgicos da Guerra Fria, base de um anticomunismo primitivo no plano ideológico e selvagem no plano dos métodos. É uma turma que se formou nesta escola, transmitiu a herança de pai para filho e para netos. Formou jovens despreparados para a realidade do país, embora tenham grande intimidade com Londres e Nova York.

Hoje, eles repetem o passado como se estivessem falando de algo que tem futuro.

Foi em nome desse anticomunismo que o país enfrentou 21 anos de treva da ditadura. E é em nome dele, mais uma vez, que se procura boicotar a chegada dos médicos cubanos com o argumento de que o Brasil estará ajudando a sobrevivência do regime de Fidel Castro. Os jornais, no pré-64, eram boicotados pelas grandes agencias de publicidade norte-americanas caso recusassem a pressão americana favorável à expulsão de Cuba da OEA. Juarez Bahia, que dirigiu o Correio da Manhã, já contou isso.

Vamos combinar uma coisa. Se for para reduzir economia à política, cabe perguntar a quem adora mercadorias baratas da China Comunista: qual o efeito de ampliar o comércio entre os dois países? Por algum critério – político, geopolítico, estético, patético – qual país e qual regime podem criar problemas para o Brasil, no médio, curto ou longo prazo?

Sejamos sérios. Não sou nem nunca fui um fã incondicional do regime de Fidel. Já escrevi sobre suas falhas e imperfeições. Mas sei reconhecer que sua vitória marcou uma derrota do império norte-americano e compreendo sua importância como afirmação da soberania na América Latina.

Creio que os problemas dos cidadãos cubanos, que são reais, devem ser resolvidos por eles mesmos.

Como alguém já lembrou: se for para falar em causas humanitárias para proibir a entrada de médicos cubanos, por que aceitar milhares de bolivianos que hoje tocam pedaços inteiros da mais chique indústria de confecção do país?

Denunciar o governo cubano de terceirizar seus médicos é apenas ridículo, num momento em que uma parcela do empresariado brasileiro quer uma carona na CLT e liberar a terceirização em todos os ramos da economia. Neste aspecto, temos a farsa dentro da farsa. Quem é radicalmente a favor da terceirização dos assalariados brasileiros quer impedir a chegada, em massa, de terceirizados cubanos. Dizem que são escravos e, é claro, vamos ver como são os trabalhadores nas fazendas de seus amigos.

Falar em democracia é um truque velho demais. Não custa lembrar que se fez isso em 64, com apoio dos mesmos jornais que 49 anos depois condenam a chegada dos cubanos, erguendo o argumento absurdo de que eles virão fazer doutrinação revolucionária por aqui. Será que esse povo não lê jornais?

Fidel Castro ainda tinha barbas escuras quando parou de falar em revolução. E seu irmão está fazendo reformas que seriam pura heresia há cinco anos.

O problema, nós sabemos, não é este. É material e mental.

Nossos conservadores não acharam um novo marqueteiro para arrumar seu discurso para os dias de hoje. São contra os médicos cubanos, mas oferecem o que? Médicos do Sírio Libanês, do Einstein, do Santa Catarina?

Não. Oferecem a morte sem necessidade, as pragas bíblicas. Por isso não têm propostas alternativas nem sugestões que possam ser discutidas. Nem se preocupam. Ficam irresponsavelmente mudos. É criminoso. Querem deixar tudo como está. Seus médicos seguem ganhando o que podem e cada vez mais. Está bem. Mas por que impedir quem não querem receber nem atender?

Sem alternativa, os pobres e muito pobres serão empurrados para grandes arapucas de saúde. Jamais serão atendidos, nem examinados. Mas deixarão seu pouco e suado dinheiro nos cofres de tratantes sem escrúpulos.

