31/12/2008

oscilando

Estou oscilando muito intensamente e muito rapidamente.
Queria saber me controlar - assim eu faria o necessário para "pender" somente para o lado bom da oscilação.
Tenho um pouco de medo das minhas atitudes.
Previsões astrológicas para 2009

the trouble with love is...

Uma linda música, expressando meus sentimentos agorinha.
Interpretada lindamente pela Kelly Clarkson, mesmo sendo uma música triste (como triste estou), me deixou leve. É uma música muito especial.
A música sempre me salva. Sempre!


"The Trouble With Love Is"
(Evan Rogers, Carl Sturken, Kelly Clarkson)

Love can be a many splendored thing
Can't deny the joy it brings
A dozen roses, diamond rings
Dreams for sale and fairy tales
It'll make you hear a symphony
And you just want the world to see
But like a drug that makes you blind,
It'll fool ya every time

The trouble with love is
It can tear you up inside
Make your heart believe a lie
It's stronger than your pride
The trouble with love is
It doesn't care how fast you fall
And you can't refuse the call
See, you got no say at all

Now I was once a fool, it's true
I played the game by all the rules
But now my world's a deeper blue
I'm sadder, but I'm wiser too
I swore I'd never love again
I swore my heart would never mend
Said love wasn't worth the pain
But then I hear it call my name

(The trouble with) The trouble with love is
It can tear you up inside
Make your heart believe a lie
It's stronger than your pride
The trouble with love is
It doesn't care how fast you fall
And you can't refuse the call
See, you got no say at all

Every time I turn around
I think I've got it all figured out
My heart keeps callin' and I keep on fallin'
Over and over again
This sad story always ends the same
Me standin' in the pourin' rain
It seems no matter what I do
It tears my heart in two

(The trouble with love is) The trouble with love, yeah
(It can tear you up inside) It can tear you up inside
(Make your heart believe a lie) Make your heart believe a lie
It's stronger than your pride

(The trouble with love is)
It's in your heart
It's in your soul (doesn't care how fast you fall)
You won't get no control
(and you can't refuse the call)
See, you got no say at all

(The trouble with love is) Oh, yeah
(It can tear you up inside)
(Make your heart believe a lie)

pensamentos maus

Se tem uma coisa que eu definitivamente não queria, essa coisa é "ter pensamentos auto-destrutivos no último dia do ano". Sinceramente, eu não queria mesmo isso.
Não queria e não quero.
Porque eu sou uma pessoa que sempre tenta enxergar o lado positivo de tudo.
Porque sou uma pessoa que sempre quer o bem de todos - inclusive o meu próprio bem.
Porque acredito que o que pensamos gera uma energia, que pode ser positiva ou negativa. E eu não gosto de energia negativa. E nem de gerar energia negativa - muito menos no último dia do ano!
Porque ter pensamentos auto-destrutivos, e, hipoteticamente imaginando, caso acontecesse algum deles, faria pessoas que eu amo infinitamente infelizes, principalmente minha mãe. E eu não quero isso. Definitivamente.
Então eu tenho que esforçar pra não ter esses pensamentos, já que não os quero.
Mas confesso que minha cabeça "está a milhão". Então fica difícil evitar.

presente de final de ano

Uma postagem de uma amiga para mim
aqui
Ela nunca vai poder conceber o bem que me fez isso!

desejos para 2009

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

(Mario Quintana)

28/12/2008

Cristais de murano feitos no Brasil!!!

Gentem, mais um mega-achado no mesmo dia!
Uma fábrica de cristais de Murano 100% brasileira.
Ai, ai, ai.
eu quero, eu quero, eu quero!!

http://www.cristaissaomarcos.com.br

redescobrindo a mesma canção

A gente passa a vida inteira ouvindo uma música. E eis que, de repente, num dia 28 da vida, a mesma música finalmente faz um novo sentido pra gente.
Impressionante isso!

Na nossa casa
(Herbert Vianna)

Quando anoiteceu
Nenhuma luz na nossa casa se acendeu
Aonde você estava?
Aonde estava eu?

Se tudo parecia nada,
Ainda assim
O nada era mais
Do que o que
Você deixou
No fim

Quando aconteceu
Quando algo em que a gente acreditava
Se perdeu
Por onde você andava?
Por que não me socorreu?

Não é o fim do
Mundo é só o fm
De tudo que
Fomos nós
Sem flutuar e sem
Tocar o fundo
Sempre sós

A audição

Nos últimos tempos estou promovendo para mim mesma uma audição dos meus CDs - pelas minhas últimas contas há bastante tempo, devem ter passado de 250 em número.
Pois bem. A audição consiste em escolher um número (no caso, quando escolhi foi "6") e ir ordenando os CDs a serem ouvidos na ordem em que estão dispostos, de 6 em 6. E não vale "roubar", ou seja, não vale olhar pra um CD sorteado e dizer "Ah, não, esse eu vou pular porque não quero ouvir agora!".
Essa é uma brincadeira bastante divertida, porque a gente reencontra com algumas pérolas que já havia se desacostumado de ouvir. Outras peças nos lembram de acontecimentos passados - alguns muito ternos, outros nem tanto, mas todos muito válidos afinal!
E hoje eu cheguei a uma conclusão. Eu tenho algumas coisas bem insuportáveis entre os meus CDs. Pretendo jogá-los fora algum dia, quando tiver coragem. Alguns me irritaram bem profundamente - principalmente os que eu gastei dinheiro comprando. Onde eu estava com a cabeça, afinal?
Bom, se isso tem algum lado positivo, talvez seja o de "antes se dar conta de algo tarde do que nunca".
Em suma, as surpresas boas são bem maiores - em número e em qualidade - do que as não tão boas. E em geral estou muito feliz na minha audição particular.

A harmonia na diferença

Fala sério: ela tem ou não tem um bom tanto de razão?

A harmonia na diferença
Danuza Leão

"Se eu morrer você vai casar de novo?” Só uma mulher é capaz de fazer esse tipo de pergunta, e a resposta tem que ter vários, mas vários “nãos”, misturados com milhões de beijos e seguidos da frase: “Ficou louca?”
Sinceramente: você já ouviu falar de algum homem que, mesmo de brincadeira, tenha feito alguma pergunta parecida com essa? É claro que não.

Ah, as mulheres... Elas querem provas de amor eterno o tempo todo, mesmo depois da morte. Passam a vida testando os pobres dos homens para saber se eles gostam mais delas ou da mãe, ou do barco, ou do carro novo, ou do Flamengo, ou – sutilmente – dos filhos.

Se ele não lembrou que hoje faz oito anos e 17 dias daquela tarde de chuva em Paris em que se abrigaram debaixo da marquise para se beijar – e não mandou flores, como homenagem à data –, é um sinal claro de que o amor (dele) acabou. Se num incêndio, no meio das labaredas, não lembrar que precisamente naquele dia, 15 anos atrás, falaram pela primeira vez em casamento, ela é capaz de se jogar da janela ou – pior – de amarrar uma bela tromba por dias seguidos. Isso se tiverem a sorte de escapar com vida, o que, no caso, talvez não seja o melhor negócio.

Ah, as mulheres... Se quando ela entrar no carro ouvir um CD que não tem nada a ver com a história de amor dos dois, é sinal de que alguma coisa não anda bem, e mais: a prova de que existe uma história rolando com outra.

Se for a fita de Caetano cantando em espanhol e ele cantarolar LA BARCA sabendo a letra todinha de cor, me diga: é ou não é prova evidente de traição?

Já os homens são diferentes. No caso inverso, são capazes de dizer, numa boa: “Parece que você adivinhou, eu estava louco para comprar essa fita”. É possível ter uma relação com alguém de cuca tão fresca? Claro que não. Ah, esses homens...

