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13/07/2018

A gratidão que nos renova

“Ser grato é um estado de espírito. 
A gratidão é sentimento que brota na intimidade e permite às almas se expandirem na direção da Luz Suprema. 
Quando se é profundamente grato, não existe decepção, nem motivos para queixas, porque nada se espera em resposta. 
Quando sentimos a força da gratidão, gozamos de saúde física, emocional e psíquica, em sensação de paz. 
Ser grato é o mínimo que devemos ao Pai Celestial por tudo quanto Ele nos oferece ao longo dos nossos dias. 
A gratidão, criando energias positivas, nos liberta das amarras de frequências negativas, nos ajudando a superar situações adversas. 
Ela nos aproxima das pessoas, de amigos e familiares nos permitindo desfrutar da alegria de viver. 
Facilita nossas ações de amor e gestos de verdadeira caridade. Proporciona-nos felicidade e fortalecimento para vencer nossas mazelas. 
Concede-nos satisfação pela pessoa melhor que nos tornamos e também pelas pequenas coisas que realizamos. 
Isso porque a gratidão é resultado de atitudes de verdadeira humildade que permite transpareça o Cristo que existe em nós. 
Agradecer nos faz bem, porque entramos em contato com a Espiritualidade superior e percebemos novos horizontes de luz e de paz. 
A gratidão nos acena com a renovação para melhor que devemos sempre almejar”.
Boletim informativo “Momento Espírita” U. S. E. Intermunicipal de São Carlos, ano 21, nº 252, julho de 2018

23/07/2015

Envelhecer

Bela reflexão, em tempos de cumpleaños.
;)
Envelhecer
“Envelhecer é o único meio de viver muito tempo.
A idade madura é aquela na qual ainda se é jovem, porém com muito mais esforço.
O que mais me atormenta em relação às tolices de minha juventude, não é havê-las cometido…é sim não poder voltar a cometê-las.
Envelhecer é passar da paixão para a compaixão.
Muitas pessoas não chegam aos oitenta porque perdem muito tempo tentando ficar nos quarenta.
Aos vinte anos reina o desejo, aos trinta reina a razão, aos quarenta o juízo.
O que não é belo aos vinte, forte aos trinta, rico aos quarenta, nem sábio aos cinquenta, nunca será nem belo, nem forte, nem rico, nem sábio…
Quando se passa dos sessenta, são poucas as coisas que nos parecem absurdas.
Os jovens pensam que os velhos são bobos; os velhos sabem que os jovens o são.
A maturidade do homem é voltar a encontrar a serenidade como aquela que se usufruía quando se era menino.
Nada passa mais depressa que os anos.
Quando era jovem dizia:
“verás quando tiver cinqüenta anos”.
Tenho cinqüenta anos e não estou vendo nada.
Nos olhos dos jovens arde a chama, nos olhos dos velhos brilha a luz.
A iniciativa da juventude vale tanto a experiência dos velhos.
Sempre há um menino em todos os homens.
A cada idade lhe cai bem uma conduta diferente.
Os jovens andam em grupo, os adultos em pares e os velhos andam sós.
Feliz é quem foi jovem em sua juventude e feliz é quem foi sábio em sua velhice.
Todos desejamos chegar à velhice e todos negamos que tenhamos chegado.
Não entendo isso dos anos: que, todavia, é bom vivê-los, mas não tê-los.”
Albert Camus