Em seu mundo ideal, tudo permanece igual ao que era antes. Mas não. Vivemos tempos em que os mais pobres e menos protegidos não aceitam sua condição como uma condenação eterna, com a qual devem se conformar em silêncio. Lutam, brigam, participam. E conseguem vitórias, como todas as estatísticas de todos os pesquisadores reconhecem. Os médicos, apenas, não são a maravilha curativa. Mas representam um passo, uma chance para quem não tem nenhuma. Por isso são tão importantes para quem não tem o número daquele doutor com formação internacional no celular.

O problema real é que a turma de cima não suporta qualquer melhoria que os debaixo possam conquistar. Receberam o Bolsa Família como se fosse um programa de corrupção dos mais humildes. Anunciaram que as leis trabalhistas eram um entrave ao crescimento econômico e tiveram de engolir a maior recuperação da carteira de trabalho de nossa história. Não precisamos de outros exemplos.

Em 2013, estão recebendo um primeiro projeto de melhoria na saúde pública em anos com a mesma raiva, o mesmo egoísmo.

Temem que o Brasil esteja mudando, para se tornar um país capaz de deixar o atraso maior, insuportável, para trás. O risco é mesmo este: a poeira da história, aquele avanço que, lento, incompleto, com progressos e recuos, deixa o pior cada vez mais distante.

É por essa razão, só por essa, que se tenta impedir a chegada dos médicos cubanos e se tentará impedir qualquer melhoria numa área em que a vida e a morte se encontram o tempo inteiro.

Essa presença será boa para o povo. Como já foi útil em outros momentos do Brasil, quando médicos cubanos foram trazidos com autorização de José Serra, ministro da Saúde do governo de FHC, e ninguém falou que eles iriam preparar uma guerrilha comunista. Graças aos médicos cubanos, a saúde pública da Venezuela tornou-se uma das melhores do continente, informa a Organização Mundial de Saúde. Também foram úteis em Cuba.

Os inimigos dessas iniciativas temem qualquer progresso. Sabem que os médicos cubanos irão para o lugar onde a morte não encontra obstáculo, onde a doença leva quem poderia ser salvo com uma aspirina, um cobertor, um copo de água com açúcar. Por isso incomodam tanto. Só oferecem ameaça a quem nada tem a oferecer aos brasileiros além de seu egoísmo.




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31/07/2013

enjoy the silence

Queria que fosse sempre assim: esse silêncio, essa paz, essa tranquilidade do agora. 
Mas já que nada dura pra sempre - nem o que é bom, nem o que é mau - e é bom mesmo que assim seja intermitente o nosso viver... Então o jeito é curtir ao máximo, valorizar ao extremo, se embebedar sem pudor desse bem-estar de hoje. Um brinde aos pequenos prazeres da vida, que são, sim, os componentes da felicidade.

30/07/2013

regando

É aquela velha história, cheia de chavões, que tá todo mundo careca de saber: amizade é uma plantinha, que precisa ser regada e bem cuidada para durar, crescer e prosperar. Se não cuidar, morre. E depois não venha chorar sobre o leite derramado (ou sobre a flor morta). Amizade, quando morre, é como planta mesmo: só arrancando, limpando bem o solo, e plantando outra novinha no lugar.
E tenho dito.

21/07/2013

Ano novo


Terminando as férias nas últimas horas do meu aniversário! Feliz com tudo que consegui resolver no período de férias, e ainda emocionada com todas as demonstrações de carinho dos meus amigos queridos, pela passagem do meu dia. Que venha o meu ano novo, com todas as dores e delícias a mim reservadas... :D Amo muito viver.