Quando uma mulher vê o seu de gravata nova e caprichando na frente do espelho, já fica com a pulga atrás da orelha: “Aí tem”, é o mínimo que pensa. Já o homem, quando vê sua mulher lindona, de salto alto e corte de cabelo novo, convida logo para jantar fora, feliz de poder exibir a mulher, que, para ele, é a mais linda do mundo. Difícil a harmonia entre esses dois seres tão diferentes. Difícil, mas não impossível.

Ele bem que tenta, mas, se chega em casa com um ramalhete de flores, ela pensa: “Alguma andou aprontando”. Se propõe uma viagem, nunca ouve um sim logo de cara. As crianças vão entrar em provas, a casa precisa de uma reforma, talvez seja a hora de trocar de carro. E, quando concorda, começa a discussão sobre o roteiro. Atravessar Portugal e Espanha de carro, nem pensar. Tem que ir a Paris ver as modas, conhecer a ala nova do Louvre, contar que St. Germain não está com nada, que o único lugar onde se pode ficar agora é no Marais.

Ele às vezes pensa em como seria feliz se pudesse viajar com dois amigos só para dizer uma porção de bobagens, esticar o almoço às vezes até 5, 6 da tarde, exagerar no vinho apenas para se sentir bem livre, não ter que reservar um restaurante e chegar na hora marcada com a mulher do lado contando de todas as compras que fez. Mas e a coragem?

Danuza Leão é cronista, autora de vários livros, entre os quais Na Sala com Danuza 2 (ARX) e Quase Tudo (Cia. das Letras)
Fonte: Revista Claudia (dezembro de 2008)

Achado!

Loja virtual ELO 7
Mais de 40 mil produtos feitos à mão por cerca de 3 mil artesãos. Vende de todo tipo de artesanato, e, melhor ainda, tem peças bacanas e baratinhas. Você pode pagar com boleto ou cartão de crédito e recebe os produtos em casa.

aqui, ó: http://www.elo7.com.br

28

O SER HUMANO NASCE PARA ILUMINAR O MUNDO
Você nasceu para iluminar o mundo; para realizar um trabalho que só você pode fazer; para atender aos anseios das pessoas cuja alegria é a sua presença. Portanto, você é uma pessoa imprescindível. Talvez pense que não passa de uma criatura insignificante, mas, na verdade, sua força contribui para sustentar o todo.
(do livro Sözöteki Jinsei no Tameni - Seicho Taniguchi)


Isso foi tirado do meu calendário Seicho-no-ie, que ganhei da minha cunhada Mariana em 2005, mas que continuo usando até hoje. E que, às vezes, cai como uma luva. Como foi o caso hoje.

26/12/2008

P-51

POR TRÁS DA FOTO
Mair Pena Neto - Portal Direto da Redação

Uma foto de divulgação publicada discretamente em algum jornal esta semana não traduziu a importância do fato. Sob um céu de brigadeiro e sobre a água azul em frente à Baía de Guanabara, começava a singrar os mares a plataforma P-51, rumo ao campo de Marlim Sul, na bacia de Campos, para produzir mais 180 mil barris diários de petróleo para o Brasil.

Mas a importância maior da P-51 não está em sua tecnologia ou capacidade de produção. Primeira plataforma de petróleo inteiramente construída no Brasil, ela simboliza a redenção da indústria naval brasileira, com os seus milhares de postos de trabalho.

Não faz muito tempo, com uma visão exclusivamente empresarial de retorno ao acionista e sem qualquer compromisso com o desenvolvimento nacional, a Petrobras construía fora do país todas as suas plataformas. Valia-se para isso de dois argumentos: a falta de capacidade da indústria naval brasileira, sucateada desde os anos 80, e, principalmente, do menor preço conseguido em estaleiros da Coréia e Singapura. Ou seja, a maior empresa do país ao construir os navios e plataformas para a exploração do petróleo brasileiro não gerava um emprego aqui.

Mudar tal situação exigia vontade política, visão estratégica e compromisso com o país. De um governo privatista, que se desfez de várias empresas nacionais importantes e cogitou vender a própria Petrobras não se poderia esperar nenhum gesto nesse sentido.

A mudança política no país, se deixou a desejar nos aspectos macroeconômicos, foi eficiente neste aspecto. A luta que já se desenvolvia por um maior conteúdo nacional nas embarcações da Petrobras triunfou e a indústria naval brasileira renasceu das cinzas. Estaleiros e fornecedores recuperaram-se, voltaram a contratar, fomentaram a economia do Rio de Janeiro e do país e já pleiteiam um conteúdo totalmente nacional de 80% contra os 65% obrigatórios. A P-51 foi totalmente construída no Brasil, mas ainda importou algumas peças não produzidas aqui.

A decisão política do governo brasileiro de privilegiar a indústria nacional impulsionou o setor, que recuperou os níveis de 1970, quando a indústria naval do país era das mais importantes do mundo e vendia navios para o exterior. Os estaleiros empregam hoje 40 mil trabalhadores e a exploração do pré-sal exigiria pelo menos mais 20 mil.

A crise financeira global e a queda no preço internacional do petróleo podem levar a reavaliações, mas a esperança é de que a exploração do pré-sal movimente fornecedores, fabricantes de peças, estaleiros e toda a cadeia do setor em torno de um alto nível de conteúdo nacional.

A foto da P-51 simbolizava toda essa retomada e merecia primeira página. Mas ficou esquecida em algum canto de jornal, certamente mais preocupado com conflitos políticos menores ou deslizes lingüísticos do mandatário da nação.

25/12/2008

Feliz Natal

Querido diário virtual, boa noite.
Devo dizer que meu Natal foi tranqüilo.
Contrariando algumas expectativas (minhas, inclusive), não chorei nem fiquei me acabando de tanto sofrer.
Meu coração está sereno.
Acordei tarde, ouvi alguns CDs que há muito não ouvia, olhei no espelho e senti falta de alguns rituais que há tempos não fazia.
Tomei um banho demorado, esfoliei o rosto, apliquei máscara purificante, depois hidratrante.
Depilei, enchi meu corpo de creme.
Curti a mim mesma.
Passei um dia ótimo com minha família.
Assisti ao DVD que ganhei do meu pai, do show do Chico que assisti ao vivo em 2006.
Recebi a visita da minha querida amiga-irmã Ré. Um bálsamo para minha alma.
Rimos. Conversamos.
Arrumei minhas coisas no meu quarto. Fiz planos para o Ano Novo.
Vi que minha vida está continuando.
De repente me caiu a ficha de que não adianta ficar angustiada ou apreensiva.
Por mais que a gente ame e sinta saudade de alguém, há que se respeitar o tempo do outro - e a vontade de estar longe.
Tenho rezado muito, e acho que Deus conseguiu me mostrar que não depende mais de mim.
Lógico que sinto muitas saudades do meu amor, de estar com ele, de abraçá-lo e de fazer muito carinho...
Mas agora é o momento de eu me retirar.
E deixar que ele tenha Paz.
Espero que ele tenha registrado - nas minhas poucas frases desconexas entre-choros - que eu o amo muito, que não quero me separar dele e que se um dia ele resolver mudar de idéia, estarei esperando de braços abertos.
Era só isso que eu tinha a dizer a ele.
O restante não depende de mim.
E nada adianta ficar chorando pelos cantos, sofrendo como louca...
O amor que tenho por ele, lindo, puro e enorme, está aqui. Intacto. Ninguém me tira isso.
E, por enquanto, só isso me basta.
Deus menino renasceu em meu coração.
E eu tive um Feliz Natal.

