28/04/2007

Arvrinhas, arvrinhas! :)


Ultimamente eu tenho pensado bastante na forma como muitas pessoas em São Carlos encaram certas coisas.
Por exemplo, o são-carlense e as árvores.
Ainda antes de eu vir trabalhar na Administração isso já me chamava a atenção. Houve uma vez, naquela época, em que um cara que eu conheço ia montar um negócio no centro da cidade. Alugou um imóvel muito bem localizado e iria fazer uma reforma para adequá-lo às suas necessidades. Qual a primeira providência a tomar?? Cortar duas árvores (lindas) que ficavam defronte ao prédio, porque segundo ele essas duas árvores "matavam toda a fachada do negócio". E mais, acrescentou em sua fala, sem o menor pudor, que se a prefeitura desejasse, ele plantaria mais duas árvores pra cada uma que ele queria cortar, desde que fossem "na frente do prédio do concorrente", logicamente. Cortou as dele, mas não plantou nenhuma, nem na frente do concorrente. Aliás, acho que até hoje não plantou nem um pé de maria-sem-vergonha. Sem comentários, né?
Outra: logo que comecei aqui, por estar então "na prefeitura", uma parente minha me ligou pedindo orientação sobre quem ela devia procurar pra cortar uma árvore na frente da casa da vizinha - a vizinha havia se mudado, a árvore ficou, e a minha parente queria se livrar da árvore. Motivo alegado: "Ah, essa árvore faz muita sujeira na frente da minha casa! Se a vizinha foi embora, eu é que não vou ficar limpando a calçada!!". Sem comentários de novo!
Agora, mais recentemente, outro exemplo. Há cerca de duas ou três semanas, um senhorzinho já até de uma certa idade, sobrenome tradicional na cidade, conhecido das autoridades da PMSC, começa a ligar aqui, insitentemente, porque o filho dele comprou uma casa no centro da cidade e ele vai reformá-la. Ligou aqui, em nome da amizade dos velhos tempos com algumas autoridades, pra pedir pra "agilizar o processo de corte de árvore" que ele deu entrada por vias normais, na prefeitura. Motivo alegado: "as duas árvores estão cheias de brocas (doentes) e não têm mais muito tempo de vida". Só que eu fui atrás do processo, conversei com a pessoa responsável pelo manejo das árvores e - surpresa! - as árvores estão vendendo saúde. O que nos leva a deduzir que o real motivo da solicitação deve ser parecido com os dois casos anteriores que eu citei aqui.
Eu fico tão chocada com essas coisas!
Eu, como são-carlense, quando comecei a conhecer outras cidades e a compará-las com a minha (que eu amo de paixão), sempre senti falta de mais ruas arborizadas por aqui. Como eu acho agradável as praças cheias de árvores! Como é delicioso passar - de carro ou a pé - pela Rua Larga, com aqueles Flamboyants gigantes fazendo uma sombra maravilhosa - sem contar no espetáculo visual quando eles estão floridos. Como é ótima a sensação de percorrer aqueles 100 metros do quarteirão da Rua Geminiano Costa que fica entre a R. Dona Alexandrina e a Av. São Carlos...
Por isso eu fico "me achando" com as iniciativas da nossa adinistração. Entre outros programas, começou com o Projeto Plantando o Futuro, que plantou centenas de mudas de araucárias (nossa árvore-símbolo), especialmente junto às nascentes. Depois veio a lei municipal que tornou imunes ao corte algumas árvores centenárias - antes que alguém tivesse a "brilhante idéia" de colocá-las no chão, a arborização da Av. Bruno Ruggiero (tô louca pra ver quando aqueles ipês todos começarem a florir, vai ficar espetacular!) e mais recentemente o Projeto Rua Viva, que está espalhando árvores pelas calçadas das ruas - principalmente as centrais, que mais parecem desertos, sem uma arvorezinha sequer. Mas diante de atitudes como a do senhor que citei logo acima, que é um homem bem esclarecido, mas se comporta como um primata, eu ainda fico decepcionada com os meus conterrâneos.
Eu quase morri de inveja, na semana retrasada, vendo o programa Via Brasil, da Globonews. Uma professora aposentada em uma cidade de outro estado - lógico que não vou lembrar agora nem o nome da mulher e nem o da cidade - arboriza as ruas da cidade onde ela mora. Sai às ruas, conversa com os moradores, consulta até a cor da árvore que o dono de cada casa prefere que seja plantada em sua calçada e transforma a cidade na coisa mais linda. Quase morri de inveja. Era isso que eu queria que acontecesse aqui: mudança de atitude. Mudança de consciência.
Gente, vamos salvar nossas árvores! Vamos deixar nossa cidade mais gostosa de se viver!