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08/07/2013

Insônia para amadores

A pessoa que não tem insônia, hoje não consegue dormir.
Seria efeito colateral do café que tomou há dois dias, só pra usar a cafeteira nova, já que a pessoa normalmente não toma café? Pouco provável... Nem o mais lerdo dos metabolismos seria capaz de efeito tão retardado...
Deitada na cama, a pessoa insone pensa, entre bocejos ineficazes: O que fazer?
A pessoa poderia estudar, mas como já estudou bastante hoje, se recusa. A cabeça não está assimilando mais nada.
Poderia ligar a TV, ou abrir uma revista, mas a preguiça desse momento não permitiria prestar atenção em nada.
A pessoa poderia contar carneirinhos, mas não acha justo manter os pobres carneiros acordados e enfileirados pulando uma cerquinha, só por um capricho aritmético de sua insônia: deixa os pobres carneiros dormirem em paz, ora!?
Que tal levantar e tomar um copo d'água? Melhor não... A tentação de assaltar a geladeira seria enorme, e a silhueta atual da pessoa definitivamente não permite tamanho luxo.
Os olhos pesam, mas o sono não vem.
O trem tá passando e apitando. Ouço aqui da minha cama. Qualquer pessoa, em qualquer ponto da cidade, ouve o trem passando e apitando.
Quanta atividade mental!? Não seria mais prudente fechar os olhos, focar na própria respiração e tentar esvaziar a cabeça, pra ver se assim o sono vem?
Pra tudo tem uma primeira vez na vida: até para a insônia. O jeito é não implicar com ela. Deixa que vá embora do mesmo jeito que veio: sem ser chamada. Afinal, não tenho nada pra fazer amanhã, mesmo...
Relaxa e aproveita.
No stress.
Só por hoje.


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06/07/2013

Sonhos sonhos são

Senti uma tristeza profunda quando acordei hoje, durante a noite, e percebi que o sonho que tinha sonhado era só sonho...
Sonho bom. Inesperado. Sonho que não sonhava há muito tempo, e que não consigo explicar porque cargas d'água vim a sonhar de novo agora. Me deu uma saudade imensa, não só da pessoa com quem sonhei (a "estrela do meu bem querer"), mas daquela época em que todos os nossos encontros e desencontros aconteceram. Época de inocência, de descobertas, de expectativas, de grandes alegrias, de amizades cúmplices e eternizadas, de paixões realizadas - mas não a contento -, de um grande acréscimo cultural nas nossas vidas.
Ô, saudade louca! Não só da estrela, não só da época, não só dos amigos que àquela época eram tão próximos e de quem hoje sinto tanta falta, mas também saudade de mim mesma: da pessoa que eu era.
Senti tristeza, sim, ao perceber que foi só um sonho. Mas senti também alegria. Alegria por saber que tive coragem de viver tudo que vivi. Não me arrependo de nada. Se fosse hoje, faria tudo de novo. Intensamente, de novo. Valeu a pena.


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27/06/2013

Relíquia

"Uma palavra escrita é a mais fina das relíquias".
Henry David Thoreau


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03/06/2013

I hope you don´t mind that I put down in words...

Eu choro mesmo. Em peça, em filme, em show, em casamento, em festinha de aniversário de criança, em comercial de chinelo na TV... Quem me conhece, sabe. Se eu me emocionar, eu choro. E se eu tentar conter o choro, aí é que eu choro mais ainda. Não tem jeito.
O fato é que este final de semana foi marcado por espetáculos muito emocionantes pra mim. No sábado a maravilhosa peça do Nelson Baskerville - Luis Antonio Gabriela. Forte, contundente, arrasadora. Eu saí deformada do teatro, de tanto que eu chorei.
Não há como não se comover com a história e com a beleza da peça. Imagino que o elenco também deve se emocionar muito ao encarnar as personagens e carregar o peso dessa catarse coletiva. E eles dão conta do recado: fazem isso primorosamente.
A música de Elton John, This Song, nunca mais será a mesma pra mim depois de ter visto essa peça.