O GOLPE NUM PAÍS NÃO COMUNISTA

O GOLPE NUM PAÍS NÃO COMUNISTA
Num país imaginário, com sistema não comunista, está em curso um golpe contra a democracia. Imaginem que lá, a oposição ao governo aliada a grande mídia com a politização de algumas instituições buscam a todo custo encontrar, com lupa, algum fato que possa dar legitimidade ao afastamento de um chefe de estado e de governo. Como são os procedimentos?
A grande imprensa, escrita, falada e televisiva agem diuturnamente com as chamadas matérias investigativas. Somente contra as pessoas vinculadas ao governo que querem derrubar. Protegem a oposição e pessoas do projeto “Golpe”. As instituições investigativas alimentam esses órgãos de imprensa com vazamento das investigações de forma seletiva. Com os comparsas do golpe escondem nomes, usam tarja preta sobre as iniciais de aliados e definem operações policiais ou decisões judiciais em datas que possam ofuscar eventos ou iniciativas do governo.
Enquanto isso, opositores e “aliados” no Legislativo criam CPIs nomeando aliados e com maioria dos Chefes das Casas, convocam seletivamente protegendo parceiros corruptos, os quais a imprensa ameniza as acusações ou sequer as publicam. Soma-se a este comportamento dos parlamentares derrotas seguidas de projetos que ajudariam aquele país a ajustar suas contas com equilíbrio e passar pela crise econômica mundial. Pior, criam despesas ao governante daquele país para serem vetados jogando dezenas de segmentos da sociedade contra o projeto governista.
Emissoras de rádios e Tvs, concessões públicas tem até Associação para ajudar no golpe. Definem as pautas bombas. Diariamente atacam o governo por meio de jornalistas contratados especificamente para potencializar as crises. Aos finais de semana uma revista semanal traz as chamadas “matérias investigativas”, as quais pautam a semana dos demais órgãos e das ações dos parlamentares comprometidos com o golpe.
O legal é que naquele país imaginário, ao contrário do que os golpistas tentam pregar, a imprensa tem total liberdade de informação e expressão ainda que sejam com viés golpista. As instituições de investigação, acusação e julgamento são livres para agir, ainda que partidarizadas, o Congresso Nacional que segundo pessoas daquele país afirmam ter quase cem parlamentares envolvidos em corrupção continua pregando o falso moralismo e protegendo seus pseudos bandidos.
É bem verdade que o governo de lá tem seus aliados extremamente envolvidos em atos de corrupção numa certa estatal. Mas estes estão sendo presos, indiciados e condenados. Ainda bem que o (a) governante de lá defende com apropria vida a democracia, apesar de ser chamado (a) todos os dias de COMUNISTA.
Com este cenário de golpe das elites, se lá tivesse o mínimo de comunistas muitos já teriam sido presos, concessões cassadas e “direitos e garantias” individuais suspensos até a volta da normalidade da seriedade com a soberania do Estado e o respeito à democracia. Qualquer semelhança com nosso país é mera coincidência.
Autor: Jeferson Mizuno

29/03/2013

Comer e seu significado


"(…) Em tempos que precedem a Páscoa, seguidores mais fervorosos da cultura católica cristã não consomem carne vermelha como forma de se abster de comer algo nobre em homenagem ao sacrifício de Jesus, que morreu para salvar seus seguidores. Há quem prefira se abster de outros prazeres culinários (como doces, chocolate, álcool etc) para encarar os 40 dias da Quaresma.
Essas regras comprovam que o ser humano é cerimonioso no comer e tem uma atitude complexa em relação ao alimento. "Não se come apenas para saciar a fome. O alimento se reveste de valor simbólico e, eventualmente, se transforma em objeto ritual", diz Ariovaldo França, autor do livro 'De caçador a Gourmet - Uma História da Gastronomia', da Editora SENAC.(…)"
Rafael Tonon, em 'O Ritual da comida', na revista Vida Simples de abril de 2013


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30/12/2012

Tem que valer a pena

Relações que valem a pena
Desejos para alimentar no ano que está chegando
Por Gustavo Gitti