24/12/2008

bom conselho

Sem Aviso
(Francisco Bosco / Fred Martins)

Anda
tira essa dor do peito, anda
despe essa roupa preta e manda
seu corpo deslembrar

Canta
vira dor pelo avesso
Canta
larga essa vida assim as tontas
Deixa esse desenganar

Calma
Dê o tempo ao tempo, calma
alma
Põe cada coisa em seu lugar
E o dia virá, algum dia virá
Sem aviso

então...

22/12/2008

sobre a minha tristeza

Meus amigos insistem em dizer que eu não tenho que ficar triste, que eu não posso ficar triste etc.
Eu entendo e respeito a preocupação deles comigo, mas sinceramente acho que esse momento de deglutir a dor é importante, no processo pelo qual estou passando.
Mais adiante terei o momento de repensar SIM todas as minhas atitudes e entender o que é que há de errado comigo pra eu ter feito morrer no meu amor o sentimento bom que ele nutria por mim.
Vejam bem: A pessoa por mim se encanta, me acha o mais carinhoso, compreensivo e atencioso dos seres MAS em algum determinado momento vem aquela frase "Olha, não é nada com você, tá, mas...".
Eu preciso entender o que é que me falta - ou que me sobra - que agride tanto as pessoas, que as irrita a ponto de me rejeitarem.
Se eu não descobrir isso, não terei paz.
Porque tenho a consciência de que algo muito grave eu fiz pra ter conseguido a proeza de afastar simplesmente "o homem da minha vida" de mim.
E eu tenho certeza de que ele realmente me amou de verdade.
Mas preciso saber em que momento da estrada eu fiz com que ele desistisse de mim.
E, pelo jeito, só eu mesma poderei descobrir isso.
Por enquanto, fico com minha dor.
Afinal, é como bem escreveu o Paulo Leminski e musicou Itamar Assumpção:
Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nessa dor
Ela é tudo que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

SMHDU

Hoje de manhã tive a oportunidade de acompanhar pelo rádio a entrevista do Prof. Ricardo Martucci ao Jornal da Intersom Debates. Uma espécie de "balanço" após 8 anos à frente da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano.
Foram tantas realizações que nem deu tempo de falar tudo - tiveram que interrompê-lo quando se esgotou o tempo do programa.
Me deu orgulho de ter participado de uma administração que fez tanto pela cidade...
Mas fiquei ainda mais feliz ao perceber novamente a paixão com que o Prof. fala do trabalho dele!
Eu fico contente por conhecer pessoas que são apaixonadas pelo que fazem!
Talvez isso seja uma das explicações de como conseguiram fazer TANTA coisa, mesmo com a Prefeitura quebrada.
Gratificante.

Bush

Excerto de artigo de Marcelo da Silva Duarte (in DEBATE ABERTO: A idade da mentira)
Resumo das relações EUA x América Latina na Era Bush



"Hay que endurecer..."
As relações da Casa Branca com a América do Sul não foram nada ternas, na gestão Bush.

Porém, o outrora playground político estadunidense vem diminuindo, não obstante sua crescente presença militar no continente.

A CIA montou em Assunción, durante o governo (1954-1989) do ditador paraguaio Alfredo Stroessner, uma estação de espionagem eletrônica e de rastreamento de sinais de rádio. Emissões de rádio de toda a região sul da América eram monitoradas e utilizadas pelos aparelhos repressores dos diversos ditadores de plantão de então.

Anibal Miranda, especialista em geopolítica, ainda em 2001 assegurava à imprensa "que a estação ainda funciona, no prédio da embaixada americana em Assunção".

Foi provavelmente graças a esse monitoramento que os EUA recentemente divulgaram relatório demonstrando "preocupação" com o terrorismo na Tríplice Fronteira, confluência geográfica entre Argentina, Brasil e Paraguai. De acordo com a Casa Branca, células terroristas de grupos do Oriente Médio, como o Hezbollah e o Hamas, estariam operando na região, arrecadando doações entre a comunidade muçulmana local.

O exército paraguaio executa ações conjuntas com o exército estadunidense. Em Assunción, militares dos EUA estão presentes no Centro de Instrução Militar de Operações Especiais. Em Mariscal Estigarribia há uma pista de pouso para qualquer tipo de aeronave, que serve de apoio a operações estadunidenses na região.

Segundo Maria Luisa Mendonça, coordenadora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, a estratégia estadunidense nessa região tem combinado "campanhas de propaganda sobre a suposta 'ameça terrorista', com a presença de militares estadunidenses, favorecida pelo acordo militar bilateral dos Estados Unidos com o Paraguai".

Já a estratégia militar estadunidense em geral, por sua vez, ainda segundo Mendonça, "inclui implementação de bases militares, treinamentos e presença de tropas em território estrangeiro, investimentos em tecnologias de monitoramento, espionagem e projetos de infra-estrutura. Esta estratégia está baseada em diversos pilares, desde a intervenção direta até campanhas de propaganda e difamação, passando por processos das chamadas 'guerras de baixa intensidade', que promovem a opressão e estimulam a violência contra populações de baixa renda, urbanas e rurais".

O Comando de Operações Especiais (Socom, em inglês), ainda em 2006, expandiu suas atividades para cerca de 20 países do Oriente Médio, da África e da América Latina. Desde 2003, já na administração Bush, o orçamento desse comando aumentou 60%.

Segundo o The Washington Post, entre suas missões está o recolhimento de informações para o planejamento de eventuais ações militares em países onde não há guerra ou conflito direto.

Talvez tenha sido graças a tais informações, e em nome da estratégia de estímulo a conflitos locais, que Phillip Goldberg, embaixador dos EUA na Bolívia, reuniu-se com líderes da oposição boliviana ao presidente Evo Morales, antes dos recentes conflitos racistas no país andino.

Goldberg foi expulso da Bolívia e o presidente Lula declarou apoio a Evo Morales, lembrando que a diplomacia dos EUA têm um longo histórico de ingerência nos assuntos sul-americanos.

Recentemente, Evo Morales qualificou como "vingança política" a decisão estadunidense de excluir seu país de benefícios alfandegários, unilateralmente condicionados à "luta antidrogas". Bush suspendeu isenções fiscais de que se beneficiavam produtos bolivianos no mercado dos EUA.

Integrantes do governo dos EUA também mantiveram freqüentes contatos com diversos líderes golpistas nas semanas anteriores ao golpe de estado contra Hugo Chávez, em 2002. Meses após o golpe, que foi condenado oficialmente pela Organização dos Estados Americanos (OEA), o governo venezuelano revelou a presença de navios e aviões militares americanos em seu território, durante os dias da manobra oposicionista.

George Bush também tentou "aprimorar" o "Plano Colômbia", criado pelo governo dos Estados Unidos em 2000, ainda na administração democrata.

O plano, que em tese combateria o narcotráfico na região, seria expandido a ponto de permitir a atuação dos militares estadunidenses no país sul-americano contra "ameaças à segurança nacional", tanto dos EUA quanto da Colômbia. Incluída em um apêndice do orçamento nacional que Bush apresentou ao Congresso no ano passado, essa autorização permitiria aos EUA não se restringir, na região, apenas ao combate ao narcotráfico e às guerrilhas.

As guerrilhas, segundo classificação do Departamento de Estado dos EUA, seriam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs), o Exército de Libertação Nacional (ELN) e a Autodefesas Unidas Colombianas (AUC).

Só que as AUC financiavam suas ações contra a guerrilha de esquerda com o tráfico de cocaína, tudo sob a vista grossa do presidente Álvaro Uribe, do exército colombiano e da agência estadunidense antidrogas (DEA).