19/05/2013

O que se tem, o que não se tem, o que se deseja

Deus faz com que as coisas aconteçam na nossa vida no momento mais adequado. Pode observar.
Diante de nós são apresentadas situações que nos desafiam. Para que façamos o melhor uso da oportunidade, aproveitando o que a gente TEM e o que a gente NÃO TEM a nosso favor.
Observe. Perceba. Depois me diga se não é uma grande verdade.
E dessa forma, ao constatarmos isso, diminui muito nossa ansiedade diante da oportunidade de tentar conquistar nossos objetivos, pois já sabemos que tudo acontecerá no tempo certo. E o tempo certo é o de Deus, não o nosso.
É preciso manter-se com calma e serenidade, foco e disciplina. Sem a nossa dose de esforço nada "cairá do céu". Aproveite ao máximo as vantagens do que você tem e do que você não tem. Mude sua vida para melhor. Agora.


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10/05/2013

Biscates e baratas - não necessariamente nessa ordem.

Sim, um dia hei de fazer um ensaio sociológico sobre a biscate. Esse ser desprezível que ocorre em todas as esferas da nossa sociedade. Do Limbo ao Olimpo, do Luxo ao Lixo, lá está ela: a biscate.
É incrível como a biscate nunca se constrange de ser vulgar e oferecida. Ela se esconde detrás da máscara sonsa e não escolhe lugar nem companhia pra manifestar sua biscatice. Quem se constrange são as pessoas que estão próximas, ao presenciar tamanho descaramento.
Eu, particularmente, se pudesse, esmagaria com a sola do meu sapato, pessoalmente, como se fora uma barata asquerosa, cada biscate que cruzasse o meu caminho.
Aliás, ao escrever esta última frase me veio um insight: estou certa de que, após a guerra nuclear derradeira, ao contrário do que se pensava até agora, não serão apenas as baratas a sobreviver nesse nosso mundo. Não, senhores!! Lhes digo que sobreviverão as baratas e as biscates!! Farão companhia umas às outras, em perfeita harmonia.
E serão felizes para sempre, se alimentando do esgoto, que é de onde elas nunca deveriam ter saído.


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03/05/2013

Nas rotatórias da vida


Olha, gente, eu já vi coisas esquisitíssimas no meio da rua aqui em São Carlos. E todas as vezes foi em rotatórias.
A primeira foi um sapo esmagado, lá na rotatória do Cristo. Fiquei com tanto nojo que até gritei dentro do carro, sozinha. Por pouco não consigo desviar - imagina meu carro sujo de meleca de sapo esmagado?! Eca. Mil vezes eca.
Tempos depois, este ano, bem naquela época em que o quilo do tomate tava valendo quase o quilo do filé mignon, eis que um dia tô indo fazer a unha e quase atropelo, na rotatória da Educativa, um saco cheio de tomate. Fiquei sem entender nada. A minha manicure ponderou que aquilo podia até ser uma pegadinha do Sérgio Mallandro - se era, ainda bem que eu não caí. Imagina só pagar esse mico na televisão? Parar o carro numa rotatória pra catar um saco de tomate? Bobagem. Ainda bem que não fiz isso.
E hoje, quando tava voltando do trabalho na hora do almoço, eis que passo perto de um teclado de computador, bem no meio da rua, na rotatória do Cardinalli. Até pensei em parar pra recolher, visto que meu teclado no trabalho tá em péssimas condições de uso. Mas ia dar muito trabalho fazer isso, ainda mais no horário de pico em que eu passei por lá: milhares de carros passando.
Foi aí que me vieram à lembrança esses episódios anteriores de coisas estranhas caídas, todas em rotatórias. Será que só eu reparei nisso?
Mistérios da vida cotidiana. Se todo mundo prestasse atenção nesses detalhes bobos do dia a dia, certamente daria pra narrar histórias interessantíssimas.
Melhor começar a ficar atenta a tudo que pode aparecer por aí, nas rotatórias da vida.

