27/11/2012

Sempre


Que dia mais tenso! Juro que passei por momentos em que achei que fosse cair no choro. Mas respirei, tentei agir com racionalidade e… ao final deu tudo certo.
Porque sempre dá certo.
Porque Deus é comigo sempre.
Por isso dou Glórias a Ele, sempre.


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18/11/2012

O melhor lugar do mundo

"Se você se muda de cidade em busca de uma oportunidade de carreira, está falando da oportunidade de colaborar com esse local e de ser protegido por ele como contrapartida. Está se referindo à chance de ali encontrar um emprego, prestar um serviço, abrir um negócio. Ou seja, exercer seu talento. O melhor lugar do mundo é onde você pode usar esse talento, seguir sua vocação, ter seu esforço reconhecido, seu valor apreciado.
Eu conheço pessoas felizes e realizadas em todos os lugares, que, aliás, são os mesmos locais em que eu também encontrei pessoas insatisfeitas e amarguradas. Isso me deixa pensando que, antes de encontrar o melhor lugar do mundo, você deve encontrar a si mesmo, caso contrário, você sempre estará no lugar errado".
Eugenio Mussak
Revista Vida Simples, edição 125

17/11/2012

Educar para a vida real

Não entendo essas pessoas que têm filhos e têm preguiça de educá-los.
A criatura cresce fazendo tudo que quer.
E os pais, abobados, correndo atrás do pequeno monstro. Fazendo todas as suas vontades. Furtando-se ao "trabalho" de ensinar o que pode e o que não pode. Rindo de suas malcriações, relevando seus pequenos atos de indisciplina - que com o tempo vão aumentando e fugindo cada vez mais do aceitável.
Acham que estão fazendo uma grande coisa, mas são alvo de piada de qualquer pessoa com um mínimo de bom senso que esteja por perto. E, muito pior: esses pais serão vítimas dessas crianças, que crescerão indisciplinadas sob essa permissividade toda e tornar-se-ão jovens indomáveis, agressivos, desrespeitosos. Desprezíveis. Muitos desses jovens usarão drogas, desrespeitarão os mais velhos, farão com que seus pais se envergonhem deles. Tudo porque terão crescido sem a menor noção de limite.
Quando esses pais perceberem, o tempo terá passado rápido, e eles terão falhado em sua missão de educadores. Certamente culparão alguém - a escola, o filho do vizinho, a televisão, a sociedade, Deus, o destino? - mas a verdade é que, por mais difícil que seja admitir isso, a culpa será sempre deles e de ninguém mais.
Conheci certa vez um menino de 8 anos, que se comportava como um bebezão mimado. O pai o achava o supra-sumo da inteligência - como aliás a maioria dos pais têm a tendência de enxergar seus filhos - mas o fato é que, com 8 anos, o menino não era capaz de tomar banho sozinho, nem de se secar e de se vestir sozinho após o banho, nem de se limpar sozinho após fazer cocô. Quando tomava um sorvete, sujava todo o rosto, o nariz, a roupa. Era incapaz de comer ou beber alguma coisa até o final: sempre deixava pela metade a sua porção porque sabia que o pai cuidaria de consumir a sobra. E por isso não tinha a menor noção de quanto colocar de comida em seu prato, quando ia se servir. Enchia um prato maior do que qualquer adulto seria capaz de consumir. Comia uma colherada e deixava o resto de comida para o paspalho do pai terminar. O mesmo com uma lata de refrigerante. O mesmo com um pote de iogurte. Isso com 8 anos de idade.
Era evidente que os pais desse menino o superprotegiam. Era evidente que ele não era nenhum supra-sumo da inteligência, pois fazia o mesmo que qualquer criança de sua idade faria. Com o diferencial de ser mais infantilizado e mais mal educado do que a média.
Era irritante ter de conviver com tanta falta de educação, de bons modos, de preparo para a vida real.
A impressão que eu tinha é que aquela criança estava sendo criada dentro de um mundo de mentirinha, uma bolha cor-de-rosa que só existia ao redor dela, criada pelos pais dela - que na verdade deveriam ser as pessoas a criá-la para a vida de verdade.
Felizmente perdi o contato com essa criança e com seus pais. Imagino que hoje ela já deva estar na pré-adolescência. Será que já aprendeu a limpar o próprio traseiro após ir ao banheiro? Será que já teve vontade de experimentar crack - afinal, sempre foi acostumada a fazer e ter tudo que tivesse vontade - ou usar outras drogas?
Enfim, lembrei-me dessa triste história porque infelizmente tenho visto pais e mães cometerem esse mesmíssimo erro com outras crianças. E isso é muito triste.
Eu gostaria que todos tivessem a oportunidade de aprender com erros alheios, sem precisar repeti-los. Mas infelizmente algumas pessoas só aprendem da forma mais dolorida: com seus próprios erros.
Que doa pouco.
E que não doa tarde demais.
A sociedade agradece.