Talvez tenha sido por isso que, no recente episódio de violação da soberania do Equador pela Colômbia, os EUA tenham dado apoio incondicional a Álvaro Uribe. "Democratas e republicanos devem trabalhar para estar ao lado de nosso aliado e lutar contra o narcotráfico", disse Bush na oportunidade. Tratava-se de "uma questão de segurança nacional", complementou à época.

A resolução da 25ª Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em março último, em Washington, repudiou, em seu artigo 4, "a incursão de forças militares e efetivos da polícia da Colômbia em território do Equador, na Província de Sucumbíos, em 1° de março de 2008, feita sem conhecimento nem consentimento prévio do Governo do Equador, por considerar que constitui uma clara violação dos artigos 19 e 21 da Carta da OEA".

Os EUA, evidentemente, fizeram restrições a tal artigo, argumentando que "a Colômbia exerceu o seu direito de 'legítima defesa', durante o ataque voltado contra as Farc".

A diplomacia brasileira, na oportunidade, defendeu a inegociabilidade do Artigo 21 da Carta da OEA, que trata da inviolabilidade territorial de seus estados-membros, contra a peculiar noção estadunidense de "soberania relativa", defendida dias antes por Condoleezza Rice. Segundo a lógica de Rice, o combate ao terrorismo não pode respeitar fronteiras, o que implica que, nesses casos, a noção tradicional de soberania seja substituída pela de "soberania relativa".

Um dos últimos movimentos da estratégia militar estadunidense para o continente foi a reativação de sua 4ª Frota Naval, responsável pela área marítina do Caribe e da América do Sul.

Uma das preocupações brasileiras com a reativação da 4ª Frota é que os EUA assinaram, mas não ratificaram, a Convenção de Montego Bay, da qual o Brasil é signatário. Segundo Montego Bay, o Brasil tem mar territorial de 12 milhas náuticas e Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de 188 milhas, extensível até trezentas caso haja prolongamento da plataforma continental no fundo do oceano, fato que pode ser verificado tecnicamente.

Boa parte das novas reservas de petróleo localizadas pela Petrobras se localizam na ZEE, na chamada camada pré-sal.

Paranóia? Na verdade, recentemente os EUA questionaram, perante a Comissão de Levantamento da Plataforma Continental da ONU (LEPLAC) "os valores apresentados pelo Brasil no processo de levantamento de sua plataforma continental", segundo o contra-almirante José Eduardo Borges de Souza, secretário-executivo da Comissão Interministerial para Recursos do Mar (Secirm).

De resto, desde o princípio da era Bush, a Casa Branca jamais aceitou negociar seus gigantescos subsídios à agricultura estadunidense e seu protecionismo a produtos como o aço, quando discutiu a implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Medidas compensatórias e acesso ao mercado estadunidense jamais fizeram parte da agenda de Bush para a ALCA, marcada por medidas unilaterais e pela exclusão de temas que não interessam a sua economia.

Mas que interessam, e muito, principalmente aos países do Mercosul.

Em função dessa resistência, os EUA passaram a celebrar tratados bilaterais de comércio, sobretudo com os países cujas economias são menos estruturadas, o que lhe confere maior poder de barganha sobre o conjunto do continente.

A reação latina veio na forma da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).

Ordem do dia

"Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima"


Amém!

21/12/2008

Um menininho

Ontem e hoje a Roberta e o Edson trouxeram um menininho aqui em casa. Sobrinho do Edson que está passando uns dias de férias na casa deles. Deve ter uns 7 ou 8 anos de idade.
Me apertou o coração, porque me deu saudades do "meu" outro menininho, com quem eu convivia nos finais de semana, e a quem eu já tinha aprendido a amar como se fosse da minha própria família.
Fiquei lembrando das nossas brincadeiras, dos segredos que trocamos - desde o primeiro dia em que estivemos juntos ele já me contou segredos, confiando que eu não os contaria ao pai dele e ao irmão! No último dia em que estivemos juntos ele também confidenciou algo comigo. E sempre teve certeza de que eu não trairia a confiança que em mim ele depositava.
Lembrei das palhaçadas que fazíamos juntos: das poses que ele fazia pras fotos que eu tirava, de como ele ria das coisas engraçadas que eu falava pra ele, sempre me pedindo pra repetir alguma coisa pra ele decorar o jeito que eu estava falando.
Lembrei de como ele sempre foi generoso comigo, como sempre me incluiu em tudo que fazia quando eu estava por perto, como sempre gostou de me contar das aventuras dele e dos amiguinhos na escola e no condomínio dele.
De como ele me ensinou como era aquela manobra dificílima que só alguns surfistas fazem (o tal "pé-cabeça-cabeça-pé")
Lembrei da felicidade dele me contando - sempre em tom de confidência, qdo o pai não estava por perto - como é legal a casa da vó dele (isso ele me contou no caminho quando pela primeira vez eu estava indo com ele conhecer a casa da vó e a própria vó dele). Parece que queria me tranqüilizar. Lá no meu íntimo eu estava morrendo de medo do que ela poderia achar de mim. E se ela não gostasse de mim??? Pois o menininho queria que eu soubesse que era impossível que eu não fosse gostar da casa dela e dela, pq eles eram a casa e a avó mais perfeita que alguém pode ter! E dá até pra dividir com outras pessoas! Dá pra todo mundo se sentir bem, lá naquela casa!
E eu também lembrei de todos os planos que eu fiz incluindo ele. Lembrei das muitas vezes em que fiquei imaginando nossa relação em todas as idades dele. Em que fiquei torcendo para que ele sempre fosse doce comigo - até mesmo quando ele estivesse naquela fase difícil da adolescência, em que a gente não quer falar ou estar com ninguém. Pensei que mesmo nessa fase, talvez por ele ser tão especial, ele fosse abrir uma concessão de ser doce e educado comigo como sempre foi. Lembrei de como fiquei sempre torcendo para que ele fosse capaz de perceber nos meus gestos que eu realmente gostava dele, de verdade. Mesmo quando eu estivesse na TPM - o que me deixa, por incrível que pareça, muito mais chata e implicante do que eu já sou normalmente. Porque, obviamente, em palavras acho que nunca serei capaz de dizer isso a ele. Eu sou aquela que não fala. Eu sou aquela que chora. Sempre.
Com certeza ele driblou toda a minha falta de jeito em lidar com criança. Ele me cativou desde o primeiro dia. Às vezes eu me sentia a criança da história, porque ele sempre mostrou uma maturidade invejável - e eu muitas vezes fraquejei, do alto do meu egoísmo, da minha imaturidade e dos meus descontroles hormonais. Eu acho que ele me fez amadurecer muito.
Pode ser que eu nunca mais volte a vê-lo ou a estar com ele.
Mas um dia eu espero ter oportunidade de fazer com que ele saiba o quanto foi importante pra mim.
Um menininho de alma gigante.
Que Deus o proteja e ilumine seu caminho, sempre, sempre!

A Felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
(...)
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
(...)

(Tom Jobim / Vinicius)

20/12/2008

Luzes de Natal

Ontem, por um momento, se acenderam todas as minhas luzinhas de Natal.
E naquele momento, quando encostei minha cabeça no peito largo do meu amor e senti os dedos dele acarinhando meus cabelos, desejei sinceramente que o tempo parasse. E que eu pudesse ficar ali pra sempre. Longe de tudo: da angústia, do abandono, de todos os problemas e de todas tristezas.
Mas infelizmente nem todos os desejos de Natal se realizam - e talvez eu tenha mesmo abusado e desejado alto demais!
E então todas as luzes se apagaram...
E voltei pra casa...
E deitei na minha imensa cama sozinha, na companhia unicamente de Deus.
E dormi chorando.
Porque se apagaram as minhas luzes de Natal.