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16/04/2013

Amores eternos

Tão bom falar com amigos sinceros - aqueles com quem a gente sabe que SEMPRE poderá contar, em qualquer situação - e simplesmente deixamos que passe tanto tempo sem esse contato...
Por que? Por que nos privamos de situações que nos fazem tão bem...? Um simples telefonema, uma dezena de minutos de conversa que aquecem tanto o coração e... Pasmem! Quando notamos, fazia 2 anos que não nos falávamos. Absurdo.
Sinto-me estúpida diante desse tipo de situação. Sim, estupidez é - palavra. Eu tenho tempo para me estressar todos os dias, e não arranjo tempo para manter contato com quem amo e que me faz tanta falta? Autosabotagem. A gente, sem perceber, se priva do que é mais caro nessa vida. O que realmente faz diferença.
Hoje falei com minha amiga Maria - por uma doce iniciativa dela - e me senti renovada por poder partilhar com ela um pouquinho da minha vida, e por saber notícias da vida dela também. Estranho como nossas vidas vão tomando rumos tão diferentes, mas a afinidade continua lá intocada: total liberdade para falar de todos os assuntos, total confiança para confessar todas as coisas.
E de repente me vi embebendo-me de sua presença, de seu carinho, de sua amizade. E o bem que isso me fez, não tem preço.
É amor verdadeiro. E tem que ser cultivado. Sempre.



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08/04/2013

God talks to me

Eu ontem levei mais um daqueles chacoalhões que Deus costuma dar, e que só quem aguça a percepção é capaz de captar.
Em resumo: embora eu seja uma pessoa feliz e realizada, não estou totalmente contente com a pessoa em que tenho me tornado nos últimos tempos. Não condiz com o que sempre fui, com o que sempre acreditei. Não fecha com o meu verdadeiro EU, que afinal foi quem me trouxe até aqui. Me sinto mal com isso.
Já estou cansada de agir impulsivamente e me arrepender da minha ação 5 minutos depois. Como fazer pra controlar a explosão? Como fazer para frear o impulso que machuca quem mais amo e depois me deixa morrendo de culpa?
O chacoalhão que levei me disse que devo procurar ajuda. Que não devo me enganar pensando que sou capaz de sair dessa sozinha.
Disse ainda: não tenha medo. Faça o que tem que ser feito, pois, se fizer com amor, no final tudo dará certo.
E disse também que a roda da vida gira rapidamente, mas que as coisas que realmente tocam nosso coração sempre retornam para nós, tempos depois, para nos darem a chance de refletirmos sobre o que estivemos fazendo da nossa vida nesse período em que a roda girou.
Não sei bem por onde começar. Mas uma coisa é certa: vou tentar.


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07/04/2013

Medo


"Eu tinha medo de não ser suficiente. Mas eu era".
Marley Corbatt, no filme "a little bit of heaven"

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Respostas

Deus é assim mesmo: Ele joga as respostas na sua cara. Não interessa se você tá perguntando ou não. Às vezes Ele joga com delicadeza, bem sutilmente e carinhosamente. Outras ele simplesmente arremessa e nem se importa se vai machucar ou não. Sim, Deus também é temperamental. Mas Ele sempre acerta. Queiramos encarar a realidade ou não.


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29/03/2013

Comer e seu significado


"(…) Em tempos que precedem a Páscoa, seguidores mais fervorosos da cultura católica cristã não consomem carne vermelha como forma de se abster de comer algo nobre em homenagem ao sacrifício de Jesus, que morreu para salvar seus seguidores. Há quem prefira se abster de outros prazeres culinários (como doces, chocolate, álcool etc) para encarar os 40 dias da Quaresma.
Essas regras comprovam que o ser humano é cerimonioso no comer e tem uma atitude complexa em relação ao alimento. "Não se come apenas para saciar a fome. O alimento se reveste de valor simbólico e, eventualmente, se transforma em objeto ritual", diz Ariovaldo França, autor do livro 'De caçador a Gourmet - Uma História da Gastronomia', da Editora SENAC.(…)"
Rafael Tonon, em 'O Ritual da comida', na revista Vida Simples de abril de 2013


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24/03/2013

Simples assim

E então você vê gente ao seu lado quebrando a cara, lembra das suas frustrações passadas e pensa: ainda bem que eu não tenho nada a perder!
E o alívio que esse pensamento traz é tão grande que você percebe que já é feliz. Com o que tem e com o que não tem.