05/11/2012

As poliglota pira

E, de repente, me deu a louca e resolvi voltar a praticar inglês, francês e espanhol. Tudo ao mesmo tempo. Não necessariamente nessa ordem.
E tô adorando.

O pior cego é aquele que não quer ver

Já escrevi aqui e em outros lugares (até eu mesma já me cansei de ler isso, de tanto que já repeti!!): eu raramente me lembro de meus sonhos depois de despertar deles.
Isso de não me lembrar pode ser bem frustrante pra mim, pois por vezes sonho coisas absolutamente deliciosas envolvendo outras pessoas, acordo no meio da noite e penso "putz, preciso contar isso amanhã pro fulano!", mas aí, na ânsia de continuar o sonho bom (sim, eu consigo continuar um sonho depois de uma breve interrupção!) não anoto nada e ele cai no mais cruel esquecimento: não há o que fazer para tentar recobrar com alguma fidelidade aquilo que sonhei.
Mas ocorre - mesmo que raramente - de eu me lembrar de detalhes dos sonhos. E isso pode ser tão gratificante (quando o sonho é bom), quanto cruel (quando o sonho é tão bom que dói lembrar dele por saber ser impossível realizá-lo). Pode ainda ser preocupante, que é o caso do ocorrido após o sonho que tive noite passada, e do qual me lembro dos detalhes mais importantes, para meu desespero.
Lembro-me de no meu sonho estar em casa, com alguém conhecido. Era uma mulher, não me lembro se uma das minhas irmãs ou uma de minhas amigas. O fato é que eu mostrava a ela uma coisa que eu descobrira ao me olhar no espelho: uma camada esbranquiçada, parecida com uma lente opaca, me cobria parte dos dois olhos. Metade de cada olho estava totalmente coberta. Era como se eu estivesse ficando cega (como se cada um dos meus dois olhos estivesse "morrendo") mas ao mesmo tempo eu não sentia nada na vista: nem dor, nem ardência, nem embaçamento ou distorção das imagens observadas. Eu enxergava tudo com perfeição e era exatamente por esse paradoxo que eu conversava com essa outra pessoa enquanto minha mãe não chegava, pra eu poder mostrar a ela. Eu não estava nervosa, nem tensa. Só surpresa.
E a minha mãe nunca chegou, antes do sonho terminar.
E eu também não tive tempo de procurar um médico ou algum tipo de ajuda. Não houve piora do quadro, eu continuei enxergando normalmente até terminar o sonho. Foi só aquela sensação estranha de saber que algo estava muito errado, mas não saber o que era.
O sentimento depois de acordar, e durante todo o dia, foi péssimo.
O que seria de mim se eu de repente ficasse cega?
E se a minha mãe não viesse? Com quem eu poderia contar?
De repente percebi o quão pouco agradeço a Deus por ter meus olhos em plena saúde: olhos bonitos e saudáveis com os quais nem sempre olho para coisas importantes. Nem sempre reparo, por exemplo, como é bom ter a presença forte de minha mãe, sempre ao meu lado. Presença muitas vezes silenciosa, por ela ser como eu pouco falante, mas firme e constante. Um porto seguro.
Resolvi procurar pelo significado do sonho no livro dos sonhos. As respostas que encontrei interpretavam cegueira e cego como várias coisas, mas a que mais me chamou a atenção foi "morte de pessoa próxima nos próximos dias". Claro, isso me fez sentir ainda pior. Se alguém de meu convívio próximo me faltar nos próximos dias, terei eu feito minha parte, cuidando com que essa pessoa saiba o quanto ela é importante na minha vida? Ou terei ficado perdendo tempo precioso dando atenção a coisas sem a menor importância, em nome de vaidade, banalidades cotidianas, orgulho...?
Passei o dia pensando sobre tudo isso e sobre outras coisas que essa reflexão toda proporcionou.
No final fiquei com a sensação de que, diante da brevidade da vida, estou agradecendo pouco a Deus e a todos à minha volta por tudo que sou.
Também estou deixando a desejar quanto a doar o melhor de mim aos que me rodeiam.
Estou insatisfeita comigo, por saber que certamente muitos que eu amo estão insatisfeitos comigo.
Às vezes é preciso se imaginar cego para conseguir enxergar certas coisas.