19/12/2008

nota cômica da semana

A nota cômica da semana foi o fato de o presidente do nosso sindicato ter ganho o primeiro prêmio do bingo promovido por ele mesmo - e, claro, NÃO ter devolvido o prêmio.
Dispensa maiores comentários.

nota triste da semana

A nota triste da semana ficou por conta do assalto que minha cunhada sofreu ontem, na casa dela, a mão armada.
Muito triste todo o episódio, mas ao mesmo tempo uma sorte não ter ocorrido nada grave com ela, pois estava sozinha e teve o perigoso lampejo de querer reagir ao assalto.
Sorte que Deus é maior e colocou a mão sobre todos.
Inclusive sobre meu irmão, que quis dar uma de super-herói (atitude com que eu, sinceramente, não concordo).

nota feliz da semana

A nota feliz da semana ficou por conta do chamado que minha irmã Roberta recebeu para assumir uma vaga no SESI de Porto Ferreira. Essa vaga é referente ao Concurso Público que ela havia prestado em abril - e no qual ela foi aprovada em primeiro lugar.
Além do orgulho e da felicidade de ver minha irmã progredindo na vida profissional dela, fiquei particularmente feliz porque fui eu quem enviou pra ela o edital do concurso!
Também me senti vitoriosa por essa conquista!
Parabéns e muitas felicidades, irmã! Sucesso sempre, que você merece!!

dia nervoso

Hoje o dia está TENSO e NERVOSO no trabalho.
Deus, dai-me paciência e muita tranqüilidade para manter a linha até às 18h.

Reviravolta

A mesa da Câmara dos Deputados devolveu ontem a PEC 333 (número "meio besta" esse, não?) ao Senado. Isso quer dizer que ainda está indefinida a entrada dos "novos" 8 vereadores à Câmara em São Carlos a partir do próximo 01/01.
Imaginem como está o clima político em São Carlos.
Até anúncio de Secretariado foi suspenso.
Seguuura, peão.

18/12/2008

lyrics

Every Time You Go Away
(Paul Young)

Hey! If we can solve any problem
Then why do we lose so many tears
Oh, and so you go again
(...)
Always the same thing
Can't you see, we've got everything goin' on and on and on
Every time you go away you take a piece of me with you
Every time you go away you take a piece of me with you
Go on and go free, yeah
Maybe you're too close to see
I can feel your body move
(...)
I can't go on sayin' the same thing
Just can't you see, we've got everything do you even know
We
Know
Every time you go away you take a piece of me with you, oh
Every time you go away you take a piece of me with you
I can't go on sayin' the same thing
'Cause baby, can't you see, we've got everything goin' on
And
On and on
Every time you go away you take a piece of me with you
Every time you go away you take a piece of me with you

Tá pegando fogo!

É forte a efervescência política no cenário São-Carlense.
Além da "perrenga" (mais uma) entre o Deputado Federal da cidade e o Prefeito, o Senado aprovou ontem uma PEC que permitirá o aumento - já em 2009 - do número de vereadores em São Carlos - de 13 para 21.
Aliás, o tal entreveiro entre o Prefeito e o Deputado é muito engraçado de se ouvir. A troca de farpas entre os dois hoje de manhã na rádio foi hilária!
Quanto ao aumento no número de edis, voltarão velhas raposas e estrearão novos personagens. Com certeza será bem interessante acompanhar o desenrolar dessa história.
Some-se a tudo isso, para completar a efervescência, que está marcado para amanhã o anúncio do novo Secretariado Municipal.
Os nervos estão à flor da pele, para alguns.
Outros - meu caso - observam da platéia e se divertem com a movimentação.

17/12/2008

alquimia socialista

A alquimia socialista

É curioso: os banqueiros do mundo estão lendo Marx, tentando discernir o que aconteceu. As esquerdas estão relendo Keynes, tentando discernir o que fazer. As fórmulas químicas das revoluções dançaram. Agora é preciso estudar alquimia.

Flávio Aguiar

A notícia não podia ser pior para as direitas: segundo o Datafolha, o presidente Lula está com 70% de popularidade, e com uma avaliação mais positiva na área econômica do que na social...

E para as esquerdas?

Alguns setores, sobretudo aqueles mais à esquerda, a notícia também é uma catástrofe. O presidente Lula com certeza é o que mais galvaniza a população, desde os tempos idos de Juscelino e de Vargas.

O paradoxo que essa situação encerra é a de que, de certa forma, o presidente está cumprindo o "programa real" com que as esquerdas renasceram de suas próprias cinzas ao final dos anos da década de 1970.
Quem compôs "essas ou aquelas esquerdas" de então? Façamos o rol:

1) A base mais ampla foi a das lideranças das novas massas de trabalhadores, sobretudo metalúrgicos, bancários, uma vasta parcela de funcionários públicos que dinamizaram suas associações corporativas, que foram se transformando em entidades sindicais, mais outros setores dinâmicos do espaço urbano. Desses setores nasceu, além do partido de esquerda que então galvanizou os esforços, o PT, também a CUT.

2) Remanescentes dos grupos de esquerda da resistência à ditadura militar, armada ou não. Muitos saíam da prisão, outros voltavam do exílio, ainda outros emergiam do exílio interno a que a ditadura os condenara. Entre esses setores, na sua reorganização, desempenhou papel fundamental o espaço da imprensa alternativa, criado a partir do fim dos anos 60 e começo dos 70. Recordo aqui, apenas como um exemplo, o grande racha do Jornal Movimento, em abril de 1977. Muitos dos que saíram do jornal naquele momento acabaram comprometidos com o PT e a CUT; muitos dos que ficaram no jornal se comprometeram com a sustentação do futuro PMDB, pelo menos naquele momento.

3) Um setor acadêmico de expressão radical, muito crítico em relação às políticas trabalhistas de antanho e as linhas do Partido Comunista, que deu cobertura intelectual aos demais.

4) Grupos egressos ou ainda imersos nas comunidades eclesiais de base, e também da baixa hierarquia da Igreja Católica.

5) Lideranças dos trabalhadores rurais dos mais variados tipos: meeiros, bóias-frias, sem terra, pequenos proprietários endividados ou em risco de perder suas terras, enfim, um setor de trabalhadores que tradicionalmente não tivera ampla expressão política ou a tivera de modo precário.

É interessante observar que, embora se falasse muito em socialismo, nenhum desses setores, ao se tornar preponderante em administrações que essas esquerdas foram conquistando através do voto, defendeu, pregou ou implementou alguma política de caráter socialista. As resultantes dessas forças em jogo, no tabuleiro da política brasileira, sempre foram políticas de caráter social democrata avançado. Quem quiser saber o que entendo por política social democrata avançada, sugiro que leia, ao invés de algum manual, a entrevista que Thomas Mann deu a Erico Veríssimo em 1941, nos Estados Unidos, e que está em seu livro "Gato preto em campo de neve", da Cia. das Letras.