Transições de ano nos lembram de não desperdiçar o tempo restante. Para além de promessas e metas específicas, compartilho alguns votos que faço agora para mim; fique à vontade para se apropriar de algum.
Independente de conseguir rechear minha vida com estímulos prazerosos, viagens, produtos, histórias, desejo me aproximar da morte sem precisar de nada diferente do que se apresentar a cada momento para me sentir satisfeito, em casa. Adianta acumular mil experiências com uma mente que nunca repousa?
Não importa por quais posições, cidades, estilos de vida, casamentos, trabalhos eu venha a passar, quero parar logo de transformar tudo em jogos que me obrigo a ganhar. Mais que habilidades e aprimoramentos específicos, que eu possa treinar inteligências transcendentes facilmente transportáveis para outros mundos, como generosidade e ludicidade. Se eu for garçom, além de carregar bandejas e anotar pedidos, que eu aprenda a servir pessoas, improvisar, refinar a atenção, detectar necessidades.
Em paralelo às flutuações, porradas ou mimos do mundo, que eu substitua a tentativa de controlar o que me acontece por práticas que mudem minha atitude diante do que me acontece.
Para minha vida valer a pena, que nasça de relações que valem a pena, daquelas que transformam as pessoas para muito além da esfera do relacionamento, com qualidades que sobrevivem até mesmo à morte dos envolvidos, transbordam, se espalham para quem quiser pegar. Que eu nunca aspire por bodas de ouro, mas pelo florescimento das potencialidades do outro, esteja com quem estiver, pelo tempo que for. Que eu não me dedique tanto à proteção de minhas fixações, mas à superação gradual das estruturas coletivas do ciúme, da carência, do preconceito. Perda de tempo sustentar uma relação que maquia, sem nunca atacar, as causas do bate-cabeça.
Que eu não dê tanta importância e não me distraia com fatos (se formou, casou, faliu, fez plástica, descasou?), mas que possa mirar naquilo que importa: o quanto a pessoa segue cada vez mais lúcida, aberta, autônoma, curiosa, compassiva?
Aprendemos com o existencialismo que o sentido da vida é dar sentido à vida. Ora, como minha vida não é bem minha, a maior felicidade, o maior propósito vem de conseguir oferecer sentido às vidas ao meu redor - e aumentar a capacidade delas de fazer o mesmo. Que eu possa, portanto, beneficiar muitas pessoas com encontros, conversas, danças, sabedorias, experimentos e com o exemplo de minha própria vida.

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Location:Rua Luiz Roher,São Carlos,Brasil

18/11/2012

O melhor lugar do mundo

"Se você se muda de cidade em busca de uma oportunidade de carreira, está falando da oportunidade de colaborar com esse local e de ser protegido por ele como contrapartida. Está se referindo à chance de ali encontrar um emprego, prestar um serviço, abrir um negócio. Ou seja, exercer seu talento. O melhor lugar do mundo é onde você pode usar esse talento, seguir sua vocação, ter seu esforço reconhecido, seu valor apreciado.
Eu conheço pessoas felizes e realizadas em todos os lugares, que, aliás, são os mesmos locais em que eu também encontrei pessoas insatisfeitas e amarguradas. Isso me deixa pensando que, antes de encontrar o melhor lugar do mundo, você deve encontrar a si mesmo, caso contrário, você sempre estará no lugar errado".
Eugenio Mussak
Revista Vida Simples, edição 125

07/09/2012

Intensidade e responsabilidade

"A ideia de viver a vida como se ela fosse se repetir indefinidamente aumenta nossa responsabilidade por aquilo que fazemos. Não podemos nos arrepender, não temos esse direito, e, para tanto, precisamos ter cuidado com o que fazemos. Só há um jeito de termos amor por nosso destino, e esse jeito é viver com intensidade e responsabilidade.
Comporte-se como se seus atos fossem virar leis universais e ser repetidos por todas as pessoas".
Eugenio Mussak


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03/06/2012

Difícil ser elogiável

"(…) os elogios são sempre assim: quando os recebemos nos sentimos enganadores, como se houvesse alguma falsidade ali, uma ilusão que alimentamos, uma mentira.
O que temos de positivo é, aos nossos olhos, vivido como uma farsa, ridícula imitação dos nossos ideais. Um dia seremos desmascarados. Se alguém louva nossa obra, aparência ou valores está, pensamos secretamente, redondamente enganado. (…)
Qualquer observação que nos desmerece ou diminui é tomada imediatamente como verdade absoluta. Se alguém der a entender (ou mesmo se acharmos que essa pessoa pensa assim) que somos chatos, medíocres, incompetentes ou feios, levamos fé e faremos coro com essa voz. A crítica habita nosso interior e quando encontra aliados, reais ou pressupostos, se fortalece, se agiganta".
Diana Corso em "Mentiras sinceras me interessam", na revista Vida Simples de junho de 2012.


