27/02/2011

qualquer semelhança...

Você teria vontade de comprar uma sobremesa que viesse numa embalagem praticamente igual à de um detergente tira manchas? Não, né? Pois eu também não. Me pareceu meio bizarra essa semelhança. Marqueteiros, admitam: foi um erro crasso esse, não?

23/02/2011

comida sem frescura

Por recomendação do meu amigo Fabiano, li a matéria abaixo e ADOREI!
Eu acho que todo metido a besta de plantão deveria ler, para parar de encher o saco alheio no sagrado momento das refeições.
hehehe
Aliás, quem já leu alguns dos posts desse meu blog, sabe que eu sou uma pessoa que - cada vez mais! - abomina a frescura, em qualquer área da vida. Frescura é uma coisa que deveria ser abolida. Esse verbete deveria inclusive ser retirado dos dicionários.
A matéria em seu site original segue linkada nos créditos.
Enjoy!


Arrogância gastronômica causa a volta da comida sem frescura

IARA BIDERMAN de São Paulo
(Folha Equilíbrio)

Para você que come caviar e sonha com miojo. Ou que sonha com caviar, mas não aguenta mais ouvir coisas como uma-incrível-técnica-que-um-bistrô-em-Paris usa para servir as ovas. Para você que tem preguiça de discutir a metafísica da abobrinha.
Enquete: Você já cansou do papo gourmet?
Esta história é para você.
Comida boa, todo mundo gosta. Mas o problema é que, para o gourmet, não basta comer: tem que contar.
"O gourmet nunca esquece o nome do morto. E enquanto o come, faz menção expressa a ele, seja javali ou alcachofra, e lembra de outros assassinatos e devorações anteriores, porque o prazer de comer deve vir acompanhado da memória de festins passados."
A descrição acima foi feita em 1990 pelo escritor espanhol Manuel Vásquez Montalbán (1930-2003), autor de "Contra los Gourmets" (sem tradução para o português).
Ótimo se prazer e palavrório se complementam, o último prolongando o primeiro. Mas, de lá para cá, muitas trufas brancas rolaram, e o pessoal se esqueceu de que o verbo não substitui a carne (ou o peixe ou o frango.
"Com a modernização da culinária e a hipervalorização da alta gastronomia, as pessoas estão ficando cada vez mais 'sofisticadas', mas cada vez mais chatas. Elas discutem o prato em vez de comer", diz André Barcinski, crítico da Folha e assumido "bom garfo".
Goiabada cascão com queijo






SEM FRESCURA

Barcinski é crítico de cinema, não de gastronomia. Mas quando postou em seu blog o "Guia da culinária ogra", surpreendeu-se com a quantidade de leitores solidários e famintos, como ele, por comida sem frescura.
A reação do público cansado do papo-gourmet, seja ao vivo ou pela TV, também é sentida pelo ator Paulo Tiefenthaler, que encarna o apresentador Paulo de Oliveira, do seriado "Larica Total" (Canal Brasil).
A série, que parte para a terceira temporada, é uma sátira aos programas de culinária tradicionais e aos chavões da gourmelândia.
Na proposta do programa "nada de faisões, trufas ou fungos australianos (...) nem outras raridades psico-sofisti-palhaçadas de carinho." A culinária de guerrilha é feita de "clássicos" como yaksobra, sushi de feijoada e bolinho de miojo.
Após a estreia do programa, no final de 2008, Tiefenthaler conta que começou a ser parado na rua por todo o tipo de gente querendo dar a sua receita trash.
"Acho que as pessoas começaram a sair do armário. Me dizem que se sentem aliviadas vendo o programa, perdem a vergonha de não serem 'chiques'."
Mas a tropa de resistência aos modismos gastronômicos ainda terá de comer muito feijão e arroz até se impor.
"Estou escrevendo um cardápio para cliente e tenho que pôr 'tartelete de alho-poró mimoso'. Não posso sugerir: 'massinha com creme de milho'. Vê que humilhação tenho que passar?", diz Nina Horta, colunista da Folha e dona do bufê Ginger.
Segundo ela, apesar de uns poucos grandes cozinheiros ("no máximo 0,5%") fazendo comida nova e gostosa, os experimentos e supostas sofisticações já deram o que tinham que dar, para a maioria das pessoas.

JAVALI COM BLUEBERRY

"Essa comida não é minha nem de ninguém. Você já entrou na casa de sua vizinha e viu ela comendo javali com molho de blueberry e agrião doce?", pergunta Nina.
Ela arrisca uma teoria: "Parece que o sexo ficou uma coisa complicada, então, em vez de conversar sobre homem ou mulher, ficam falando de comida."
Nina não tem certeza se as pessoas preferem risoto com funghi chileno colhido na primavera a transar, mas está quase certa que muitos gostam é de se exibir.
Ela conta que, depois de entrar no Facebook, quase começou uma briga. O motivo foi um comentário na rede: "Alguém escreveu [no Facebook]: 'Que vontade de comer um peito de pato tomando um Chablis na beira do Sena'. Ai, que preguiça...".
Silvia Guimarães Couto, do restaurante Da Silvinha, se incomoda com esse papo. "Comida foi feita para você se alimentar e curtir. Mas fica todo mundo querendo ser francês e complicar. Já me perguntaram 'quem assina' minha comida. E olha que eu sirvo arroz, feijão e farofa."