O socialismo sempre foi uma arma semântica interna, esgrimida nos debates e confrontos internos dessas esquerdas, ou nos seus confrontos externos, conforme elas foram se diversificando através das dissensões e dos rachas que se seguiram. Ao mesmo tempo deve-se considerar que:

1) Ao mesmo tempo em que essas esquerdas cresciam no Brasil e em outros países da América Latina, com resultados eleitorais cada vez maiores, crescentes e mais abrangentes, caía o Muro de Berlim, dissolvia-se a União Soviética, dos países do Leste Europeu emergiam nações e antigos nacionalismos xenófobos engolfados por um capitalismo mais selvagem do que o latino-americano, a China transformava-se na maior potência capitalista emergente e a África mergulhava num destino sombrio de devastação, guerras e ditaduras sinistras, sempre supervisionadas pelo Ocidente vitorioso, contrabalançado pela emergência da África do Sul. No Sudeste Asiático as experiências socialistas do Vietnã e do Camboja dissolveram-se num capitalismo de sobrevivência, para remediar as feridas que as guerras (vitoriosas) contra os Estados Unidos e a França tinham semeado.

2) A social democracia européia e seus congêneres socialistas capitulavam teórica e praticamente perante o Consenso de Washington, passando a defender as teses que fizeram o encanto do tucanato peefeélico durante o primeiro e o segundo reinado de Fernando Henrique Cardoso e o império da hegemonia neoliberal defendida pela mídia.

3) No Oriente Médio. Israel aprofundou seu rompimento com a ONU que o criara e também seu caráter de ponta de lança dos Estados Unidos na região, ainda que com idéias próprias, por vezes mais perigosas do que as do seu mentor. Também rompeu os últimos laços com qualquer idéia de socialismo democrático que os Kibutzin representavam. Os países árabes da região, na maioria, afundaram-se em suas contradições e disputas internas, continuaram-se ou se transformaram na maioria dos casos em ditaduras não-esclarecidas e foram incapazes de qualquer ação conjunta que promovesse o direito do povo palestino a um estado independente. Todas as iniciativas de paz na região, depois de um breve interregno de sucesso, sobretudo retórico, foram sabotadas, quer pela direita israelense, quer pelos movimentos palestinos mais sectários.

4) No mundo islâmico e árabe os movimentos nacionalistas ou de tintura socialista do pós-guerra soçobraram, pressionados pela enorme repressão interna ou externa que sofreram. O caso do Iraque é extremo, mas emblemático: Saddam Hussein, que surgira como um líder do partido Baath, de tendência socialista, chegou ao poder, instalou uma ditadura familiar férrea que depois se voltou contra a própria família, e fez-se uma verdadeira ponta de lança norte-americano contra o Irã. Julgando-se mal recompensado por seus serviços prestados ao ex-inimigo, invadiu o Kuwait e caiu em desgraça, acabando eliminado em meio a uma das maiores farsas já montadas no mundo, a de que teria armas de destruição em massa (se tivesse, fora a CIA quem lhas dera).

Em lugar dos movimentos nacionalistas de inspiração nasserista, ou como o de Ataturk, na Turquia, emergiram ditaduras ferozes ou movimentos islâmicos tão fundamentalistas em suas crenças num pensamento único quanto os movimentos dos adoradores do Supremo Mercado Todo Poderoso no Ocidente. Enquanto isso, nos estertores da Guerra Fria, a CIA patrocinava e estimulava movimentos e seitas como a dos Talebãs, no Afeganistão, e o de Osama Bin Laden, para se anteporem à União Soviética. Depois, os Estados Unidos e outros países, como a Grã-Bretanha e a Espanha, provaram do veneno que os serviços norte-americanos de inteligência amamentaram e deixaram de herança para o nosso século XXI.

5) A Igreja Católica passou de um papa minorita radical (João Paulo I), cuja morte até hoje é um dos mistérios dolorosos do rosário de enigmas do século XX, para um papa midiático, de direita, João Paulo II, que orquestrou com Ronald Reagan uma estratégia política que teve sucesso em colher os frutos da débâcle comunista, em conter a Teologia da Libertação, em desarticular as conexões internacionais e hierárquicas dos movimentos eclesiais de base (embora não os desarticulasse), e em emparedar vários dos movimentos de resistência na América Latina, como as Madres da Plaza de Mayo e os das vítimas da ditadura chilena.

6) Enfim, o cenário da esquerda mundial era o de devastação e desamparo, prático e teórico. Visto da América Latina, onde permaneceu de pé a única experiência que de fato continuou socialista (Cuba), como uma espécie de reserva ecológica, o mundo tornara-se uma cortina de descaminhos e impasses, enquanto bandas triunfais na mídia e em vários governos entoavam cânticos sacros destinados a enaltecer o fim dos "Estados Máximos" e também o da História. Nessa cantoria desatinada, naufragaram a Argentina, o México e suas economias.

Nesse quadro, o que se deve perguntar é pelo que fez com que esse quadro de desalento e desarvoração não devastasse por inteiro a América Latina. Certamente não foi "apenas" a qualidade ou a vontade de seus líderes, por demais contestadas pelos seus opositores de esquerda que vêem neles os traidores de seus princípios originais. O que quero sugerir com isso é que o primeiro caminho para as esquerdas sem manterem à esquerda, é tentar entender o que aconteceu nestas terras. Certamente foi algo que não estava previsto nos esquemas de pensamento tradicionais no mundo à esquerda. Até mesmo porque muitos dos movimentos radicais do fim do século XX e do começo do XXI na região vieram de setores sociais que eram conspìcuamente apontados como inimigos do proletariado e da revolução: desempregados, sem teto, sem terra, índios que compunham uma espécie de lumpesinato andino, e assim por diante.

Outra coisa a analisar é a natureza desses movimentos sociais e políticos que até agora têm tido sucesso em construir alternativas – as únicas em escala continental hoje no mundo – à práxis da hegemonia neoliberal. São várias essas alternativas, são variegadas as tipologias e as "topografias" políticas desses movimentos, mas elas e eles têm algo em comum.

Apontam para uma "revolução republicana" em escala continental, uma vez que as repúblicas instauradas no continente, na esmagadora maioria, foram repúblicas oligárquicas. Prova disso é que a maioria esmagadora dos movimentos políticos inclusivos ou re-distribuidores do poder político foram, até pouco tempo, conduzidos por líderes carismáticos, caudilhescos, autoritários, mais ilustrados, ou menos. A lista é impressionante: Perón, Vargas, Lázaro Cárdenas, Vargas de novo. O liberalismo, nas Américas Latinas, foi um dos menos liberais do mundo, sem falar que a maioria dos nossos liberais corriam para dentro do primeiro tanque que passava quando sentiam seus privilégios ameaçados.

Agora, no alvorecer do século XXI, o que se tenta, contra toda a história tradicional do continente, é construir desenvolvimento e transferência de renda com democracia. O que possibilitou isso? Em que os movimentos do fim do século XX diferiram dos outros anteriores?

Uma sugestão interessante é a de verificar se mudou o caráter, na prática, dos projetos de modernização do continente, se aqui estão, quem sabe, se construindo a trancos e barrancos modelos não de todos previstas nas plantas originais. Um dos estudos mais interessantes nessa direção é o de Sérgio Buarque em Raízes do Brasil, setenta e tantos anos atrás. Ao mesmo tempo em que critica o tradicional patrimonialismo da vida pública brasileira, mostra que as então "modernidades dos outros" (a capitalista, a comunista e a nazi-fascista) não nos servem. Estamos condenados a pensar e achar a nossa própria via. Será que é algo parecido com isso que está acontecendo agora? Teríamos de rever até mesmo a situação descrita por Sérgio Buarque, conforme interessante hipótese levantada por Walnice Nogueira Galvão em seminário sobre Guimarães Rosa, em Berlim, na semana passada. O Brasil "era" o país da modernidade emperrada. Agora, seja o que ela for, essa modernidade se desemperrou, e ela não estava prevista tanto nos manuais do Consenso de Washington quanto nos tradicionais da esquerda. Por isso o sucesso de Lula deixa todos perplexos: é como o cascudo, que não pode voar, mas contra a gramática da física, avoa.