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28/03/2012

Falou e disse

Texto irretocável. Concordo em gênero, número e grau. Enjoy! ‘Da fala ao grunhido’, de Ferreira Gullar Publicado na Folha de SP do dia 25/03/2012 Desconfio que, depois de desfrutar durante quase toda a vida da fama de rebelde, estou sendo tido, por certa gente, como conservador e reacionário. Não ligo para isso e até me divirto, lembrando a célebre frase de Millôr Fernandes, segundo o qual “todo mundo começa Rimbaud e acaba Olegário Mariano”. Divirto-me porque sei que a coisa é mais complicada do que parece e, fiel ao que sempre fui, não aceito nada sem antes pesar e examinar. Hoje é comum ser a favor de tudo o que, ontem, era contestado. Por exemplo, quando ser de esquerda dava cadeia, só alguns poucos assumiam essa posição; já agora, quando dá até emprego, todo mundo se diz de esquerda. De minha parte, pouco se me dá se o que afirmo merece essa ou aquela qualificação, pois o que me importa é se é correto e verdadeiro. Posso estar errado ou certo, claro, mas não por conveniência. Está, portanto, implícito que não me considero dono da verdade, que nem sempre tenho razão porque há questões complexas demais para meu entendimento. Por isso, às vezes, se não concordo, fico em dúvida, a me perguntar se estou certo ou não. Cito um exemplo. Outro dia, ouvi um professor de português afirmar que, em matéria de idioma, não existe certo nem errado, ou seja, tudo está certo. Tanto faz dizer “nós vamos” como “nós vai”. Ouço isso e penso: que sujeito bacana, tão modesto que é capaz de sugerir que seu saber de nada vale. Mas logo me indago: será que ele pensa isso mesmo ou está posando de bacana, de avançadinho? E se faço essa pergunta é porque me parece incongruente alguém cuja profissão é ensinar o idioma afirmar que não há erros. Se está certo dizer “dois mais dois é cinco”, então a regra gramatical, que determina a concordância do verbo com o sujeito, não vale. E, se não vale essa nem nenhuma outra ─ uma vez que tudo está certo ─, não há por que ensinar a língua. A conclusão inevitável é que o professor deveria mudar de profissão porque, se acredita que as regras não valem, não há o que ensinar. Mas esse vale-tudo é só no campo do idioma, não se adota nos demais campos do conhecimento. Não vejo um professor de medicina afirmando que a tuberculose não é doença, mas um modo diferente de saúde, e que o melhor para o pulmão é fumar charutos. É verdade que ninguém morre por falar errado, mas, certamente, dizendo “nós vai” e desconhecendo as normas da língua, nunca entrará para a universidade, como entrou o nosso professor. Devo concluir que gente pobre tem mesmo que falar errado, não estudar, não conhecer ciência e literatura? Ou isso é uma espécie de democratismo que confunde opinião crítica com preconceito? As minorias, que eram injustamente discriminadas no passado, agora estão acima do bem e do mal. Discordar disso é preconceituoso e reacionário. E, assim como para essa gente avançada não existe certo nem errado, não posso estranhar que a locutora da televisão diga “as milhares de pessoas” ou “estudou sobre as questões” ou “debateu sobre as alternativas” em vez de “os milhares de pessoas”, “estudou as questões” e “debateu as alternativas”. A palavra “sobre” virou uma mania dos locutores de televisão, que a usam como regência de todos os verbos e em todas as ocasiões imagináveis. Sei muito bem que a língua muda com o passar do tempo e que, por isso mesmo, o português de hoje não é igual ao de Camões e nem mesmo ao de Machado de Assis, bem mais próximo de nós. Uma coisa, porém, é usar certas palavras com significados diferentes, construir frases de outro modo ou mudar a regência de certos verbos. Coisa muito distinta é falar contra a lógica natural do idioma ou simplesmente cometer erros gramaticais primários. Mas a impressão que tenho é de que estou malhando em ferro frio. De que adianta escrever essas coisas que escrevo aqui se a televisão continuará a difundir a fala errada cem vezes por hora para milhões de telespectadores? Pode o leitor alegar que a época é outra, mais dinâmica, e que a globalização tende a misturar as línguas como nunca ocorreu antes. Isso de falar correto é coisa velha, e o que importa é que as pessoas se entendam, ainda que apenas grunhindo.