FOOD VICTIMS

Nina Horta diz estar cansada do que ela chama de "food victims", vítimas das modas gastronômicas.
"Desconfio sempre das modas. A nouvelle cuisine, cheia de frescuras, surgiu na época dos yuppies, que tinham muito dinheiro para gastar. Agora, se as coisas que as pessoas podem comer têm que ser mais baratas, vão começar a glamorizar outros tipos de comida. É um jeito de serem felizes com aquilo que têm."
Desse ponto de vista, a reação ao papo-gourmet não surge apenas porque as pessoas cansaram, mas também porque precisam gastar menos para sustentar o prazer.
A chef Heloisa Bacellar, do restaurante "Lá da Venda", acredita que não é só isso. "Há pessoas cansadas de afetação e arrogância, de gente dizendo que você tem que gostar de algo ou que você não pode gostar de, sei lá, estrogonofe, porque agora virou cafona."
Bacellar lembra que o movimento por "comida de verdade" está crescendo em vários países do mundo.
O problema é começarem a glamorizar demais a dobradinha, e você ser chamado de esnobe e fora de moda só por não gostar de tripas.

UM RESTAURANTE PARA QUEM CANSOU DE SER GOURMET

Características da cozinha ogra segundo o crítico (de cinema, não de culinária) André Barcinski
1 - Não pode ter nome começando por "Chez" ou terminando por "Bistrô"
2 - A comida precisa ocupar ao menos 85% da área total do prato (com preferência para iguarias com um taxa de ocupação de mais de 100% dos pratos, como bifes que caem pelas bordas dos pratos)
3 - Não pode ter "chef" e sim "cozinheiro". Não pode ter "menu", e sim "cardápio"
4 - Algumas palavras estão terminantemente proibidas nos cardápios: "nouvelle", "brûlée", "pupunha", "espuma", "lâmina", "lascas" e "contemporânea"
5 - Os garçons não podem ser modelos, manequins ou atores, com preferência para velhos e feios
6 - Os garçons precisam passar no teste da colherzinha, que consiste em servir arroz com uma só mão, juntando duas colheres, sem derramar um grão sequer
7 - Não pode ficar dentro de shopping center
8 - O teste final: se o garçom, ao ser perguntado "o que é 'El Bulli'?", responder qualquer coisa que não seja "é onde eu sirvo o café", o restaurante está sumariamente eliminado

21/02/2011

A minha rosa

Hoje, quando fui à minha petite maison, encontrei uma rosa. A MINHA rosa da MINHA casinha...

"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa".
(Saint Exupèry, em O Pequeno Príncipe)

15/02/2011

O Espírito Santo está ao meu lado

Você já passou por uma situação em que teve certeza de que o espírito santo esteve com você? Eu já tive várias oportunidades de passar por isso: a última delas foi agora há pouco. Quando você se sente importante num momento da vida de alguém, é ele - o Espírito Santo de Deus - que está usando teu corpo como um veículo para chegar até alguém. E ter discernimento para perceber isso é, sem dúvida, uma das maiores dádivas que Deus pode nos conceder.E isso não é pouca coisa!

13/02/2011

Desculpa aí, por eu ter nascido!

Vivemos numa sociedade machista, preconceituosa e hipócrita. Isso é fato. Aliás, fato tão notório que já se transformou em um chavão, de tanto que as pessoas já repetiram isso.
Mas o que ainda me choca e me entristece - além de saber desse fato -, é perceber o quanto o machismo ainda está dentro da cabeça das mulheres. Considero bem mais fácil de aceitar (mesmo não concordando, claro!) quando se vê uma atitude machista em um homem. Quando vem de uma mulher, em pleno ano 2011, é o ó.
Uma mulher não pode ter amigos homens. Está vetado, proibido, descartado. Simples assim.
E se ela for solteira e minimamente bonita, então? E se os amigos homens forem casados, então? Bom, daí, à vista das machistinhas de plantão, trata-se praticamente de um crime inafiançável.
E se a mulher for divertida, inteligente, sem frescuras, uma companhia agradável para os seus amigos? Vamos jogar a talzinha aos leões, para ser devorada em praça pública.
Não importa se a mulher em questão - a que teima em ter amigos independentemente do gênero -, não importa se ela nunca desrespeitou ninguém, se ela é amável com todos - com as esposas dos amigos, também, claro! - e se ela é uma profissional séria e centrada: Não, não, não!! Se ela tem amigo homem e casado (ainda mais se esses amigos convivem com ela no emprego!), ela é certamente uma puta querendo estragar o casamento do pobre fulano (e da 'pobrezinha' esposa, que se considera tão mal-amada e inferior, que é capaz de ficar disparando esses despautérios sem perceber o quanto está sendo machista e ridícula).
Está decretado: cada mulher só pode ter amiguinhas mulherzinhas, com as quais deve trocar receitas de pudim e conversar sobre novelas, de preferência dentro de casa, para evitar que eventualmente alguma das amigas mulherzinhas chame a atenção de algum homem casado e indefeso que porventura esteja no mesmo barzinho que ela, que isso cause uma atração irresistível e a moça (puta que é, como todas as mulheres) destrua um casamento, assim, numa mesa de boteco...
Me poupe, me economize.
Isso me fere profundamente, porque eu ainda teimo em acreditar nas pessoas, na sua evolução enquanto gente. Quando essas ondas de ignorância me atingem, eu ainda me abalo, embora saiba que não adianta em nada eu me abalar.
Viver entre catedráticos - entre pessoas consideradas a nata intelectual do país - não nos priva, infelizmente, de passar por esses desconfortos.
Talvez eu espere demais das pessoas, bem mais do que elas podem oferecer - mas eu juro que espero tão pouco! - mas tenho esperança de que um dia eu aprendo. Ah, se aprendo!