De qualquer modo, esses últimos sucessos deixaram os esquemas teóricos da esquerda – os econômicos inclusive – desarmados. Claro, gritar contra a taxa de juros do Banco Central faz bem. Mas não é suficiente. O que fazer, não apenas tática, mas estrategicamente?

Assim como a hegemonia neo-liberal dos anos 80 – 90 levou, no Brasil, as esquerdas à defesa empedernida das conquistas dos trabalhadores na CLT que antes tanto malharam, considerando-a equivocadamente de inspiração fascista, agora a crise financeira tem levado essas mesmas esquerdas ao elogio de Roosevelt, do necessário novo New Deal e de um novo acordo de Bretton Woods, tudo isso garantido pelos Estados que antes queríamos destruir. É curioso: os banqueiros do mundo estão lendo Marx, tentando discernir o que aconteceu. As esquerdas estão relendo Keynes, tentando discernir o que fazer.

É claro que esses impasses em que nos encontramos sugerem a necessidade urgente de administrá-los, e isso é imperioso tanto para o governante de plantão quanto para o partido à esquerda que quer ganhar manter ou ganhar votos e postos nas próximas eleições. Mas duas outras tarefas urgentes estão no horizonte: é preciso pensar e repensar o que significa hoje o socialismo não como alternativa do passado (que, apesar de tudo, é no que se continua pensando), mas como alternativa de futuro.

Isto é, é necessário pensar o que essas alternativas desenhadas contra tudo e contra todos na América Latina trazem de novo, de imprevisto, de não codificado nos esquemas anteriores, sejam os da reforma social-democrata ou os da revolução apocalíptica. Talvez até um novo conceito de revolução esteja sendo construído. O nosso era e é ainda herdeiro do assalto ao Palácio de Inverno (hoje, significativamente, um grande Museu da humanidade), daquele ponto zero que tudo redime e tudo reinicia. Parece que hoje as coisas não se passam mais bem assim. Então como se passam? Passam-se com quem, ou, afrontando mais uma vez a gramática política, com quens? Quens são hoje, e comos e por quês, os agentes da transformação que está em curso?

Por que as fórmulas químicas das revoluções dançaram. Agora é preciso estudar alquimia.

15/12/2008

medida provisória

Queria que o Governo editasse uma Medida Provisória proibindo a existência de sábado e domingo.
Pelo menos até que parasse de doer.

13/12/2008

dor

E de repente toca uma música...
E eu sinto uma dor tão forte e latente, um aperto no meu peito...
E aquela força toda que eu estava me esforçando pra acreditar que eu tenho (e que muitas vezes outras pessoas me disseram que me admiram porque acham que eu a tenho), de repente ela parece deixar de existir... Parece que eu só tenho força pro meu peito doer com mais força...
E a música que ouvi, por mero acidente, passa a ficar pra sempre encravada na trilha sonora da minha tristeza.
Tristeza sem fim.

Música
(Liminha / Vanessa da Mata)

Nosso sonho
Se perdeu no fio da vida
E eu vou embora
Sem mais feridas
Sem despedidas
Eu quero ver o mar

Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música

Nosso mais belo plano
Desperdiçado
Nossos beijos de outrora
Foram guardados
Nossas juras de amor
Já desbotadas
Nossa graça e vontade
Derretem na chuva

Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música

Um costume de nós
Fica agarrado
As lembranças, os cheiros
Dilacerados
Nossa bela história
Está no passado
O amor que me tinhas
Era pouco e se acabou


Prometi a mim mesma que dessa vez só pediria a Deus que me desse serenidade e resistência para ACEITAR o que Ele reservou pra mim. Mas não posso, não consigo... Simplesmente não consigo não pedir a Deus que essa situação se reverta. Talvez seja egoísmo, infantilidade de minha parte, ou reflexo da tristeza que sinto agora... Mas simplesmente não consigo sufocar dentro de mim esse sentimento. Por tudo que é mais sagrado, meu coração não aceita pagar um preço tão alto por querer tanto ser e fazer alguém feliz.

12/12/2008

crise

Um ponto de vista bastante interessante!













E uma amiga minha complementou:
SE PENSAR POSITIVO, ATRAIRÁ BOAS NOTÍCIAS
SE PENSAR NEGATIVO, TERÁ PÉSSIMAS NOTÍCIAS...
ESTE É O SEGREDO: "TUDO É ESPELHO DO NOSSO SENTIMENTO!"

11/12/2008

Papai Noel existe?

Foi no natal de 1897 - que Virgínia O’Hanlon Douglas, uma garotinha de 8 anos, filha de um médico de Nova York escreveu para o jornal The Sun perguntando se Papai Noel existia.
O jornal publicou sua carta e a resposta do editorialista Francis Church, foi um sucesso tão grande que o The Sun reproduziu-as durante os anos seguintes, na época do Natal, até o seu último número em 1949. O fato se tornou tão famoso na imprensa mundial, virou livro com recorde de venda nos Estados Unidos.


Editorial do The Sun, 1897

É com enorme prazer que respondemos à carta abaixo, aproveitando para expressar nossa enorme gratidão em reconhecer sua autora como fiel amiga do The Sun.

Prezado Editor : Tenho 8 anos, alguns dos meus amiguinhos dizem que não existe Papai Noel. Meu pai costuma falar: “Se estiver no The Sun, então será verdade.” Por favor, me diga a verdade, Papai Noel existe?

Virgínia O’Hanlon



Virgínia, seus amiguinhos estão errados.

Provavelmente foram afetados pela descrença de uma época em que as pessoas acreditam em poucas coisas. Só acreditam naquilo que vêem. Eles acham que o que não compreendem com suas cabecinhas não pode existir.

Todas as mentes, Virgínia, sejam dos adultos ou as das crianças, são limitadas.

Nesse nosso grande universo, o homem é um mero inseto, uma formiguinha, quando seu intelecto é comparado com o infinito que o cerca ou quando medido pela inteligência capaz de entender toda a verdade e conhecimento.

Sim, Virgínia, Papai Noel existe.

Isso é tão certo quanto a existência do amor, da generosidade e da devoção, e você sabe que tudo isso existe em abundância trazendo mais beleza e alegria à nossa vida.

Ah! como seria triste o mundo sem Papai Noel!

Seria tão triste quanto não existir Virgínias. Não haveria então a fé das crianças, a poesia e a fantasia para fazer a nossa existência suportável.

Não teríamos alegria nem prazer a não ser com os nossos sentidos: seria preciso ver e tocar para poder sonhar.

A transparente luz das crianças, com a qual inundam o mundo, seria apagada.

Não acreditar em Papai Noel!… É o mesmo que não acreditar em fadas!

Você poderá pedir ao seu pai para contratar muitos homens para vigiar todas as chaminés na véspera de Natal e assim pegar Papai Noel; mas, mesmo que você não o visse descendo por elas, o que isso provaria?

Ninguém vê Papai Noel, mas não há sinais de que ele não existe.

Você por acaso já viu fadas dançando no jardim?

Claro que não, mas não há provas de que elas não estejam por lá.

Ninguém pode conceber ou imaginar todas as maravilhas do mundo que nunca foram vistas e que nunca poderão ser admiradas.

As coisas mais reais do mundo são aquelas que nem as crianças nem os adultos podem ver. Se quebrarmos o chocalho de um bebezinho, poderemos ver o que faz aquele barulho lá dentro, mas existe um véu cobrindo o mundo invisível, que nem o homem mais forte, nem mesmo toda a força de todos os homens mais fortes do mundo reunida poderia rasgar.