05/03/2012

Leave me alone

Solidão Criativa
A imagem da felicidade na mídia é sempre representada por grupos. No mínimo em duplas, se o clima for de romance. Turmas sorridentes que conversam, se movimentam e dançam são cenas alegres, desejáveis, em contraponto ao retrato de um indivíduo solitário, seja lá o que estiver fazendo. O isolamento não é popular na nossa cultura. E, desde que, há algumas décadas, definiu-se que o ser humano era, além de mais feliz, mais criativo e produtivo em grupos, estudar e trabalhar virou atividade coletiva. O brainstorming, a chuva de ideias ou toró de palpites, tornou-se o modelo de inspiração corporativa do século 20 para solucionar, inovar, criar e chegar ao melhor resultado. Os escritórios, estúdios, agências, redações derrubaram suas paredes, e até mesmo os cubículos acanhados dos anos 1980 se desmontaram em espaços livres, onde todos se escutam, se veem e se comunicam com facilidade.
O mundo estabeleceu esse modelo bem antes de a internet chegar a ser de fato o lugar sem paredes para ampliar nosso potencial criativo por meio do contato virtual com milhares de outros cérebros. No multiconectado século 21, no entanto, o que vemos em estudos recentes é: estar só, trabalhar em silêncio e com privacidade pode ser melhor, mais criativo e eficiente do que em grupo. A consultora americana Susan Cain, autora do livro 'Quiet, The Power of Introverts in a World That Can't Stop Talking', defende-se a tese de que é hora de valorizar a introversão e promover um equilíbrio de poder entre aqueles que falam muito e rapidamente e os que se sentam no fundo e pensam. Esse tipo de profissional, tachado de tímido e pouco valorizado em ambientes que exigem que as pessoas se coloquem e marqueteiem suas ideias antes que alguém o faça, é o que normalmente não é ouvido nas reuniões de brainstorming.
Estudos no campo da neurociência analisam a eficiência da reunião criativa e constatam que, além de intimidante para os introvertidos, ela gera o efeito coletivo de mimetização. Quando pensamos diferente do grupo, diz o neurocientista Gregory Berns, ativamos em nosso cérebro a amígdala, órgão associado ao medo de rejeição. Permanecemos, por pavor de sermos contestados, presos à ideia do grupo, que nem sempre é a melhor. Outros estudiosos da neurociência, Nicholas Kohn e Steven Smith, alertam para um efeito cognitivo dos debates em grupo, onde tendemos a nos fixar em uma ideia e, a partir daí, bloquear o raciocínio para outras.
O terapeuta organizacional Adrian Furham defende que trabalhar em brainstorming é uma insanidade e que, se a empresa tiver pessoas talentosas e motivadas, elas devem ser encorajadas a trabalhar sozinhas, em ambientes em que a criatividade e a eficiência sejam prioridade.
A maior parte dos artistas, dos nerds, cientistas - enfim, dos grandes criadores - trabalha e pensa melhor isolada. Segundo o parceiro de Steve Jobs, Steve Wosniak, os criativos vivem imersos na própria cabeça. "Trabalhe sozinho", aconselha o gênio por trás do gênio da Apple.
Cynthia de Almeida, na revista Claudia de março de 2012
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18/02/2012

Férias?