12/02/2011

três coisas

"De Tudo Ficaram Três Coisas"
(Fernando Sabino*)

De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos começando,
A certeza de que é preciso continuar e
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar
Fazer da interrupção um caminho novo,
Fazer da queda um passo de dança,
Do medo uma escola,
Do sonho uma ponte,
Da procura um encontro,
E assim terá valido a pena existir!


*do livro "Encontro Marcado"

09/02/2011

manda uma massa, São Pedro

Fala sério: hoje fez um calor dos infernos. No início da noite, depois do circuito, achei sinceramente que eu fosse ter um negócio - e, quando digo 'um negócio', estou me referindo a um negócio ruim, claro.
Quando chega a próxima massa de ar polar?

08/02/2011

turbilhões

A semana começou ontem bombando.
Não necessariamente ostentando isso: aparentemente tudo em seu ritmo normal, no entanto era dentro da minha cabeça que a coisa tava fervilhando.
Dúvida cruel: retomar ou não o meu projeto Rio Branco? Isso começou a martelar na minha loira cabeça desde a semana retrasada quando fui navegar no site do MRE para renovar o passaporte oficial do chefinho. Ontem essa dúvida torturou mais, quando topei com o edital do concurso. Quando se vê o prazo para a inscrição é que a coisa pega mais ainda: a dúvida morde doído.
Mas enfim, quando se precisa realmente de um conselho, a gente sabe onde ir buscar. E foi conversando com meu amigo-irmão Xandinho que me acalmei com relação a isso.
No fim da tarde recebi a notícia da minha aprovação na seleção para o curso de pós lato sensu em GORH e isso me deixou muito feliz! As coisas na minha vida acontecem exatamente como e quando têm que acontecer: só falta eu ter o hábito de manter a calma, respirar e olhar para a situação com serenidade para conseguir enxergar o melhor caminho. E fazer as coisas por partes: uma de cada vez - senão começo um monte de coisas e não termino nenhuma. Simples assim. É simples, mas às vezes tenho a necessidade de repetir isso pra mim mesma, pra lembrar.
Terminei o dia na casa do Xandinho e da Má, curtindo com eles a Pietra e conversando muito.
Pensei nas coisas que não fazem mais parte da minha vida e no quanto elas NÃO ME FAZEM falta.
Me senti feliz.

07/02/2011

pequena meta

o meu esforço concentrado da semana é para não verbalizar coisas que não quero ver realizadas de coração. Se algo me incomodar, que eu tenha a capacidade e a sabedoria de mudar o foco do meu pensamento, sem ficar praguejando da boca pra fora.

02/02/2011

móveis

Eu, Andréia e Chefinha estamos as três na fase "decoração". Todas com casa nova e naqueles rompantes femininos de querer tudo que vê.
E uma vai passando os "achados" pras outras.
Seguem duas dicas da chefinha, que eu amei:
Designer paulistano Fernando Jaeger (estilo moderno)
Portal Desmobilia (estilo retrô)
Agora só falta $ para comprar (mero "detalhe")

Ainda planejando o meu ano de 2011

Hoje foi dia de contagem de repetições na Curves. E há que se dizer que - excetuando-se os dias de avaliação física - os dias de contagem são os mais tensos. Não só as monitoras, mas as outras alunas também ficam prestando atenção na contagem umas das outras. Isso gera uma 'obrigação' ainda maior de ter um bom desempenho, para não fazer feio diante das colegas - comportamento típico em ambientes predominantemente femininos, infelizmente.
Eu me saí muito bem na contagem.
Mas a despeito desse fato - a meu ver totalmente menos importante - o melhor foi constatar, mais uma vez, o quanto me sinto bem ao fazer exercícios. Toda vez que estou na série de alongamento - última etapa das atividades, eu prometo a mim mesma que não vou mais cabular os treinos, em nome daquele bem estar tão sublime que estou sentindo.
Infelizmente, tenho quase a mesma capacidade de quebrar minhas promessas a mim mesma do que eu tenho de fazê-las...
Desejo para 2011: que eu tenha mais disciplina para levar a cabo o que decido fazer em benefício próprio.Amém.