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02/02/2013

Pessimismo não é sinônimo de inteligência

Tomara que todos os urubus emocionais - aqueles que só sabem drenar nossas energias e nos botar pra baixo - leiam isso e repensem sua postura e suas atitudes. Viver com mais leveza é tudo de bom.
"(...)Pessimismo não é sinônimo de inteligência.
Há papo mais chato do que de ex-petista, ex-fumante, ex-seminarista, ex-carnívoro, ex-fanático por futebol, ex-marido, ex-mulher, ex-pecador? Além de arrependidos, mostram-se curados do passado. Insuportáveis com suas lições empíricas.
Articulam acrobacias com a língua para desfiar seu rosário de decepções. São imbuídos da missão sagrada de alertar aos colegas e amigos dos horrores de suas vivências. Evangelistas do apocalipse, pregam suas conversões com a capa preta do diário.
Amaldiçoam a divergência. Numa conversa, vão desconsiderar qualquer opinião diferente da sua com uma ameaça: "Você ainda vai entender!"
É o ciúme da fé. Temos que extrair a fé do próximo, para não sentirmos falta da nossa.
Sofrer não pode eliminar a esperança. Sofrimento sem esperança é masoquismo.
Se a trajetória não saiu conforme planejamos (e nunca sai), não significa que a nossa prole mereça seguir o nosso descrédito.
Precisamos preservar as ilusões. Sou favorável a mais ilusões, menos realidade (…)".
Fabrício Carpinejar em "Aceito Fiado" no livro "Mulher Perdigueira"

21/01/2013

Desapegar

Sim, Lulu Santos estava coberto da mais límpida razão: tudo muda o tempo todo no mundo.
Bobo é quem não percebe isso e fica se recusando a adaptar-se ao mundo mudado: comportamento infantil dos mais condenáveis.
Na teoria é fácil: até o mais ingênuo dos seres sabe como proceder. No entanto, na hora da verdade, é difícil por em prática 'o que tem que ser feito'. E por que, afinal é tão difícil? Ora, por muitos motivos… mas, falando por mim, creio que uma das razões mais importantes seja a dificuldade em praticar o desapego. Por mais que eu já tenha me convencido de que isso é o melhor a fazer, é muito difícil pra mim desapegar (e, mais adequado ainda: NÃO ME APEGAR). Parece mais forte que eu. É irritante. Mas algum dia hei de conseguir progressos significativos nessa área. Ah, se vou!!!!
Cada vez mais acredito que reconhecer uma fraqueza (ao invés de negá-la) e manter passo decidido no caminho de melhorar nesse aspecto, é a parte mais importante da nossa busca por nos transformarmos em pessoas melhores.
Que eu tenha clareza e disciplina para seguir firme na minha jornada.


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20/01/2013

Dói meu coração

A vida já me calejou de muitas formas. Mas ainda não aprendi a sofrer menos com a partida de um amigo...
Décio Jr indo trabalhar em São Paulo: dói meu coração.
Ju voltando para Criciúma: dói meu coração.
Rodrigo embarcando para Portugal em breve: dói meu coração.
E junto com a dor profunda, também sinto que a cada partida perco um pouquinho do meu chão.
Talvez porque eu nunca tenha ido, sempre senti meu coração doer pelas idas dos amigos queridos. E eu sempre fiquei. E sempre doeu do mesmo jeito.
Muito ruim a sensação.


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17/01/2013

Tanto a agradecer...

