28/03/2011

como é que pode?

Só gostaria de entender como é que pode uma mulher que já decidiu ficar sozinha de repente no meio de um encontro de trabalho olhar para um homem praticamente desconhecido e pensar "com esse eu faria um filho". E se pegar pensando em como seria o tal filho: "teria ele o nariz arrebitado da mãe ou os olhos verdes do pai?"
Se alguém souber como é que pode, por favor me explique.
Obrigada.

26/03/2011

então vc ainda não sabe?

"Então você ainda não sabe que quanto mais um homem afirma, menos se deve acreditar?"
De Amolfo (interpretado por Oscar Magrini) para Inês, na bela peça "Escola de Mulheres" de Molière, que vi hoje numa montagem de Roberto Lage.

25/03/2011

lembrança

Coisa bem esquisita essa tal de lembrança.
Tem horas em que ela é tudo que se tem - e é tão boa! Aquece o coração, arranca um sorriso da boca da gente. Uma delícia!
Outras vezes ela também é tudo que se tem e - talvez por isso - fere fundo o peito da gente, arranca uma lágrima do olhar. Uma lástima!
Delícia... Lástima... O que afinal a lembrança é?
É tudo isso e ao mesmo tempo é nada disso.
A lembrança é um registro da nossa trajetória, uma marca da nossa caminhada.
Infelizes os que não tem lembranças - mesmo as tristes.
Lembrar é mais do que recordar.
Lembrar é uma arte!

23/03/2011

chiquices

"Estou falando por mim e, como não sou tão esquizofrênico, até concordo um pouco comigo".
(Chiquinho, em momento filosófico)

22/03/2011

a língua

'Segredo' de linguista, revelado com exclusividade para você, que dorme no ponto: para aprender uma língua estrangeira, você tem que se forçar a estar em contato com ela. Veja filmes, ouça músicas, veja tevê, leia revistas na língua alvo. Coloque seu orkut para falar com você na língua almejada.
Você vai ver o milagre acontecer diante de seus olhos.

20/03/2011

estou bem do jeito que estou

Pode até demorar, mas a gente acaba enxergando as coisas.
E, quando isso acontece, a gente vê que nada ocorre por acaso.
Ao observar um casal com quem convivo - e que está junto há mais de 30 anos - percebo que eu realmente não nasci para esse tipo de relação.
Depois de 30 anos de convivência, eu sei que não teria paciência para perguntas idiotas, para ter que repetir TUDO o que falo porque a outra pessoa não entende, para fingir que não me incomodo com certas atitudes (menores, mas asquerozas) do dia a dia, etc.
Eu gosto do meu estar sozinha.
Eu gosto de, quando tenho vontade, sair por aí sem ter que dar satisfação a ninguém. Ou NÃO sair por aí sem ter que dar satisfação a ninguém.
Quando estou de saco cheio, gosto de estar em silêncio, comigo mesma, sem ninguém matracando na minha cabeça.
Tenho necessidade desses momentos de recolhimento.
Alguém há de ponderar: mas e para todos os outros momentos? Aqueles em que a gente tem necessidade de ter alguém por perto?
Bom, para todos os outros, existe a família primeira da gente - pais, irmãos, sobrinhos, primos. Existem os bons amigos que a gente vai conhecendo no caminho. Amigos que estão dispostos a fazer companhia, a rir junto, a dormir junto diante da TV numa tarde preguiçosa de domingo. E, o melhor de tudo: depois desse convívio cada um volta pro seu casulo, com suas manias, sem provocar a intolerância alheia - aquela que a convivência diária é mestra em desenvolver.
O que a gente precisa mesmo é ter serenidade para aceitar. Com serenidade a gente percebe: foi melhor assim. Sempre!

inquietude

"O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca..."
Ode ao Gato - Pablo Neruda

10/03/2011

o demônio da seriedade

"Quando vi o meu demônio eu o encontrei sério, rigoroso, profundo e solene: era o espírito da gravidade. Por ele todas as coisas afundam"
(Nietzsche)

09/03/2011

08/03/2011

Sonho de um carnaval

Sonhar não custa nada. Ainda mais no Carnaval!



Sonho de um carnaval
Chico Buarque/1965

Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano

Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão e hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano
Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade

No carnaval, esperança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente grande saiba ser criança


É isso aí.

07/03/2011

Coisas a se inventar

Adorei isso!
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Fonte: Revista Women's Health - Edição 28 - Fevereiro de 2011

Tudo vai passando, passando...

É chavão, mas é verdade: Tudo passa.
Mesmo aquilo em que a gente se agarra bravamente, para que não passe nunca: mesmo isso passa!
Quando você cai em si, tudo aquilo que era tão real, tão presente, tão forte... tudo não é mais que uma lembrança. Passou!
Eu sou muito apegada às coisas e às pessoas. Geralmente, quando alguém se afasta de mim, eu demoro a aceitar a perda, fico rememorando cada lembrança boa, e mesmo me apego às lembranças materiais que aquela pessoa me deixou: um presente dela, mesmo um objeto que eu mesma comprara, que estava presente em nossa convivência e que me faz lembrar a época em que ainda havia a proximidade.
Pois bem, de tempos em tempos me surpreendo ao perceber que aquele objeto ficou velho, que precisa ser jogado fora e substituído por outro. Me surpreendo quando percebo: 'Nossa, não tenho mais quase nada que eu usava na época em que ainda estava com fulano!' E, por mais bobo que isso possa parecer, é nessas horas que reflito e percebo: tudo passa! Por mais que não se queira, tudo passa e tudo se renova! A blusa fica desbotada, a calça começa a descosturar, a bolsa cai de moda... Tudo é trocado por outro item mais novo, mais útil, mais atual.
Da mesma forma com os sentimentos: tudo que se sentia de mais doce, de mais insubstituível... Tudo adquire um ar ultrapassado. O lado ruim daquela pessoa vem mais à tona: a gente passa a pensar mais nas desvantagens que se tinha ao estar com aquela pessoa e, surpreendentemente, se pega pensando: "ainda bem que passou!"
E é nesse eterno alternar de ciclos que vamos construindo nossa vida. Pode ser que nos tornemos mais amargos no decorrer da caminhada, afinal cada decepção nos faz uma marca difícil de apagar... Mas o fato é que, ao deixar as velharias passarem, renovamos o espaço para receber as coisas boas que virão.
E isso faz um bem danado.

06/03/2011

poesia para uma tarde de chuva



Canção Postal
(Lô Borges / Ronaldo Bastos)
Quando alguém passar
E perguntar por mim
Não esqueça de dizer
Até amanhã, até amanhã, até amanhã...
Não esqueça de sorrir
Como eu tentei sorrir
Quando alguém lembrar
O que fui, o que sou, o que sei...
Diz pros amigos que eu ainda sei dançar
Deixa o mundo virar para sempre...
No fundo do pomar
Estrelas no lençol
Eu quero ver você, ter você,
Ser você, amar você...
Quando você ouvir
Essa canção que eu fiz
Não esqueça de sonhar
Até amanhã, até amanhã, até amanhã...

05/03/2011

argumentos desnecessários

A revista Women's Health de fevereiro trouxe uma matéria entitulada "53 razões para fazer sexo".
Achei um pouco desnecessária essa matéria.
Para mim já basta uma única razão para fazer sexo: fazer sexo é bom demais, não é não?