Estava lendo a crônica "Férias. Férias?", da Danuza Leão (http://mideraia.blogspot.com/2012/02/ferias-ferias.html) e cheguei à conclusão de que sou um animal de luxo, mesmo. Tipo um gato de madame - daqueles bem felpudos, sabem?
Digo isso porque, só de me imaginar vivendo algumas situações descritas no texto - o mosquito na perna, o calor, a microcasa no meio do nada e abarrotada de gente faminta - só de me imaginar nesse contexto, me canso.
Lembrei da foto que vi ontem, no facebook: os milhares de carros cheios de idiotas se acotovelando para chegar na praia superlotada. Fazer o quê? Cada um se diverte a seu modo. Até sendo tonto.


Férias para mim é um hotel de luxo com pensão completa. Chuveiro quente. Ar condicionado gelado. Dinheiro no bolso para fazer passeios e provar os sabores que se quiser, na hora que der na telha.
O resto é sacrifício. Não tem nada a ver com férias.

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12/02/2012

Do amor

"Do amor Não falo do AMOR romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com AMOR. Chamam de AMOR esse querer escravo, e pensam que o AMOR é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o AMOR já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado. Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta. A virtude do AMOR é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O AMOR está em movimento eterno, em velocidade infinita. O AMOR é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do AMOR nos domine? Minha resposta?
O AMOR é o desconhecido. Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o AMOR será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do AMOR é a de um ser em mutação. O AMOR quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante. A vida do AMOR depende dessa interferência. A morte do AMOR é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não, não podemos subestimar o AMOR não podemos castrá-lo. O AMOR não é orgânico. Não é meu coração que sente o AMOR. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O AMOR faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O AMOR brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o AMOR grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do AMOR, se estivermos também a devorá-lo. O AMOR, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o AMOR a navega. Morrer de AMOR é a substância de que a Vida é feita. Ou melhor, só se Vive no AMOR. E a língua do AMOR é a língua que eu falo e escuto". Moska, no encarte de seu álbum "Eu falso da minha vida o que eu quiser", de 2001

25/01/2012

Napoleão e seus soldados

Pra quem acha que conversa de boteco não leva a nada, veja a seguir a pérola de sabedoria ofertada pelo Oridinho às voltas da mesa do Bar do Toco, ontem à noite.
Dizem que Napoleão classificava seus soldados em 4 tipos: 1. Os inteligentes com iniciativa ; 2. Os inteligentes sem iniciativa ; 3. Os ignorantes sem iniciativa ; e 
4. Os ignorantes com iniciativa. Aos inteligentes com iniciativa, Napoleão dava as funções de cmt gerais… estrategistas ; Aos inteligentes sem iniciativa, Napoleão deixava-os como oficiais a receberem ordens superiores… para cumpri-las com diligência ; Aos ignorantes sem iniciativa, Napoleão os colocava à frente da batalha – buchas de canhão… como dizemos ; e Os ignorantes com iniciativa, Napoleão odiava e não queria em seus Exércitos. Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer besteiras enormes e depois dissimuladamente, tentar ocultá-las. Um ignorante com iniciativa faz o que não deve, fala o que não deve, até envolve-se com quem não deve e depois diz que não sabia. Um ignorante com iniciativa faz perder boas ideias, bons projetos, bons clientes, bons fornecedores, bons Homens públicos. Um ignorante com iniciativa produz sem qualidade, porque resolve alterar processos definidos e consagrados. Um ignorante com iniciativa é, portanto, um grande risco para o desenvolvimento e o progresso de qualquer empresa e governo. Não precisamos dele… 

Nem Napoleão os queria… em sua vida, sua empresa e o governo do seu país…

31/12/2011

Um 2012 magnífico!