Tenho tanto tanto a agradecer a Deus, que às vezes nem sei por onde começar. Então quando é assim, o jeito é fazer da maneira mais simples: OBRIGADA, OBRIGADA, SENHOR! SEMPRE!


Obrigada por me abençoar e me ensinar todos os dias. Obrigada por não desistir de mim. Obrigada por ser tão carinhoso e misericordioso diante de meus defeitos e de minhas fraquezas. Obrigada por abrir meus olhos, meu coração e meu entendimento. Obrigada por estar sempre comigo.
Obrigada! Obrigada, Senhor!
Eu te amo tanto, Pai!
Ajuda-me em minha caminhada, a ser guiada pelo teu Santo Espírito. Em nome de teu filho Jesus, nosso Senhor.
Amém!


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09/01/2013

Salve o silêncio da madrugada

Sou uma pessoa que sempre rendeu mais em seus afazeres à noite.
E o que será que me faz sentir tão bem na madrugada, quando a grande maioria dorme?
Com certeza é o silêncio.
Adoro quando o silêncio é tão profundo que chega a zunir no ouvido. Quando nenhum carro está passando, o vento não está revirando algum objeto na calçada, e nem mesmo os cachorrinhos da vizinhança estão latindo para algum movimento.
É a dimensão mais aproximada que eu tenho de paz.


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08/01/2013

Coisas da vida

Engraçados alguns paradoxos da vida.
Por vezes você passa um tempão tentando resolver um problema, sem sucesso. Daí, um belo dia, um outro alguém fica na mesma situação que você. E aí, por ter mais gente no mesmo barco, você sente pela primeira vez a real possibilidade de que seu problema venha a ser resolvido...
E você se vê com um sentimento de ALÍVIO diante do desespero de outra pessoa.
Que coisa.


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06/01/2013

Amar é...

Há pessoas que se julgam donas da verdade. Acham que sabem tudo sobre a vida e sobre o amor - como se a vida ou o amor fossem coisas tão simples a ponto de que alguém pudesse ter um conhecimento, digamos, de 50% de seu real significado.
Pois bem, essas pessoas, por julgarem-se o supra sumo do conhecimento de vida e da experiência amorosa, são capazes de erguer seu dedo e apontá-lo para as outras pessoas, julgando-as como "mal-amadas".
Sugiro a essas pessoas duas coisas:
1) procurem ter um pouco mais de humildade. Se acham mesmo que estão felizes diante de suas experiências, que bom! Mas não sejam arrogantes ao ponto de julgarem-se capazes de traçar um diagnóstico da vida de outrem munidas simplesmente do SEU conceito de amor e de felicidade. A vida, as pessoas, os sentimentos são complexos. Não cabem dentro da caixinha quadrada de sentimentos que existe dentro da sua cabeça;
2) usem de seu vasto conhecimento e assertividade no assunto "amor" e lancem no mercado uma nova edição do álbum de figurinhas "amar é...". Certamente haverá bastante gente interessada em conhecer suas dicas e conceitos do que é o amor!
Ok, sarcasmo à parte, vale sempre repetir aquela velha máxima: respeito é bom, e todo mundo gosta!


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02/01/2013

Oração

Meu Deus, nessa prece te suplico: dai-me força para lutar e conseguir fazer o que é certo.
Hoje vejo que o grande inimigo está dentro de mim. E como é difícil enfrentá-lo.
Quero enfrentá-lo, Pai. Quero vencê-lo.
Ajudai-me.
Sou fraca e pecadora.
Tende misericórdia.
Ajudai-me a vencer o mal que habita dentro de mim.
Quero ser instrumento do seu Espírito Santo.
Quero que habiteis, em mim, Pai. Vencendo todo o mal.
Amém.
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01/01/2013

Seja bem vindo

2013: mais 365 páginas em branco, para realizarmos o que quisermos.
Que sejamos sábios e generosos nessa construção.
Que nos orgulhemos de nossa trajetória.
Feliz 2013 para todos nós!