Somente a fé, a poesia, o amor e a fantasia podem abrir essa cortina e desvendar a beleza e a glória celestiais que existem por trás dela.

Será que tudo isso é real?

Ah, Virgínia, em todo este mundo não existe nada mais real e duradouro.

Se Papai Noel existe?

Graças a Deus ele vive e viverá para sempre.

Daqui a mil anos, Virgínia, e ainda daqui a dez mil anos ou dez vezes esse número ele continuará a fazer feliz o coração das crianças.

Fernando Pessoa

Refleti muito sobre minha necessidade de me preservar mais, deixar de me jogar de cabeça em tudo que faço - porque cair de cabeça machuca mesmo, e quanto mais alto, tanto maior o tombo.
E eis que me chega um cartão com o seguinte trecho do Ricardo Reis:

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive".
(Ricardo Reis)

Será que é Deus, me respondendo?
Acho que vou continuar sendo assim: só emoção, paixão em tudo que faço.
Afinal de contas, essa é minha essência.
Nem que eu tenha que ser só, pra ser inteira.

dormir, dormir, dormir...

10/12/2008

Nenhuma cor.
Breu total.

Hoje

HOJE

Sair de mim para buscar outro caminho

e me encontrar

Soltar o leme do barco e deixá-lo seguir à deriva

só pra variar.


(Cleidinis Timoteo)

nada vai mudar isso

Nada vai mudar isso
(Paulinho Moska)

O meu amor partiu
Cansou dos meus vícios
E mesmo que amanhã ele volte com outro feitiço
Hoje meu amor partiu e nada vai
Nada vai mudar isso

Nada vai mudar minha cama grudada em mim
Nem meu rosto inchado de mágoa
O sol se escondeu lá fora
Atrás de uma nuvem de água

Nas paredes nossa história
E no teto a minha tela de cinema
E nela eu ainda vejo o nosso esgrima de línguas
Nossos raios, nossa antena

O meu amor se expulsou de mim
Cansou dos meus vícios
Eu sei que amanhã ele volta com outro feitiço
Mas hoje o meu amor partiu e nada vai
Nada vai mudar isso

adjetivos

sozinha
rejeitada
triste
fracassada
dolorida

frustração

Ontem estava tão animada com a eleição do sindicato... Fui toda eufórica ao ginásio pra votar, carteirinha funcional em punho, no maior calorão que estava no meio de tarde.
E eis que cheguei lá e fiquei com a maior cara de "ué": descobri que não podia votar porque ainda não faz três meses que sou sindicalizada.
Que droga!
Minha chapa preferida perdeu um voto!
Vai ter que ficar pra próxima.

09/12/2008

como uma luva


Sempre Não é Todo Dia
(Oswaldo Montenegro/Mongol)

Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Olhei pro meu espelho e "rá!"
Gritei o que eu mais queria
Na fresta da minha janela
Raiou, vazou a luz do dia
Entrou sem me pedir licença
Querendo me servir de guia
E eu que já sabia tudo
Das rotas da Astrologia
Dancei, e a cabeça tonta
O meu reinado não previa
Olhei pro meu espelho e "rá!"
Meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Botei o meu nariz a postos
Pro faro e pro que vicia
Senti teu cheiro na semente
Que a manhã me oferecia
Olhei pro meu espelho e "rá!"
Meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
E eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia

08/12/2008

pequenos gestos, grandes efeitos

De todos os momentos maravilhosos de meu final de semana perfeito, o que mais me emocionou foi o abraço gostoso e as palavras carinhosas que ganhei do meu amor no sábado à tarde, lá na pista de aeromodelismo.
Uma sensação indescritível. Sublime.
São esses pequenos gestos de delicadeza da pessoa que a gente ama que ficam gravados na nossa alma. Pra sempre.

O doce sabor da crise

Tricolor Hexacampeão Brasileiro


E viva o nosso querido TRICOLOR!!!

05/12/2008

Deglutindo a falsidade

Já aconteceu há alguns dias, mas eu estava digerindo a decepção (indignação) antes de tecer qualquer comentário.
Detesto gente falsa. Abomino. Acho que a falsidade é a pior forma de falta de respeito ao próximo que existe.
A pior faceta da falsidade é que o falso subestima a inteligência do outro.
Acredito (e respeito) o sagrado direito do Livre Arbítrio, pelo qual a pessoa decide se quer ou não relacionar-se com outras, se quer ou não cultivar amizades, se quer ou não estabelecer laços de afeto. Seguindo o mesmo raciocínio, cada um decide se quer ou não atender ao telefone quando um amigo liga - mesmo porque são respeitáveis as situações em que se está fazendo outra coisa: ninguém é obrigado a estar disponível quando alguém liga, isso é plenamente compreensível na rotina que temos hoje.
Mas o que dói são situações como a que me ocorreu. Após essa tentativa de contato, estar ao lado de uma terceira pessoa quando aquela com quem se tentou falar liga (para a terceira) - horas depois de sua tentativa de estabelecer o primeiro contato. Até aí, tudo bem. Só que, 2 dias depois de minha (tentativa de) ligação, recebi uma cínica mensagem desse remetente, dizendo que passara 2 dias fora de casa e por isso "só viu minha mensagem tarde da noite, ficando sem jeito de ligar etc". Em casos assim, você percebe nitidamente que a pessoa não quis falar com você - tudo bem, direito dela - mas o que ofende é a desculpa esfarrapada. A mentira que, antes de ser contada, pela sua simples presença ao lado de quem recebeu a outra ligação, já estava desmascarada. A troco de quê a desculpa esfarrapada? Se tivesse ficado em silêncio - simplesmente sem responder à minha ligação - eu teria respeitado e em hipótese nenhuma acharia ruim por não termos nos falado. Mas a mentira é o que magoa. Subestimar a minha inteligência - e os meus sentimentos - é o que magoa.
Mas é bom que eu passe por esse tipo de situação.
É bom porque, muitas vezes, essa minha ingenuidade de confiar e acreditar cegamente em pessoas que mal conheço (a bem da verdade), essa mania que tenho de achar que todo mundo é bonzinho, sincero e amigo... Essas minhas manias me irritam profundamente. Porque, no final das contas, a magoada sempre sou eu. Os falsos deitam suas cabeças em seus travesseiros e dormem o mais plácido dos sonos.

momento de reflexão

De uma mensagem que recebi hoje por email:

As circunstâncias ou as pessoas podem nos tirar as nossas posses materiais, podem levar o nosso dinheiro, e podem levar a nossa saúde. Mas ninguém pode nos tirar as posses mais valiosas: NOSSAS LEMBRANÇAS! Então não esqueça de tirar tempo e de ter uma chance para se encher de lembranças a cada dia. Um amigo me enviou isto para me fazer lembrar do seguinte: “Cada lembrança é um tijolo que constrói a minha vida”.

01/12/2008

Dezembro chegou!

Dezembro chegou!!
E, com ele, inicia-se aquele famoso período de reflexão de final de ano. Começa o período de "Balanço".
Hoje, ao chegar ao trabalho, abri no email uma mensagem linda da minha amiga Andréia - certamente uma das gratas surpresas que 2008 me trouxe: uma nova amiga (e das boas).
Dessa mensagem separei apenas uma parte, que resolvi deixar aqui para fomentar esse período de "balanço" que ora se inicia:

"O futuro esplêndido que lhe aguarda se materializará à medida em que esquecer o passado e superar os obstáculos. Não se pode seguir adiante sem antes aprender-se com os erros pregressos e livrar-se da amargura que permeia o coração".


Dezembro chegou.
Que venha o futuro!
E que fique pra trás a amargura que o mundo às vezes teima em nos imprimir.