Não terei oportunidade de abraçar todas as pessoas de quem gosto e lhes desejar pessoalmente, ao vivo e a cores, que tenham um 2012 magnífico. Se eu assim pudesse fazer, lhes desejaria, de todo meu coração: "1. Saúde o bastante para trabalhar com prazer; 2. Força para lutar contra as dificuldades e superá-las; 3. Capacidade de admitir os próprios erros e se perdoar; 4. Paciência para perseverar até atingir o objetivo; 5. Caridade para ver algo bom no próximo; 6. Amor para ser útil às pessoas; 7. Fé para transformar em realidade as coisas divinas; 8. Esperança para afastar os temores acerca do futuro". Goethe, em "Oito requisitos para se ter uma vida plena" Feliz Ano Novo! Sejam felizes, sem medo ou receio. - Posted using BlogPress from my iPhone

27/11/2011

O inferno

O INFERNO É O EXCESSO DO BEM
Fabrício Carpinejar
Folheava com admirável assombro um livro de gravuras sobre o inferno. Mundaréu agonizando castigos indescritíveis. Vítimas de chicotes, fogueiras e arreios. Mulas de pedra e dor. Um mar de cotovelos e joelhos estalando no precipício. Os pais me emprestaram as pinturas para ficar com medo de pecar e só aumentaram a minha curiosidade. Não levei a sério. Se fosse verdade, o masoquista faria reserva do caldeirão. Discordo que o inferno seja a privação do que gostamos. A renúncia do que não valorizamos. O inferno é o que a gente ama, mas em excesso. Lembro da torta de nozes. Era apaixonado, comia uma fatia por noite durante anos. Botava guardanapo na gola para naufragar a barba no creme. Hoje não suporto o cheiro. Tortura seria me colocar dentro de uma vitrine repleta do doce. O mesmo ocorreu com a panelinha de coco, o alfajor, o chocolate em barra.
Alegria em demasia é tristeza. Quem repete três vezes seu prato predileto tem rosto de velório. O paraíso é o bocado, o gole gostoso, o pouco intenso. Deixar o que se deseja para depois e nunca deixar o desejo. As mulheres reivindicam homens românticos. Pedem escandalosamente um perfil gentil, amável, cordial, obediente, misto de agenda (capaz de lembrar todos os aniversários e datas comemorativas) e diário (que escreva poemas e preencha cartões floreados). Na hora em que encontram o sujeito sonhado, querem distância. Consideram a figura grudenta, gosmenta, tediosa. Resmungam que é muito submisso (se você vem sendo chamado de fofo pela namorada está a um passo do despejo)
Os homens procuram mulheres com irrefreável apetite sexual. Para ter sexo a cada turno. Sem enxaqueca, trabalho e preocupações familiares. Caso pudessem, adotariam arquitetura de motel no quarto com retrovisores na cama. Pois quando se deparam com uma ninfomaníaca viram monges. Usam pijamas listrados. Decidem discutir a preliminar. Forram a cabeceira com dicionários. Revelam traumas de infância. Torna-se insuportável trepar a cada quinze minutos e não terminar um pensamento inteiro. Não é mais questão de virilidade, é de sanidade. A transa depende da lembrança para renovar a imaginação. Qualquer cinéfilo que assista a 12 horas de filmes fugirá da tela em branco. Qualquer médico que fique 36 horas de plantão desistirá de suas mãos. O exagero do bem enjoa. O exagero do prazer é o inferno.

***Fabrício Carpinejar, é poeta, cronista, professor e jornalista. Para conhecê-lo melhor, acesse http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br/


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19/11/2011

Amor real

"Numa conversa de café, um amigo confessou a dificuldade de encontrar a mulher de sua vida. Quem sabe até a encontrou, mas não é igual a merecê-la ou suportá-la. Ninguém tem mais paciência para tolerar um amor real. Prefere um amor dentro de sua realidade".
Fabrício Carpinejar, em "Retrato Pintado do Casal" - no livro Mulher Perdigueira


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04/11/2011

Mestres em adivinhar e calar

Que coisa! Olha o que eu achei no livro Nietzsche para Estressados, do Allan Percy:
Amigos deveriam ser mestres em adivinhar e calar: não se deve querer saber tudo Como a verdadeira amizade se fundamenta na admiração e no respeito mútuos, as palavras de Nietzsche destacam a discrição como uma característica necessária entre amigos. Grandes vínculos se quebraram pela insistência de uma das partes em fiscalizar a outra. No momento em que deixamos de ser companheiros para assumir um papel paternalista, algo se rompe na amizade. A naturalidade dá lugar à dominação e se estabelece um jogo de poder que não beneficia em nada a relação. No âmbito das confidências, é importante que cada indivíduo tenha a liberdade de decidir quanta intimidade quer compartir com os demais. Ultrapassar esse limite nos transforma em invasores e pode acabar causando desentendimentos. Um pensamento do escritor e filósofo Albert Camus, que curiosamente também é atribuído a Maimônides, reflete muito bem sobre o segredo da amizade: Não caminhe na minha frente, porque talvez eu não possa segui-lo. Não caminhe atrás de mim, porque talvez eu não possa guiá-lo. Caminhe ao meu lado e seremos amigos.
Tem tudo a ver com a reflexão que fiz algum tempo aqui no blog! :)

09/10/2011

contrato

“Amizade é um contrato tácito entre duas pessoas sensíveis e virtuosas. Sensíveis porque um monge, um solitário, pode não ser ruim e viver sem conhecer a amizade. Virtuosas porque os maus não atraem mais que cúmplices. Os voluptuosos carreiam companheiros na devassidão. Os interesseiros reúnem sócios. Os políticos congregam partidários. O comum dos homens ociosos matém relações. Os príncipes têm cortesãos. Só os virtuosos possuem amigos.” (Voltaire, Dicionário Filosófico, 1764)

Autoestima

Precisamos amar a nós mesmos para sermos capazes de nos tolerar e não levar uma vida errante
Aqui estão cinco passos para aumentar a autoestima: 1) Viva para si mesmo, não para o mundo. As pessoas que não sabem amar a si mesmas buscam constantemente a aprovação alheia e sofrem quando são rejeitadas. Para quebrar essa dinâmica, devemos admitir que não podemos satisfazer a todos. 2) Fuja das comparações. Elas são uma importante causa de infelicidade. Muita gente tem qualidades e atributos que você não tem, mas você também possui virtudes que não estão presentes nos outros. Para de olhar parao lado e trabalhe na construção do seu próprio destino. 3) Não busque a perfeição. Nem nos outros nem em si mesmo, já que a perfeição não existe. O que existe é uma grande margem para melhorar. 4) Perdoe seus erros. Especialmente os do passado, pois já não se podem ser contornados nem têm qualquer utilidade. Aprenda com eles, para não repeti-los. 5) Para de analisar. Em vez de ficar pensando no que deu errado, é muito melhor agir, porque isso permite aperfeiçoar suas qualidades. Movimentar-se é sinal de vida e de evolução. (Allan Percy em "Nietzsche para Estressados", capítulo 11)

25/09/2011

Comer e amar

"Alimento e emoção estão muito ligados. Somos apresentados ao mundo através da alimentação. A primeira relação é entre mãe e filho, então, é fundamental como a mãe alimenta seu bebê. Se está tranquila, a criança percebe que é bem recebida. Aprende que aquele alimento vem com o gosto do gostoso. Essa emoção ligada ao comer vem da própria história de fragilidade do ser humano, que precisa de mais tempo para alcançar a independência que os outros animais. E é essa maior dependência que resulta na complexidade das nossas emoções". (Vivien Bonafer Ponzoni, psicóloga, psicodramatista e terapeuta de família e de casal. Em "Nos tempos de criança", Revista Vida Simples, outubro de 2011),