And always will be...


Há certas músicas que doem dentro da gente.
Quando eu comprei meu cd da Dido eu ouvi muuuuito e algumas músicas doeram muuuuito todas as vezes que eu ouvi.
Depois abandonei o Cd por uns tempos - pra ver se ia parar de doer, ou se ao menos a dor seria um pouquinho diferente.
Hoje eu fiz o teste.
Continua doendo. Muito. E do mesmo jeito.
Mas eu não acho isso ruim. De verdade, mesmo.
O amor é meu. Ninguém me tira isso.

White Flag
(Dido)

I know you think that I shouldn't still love you
Or tell you that
But if I didn't say it
well I'd still have felt it
where's the sense in that

I promise I'm not trying to make your life harder
Or return to where we were

But I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door,
I'm in love and always will be

I know I left too much mess
and destruction to come back again
And I caused nothing but trouble
I understand if you can't talk to me again
And if you live by the rules of "it's over"
then I'm sure that that makes sense

But I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door,
I'm in love and always will be

And when we meet
Which I'm sure we will
All that was there
will be there still
I'll let it pass
and hold my tongue
And you will think
that I've moved on


I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be

19/04/2007

Tosse-comprida

Alguém tem algum remédio pra tosse-comprida?
Tô com uma tosse desgraçada já faz mais de 15 dias e até agora nada de passar.
Já tomei o tal do Melagrião (o legítimo, do Laboratório Catarinense!), limão com mel, chá de guaco e até cerveja gelada. Nada adiantou.
Se alguém souber de uma receita, remédio, reza brava ou simpatia que é tiro e queda, por favor, me fale!

18/04/2007

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa


Alfabeto passa a ter 26 letras

Está para entrar em vigor a unificação da Língua Portuguesa que prevê, entre outras coisas, um alfabeto de 26 letras.

"A frequência com que eles leem no voo é heroica!".

Ao que tudo indica, a frase inicial desse texto possui pelo menos quatro erros de ortografia. Mas até o final do ano, quando deve entrar em vigor o "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa", ela estará corretíssima.
Os países-irmãos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, terão, enfim, uma única forma de escrever.

As mudanças só vão acontecer porque três dos oito membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), ratificaram as
regras gramaticais do documento proposto em 1990.
Brasil e Cabo Verde já haviam assinado o acordo e esperavam a terceira adesão, que veio no final do ano passado, em novembro, por São Tomé e Príncipe.

Tão logo as regras sejam incorporadas ao idioma, inicia-se o período de transição, no qual ministérios da educação, associações e
academias de letras, editores e produtores de materiais didáticos recebam as novas regras ortográficas e possam, gradativamente, reimprimir livros, dicionários, etc.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol.
A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais.
Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros.

Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado.
No Brasil, a mudança será bem menor:
0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão
conservadas as pronúncias típicas de cada país.

O que muda:

*** As novas normas ortográficas farão com que os portugueses, por exemplo, deixem de escrever "húmido" para escrever "úmido".

*** Também desaparecem da língua escrita, em Portugal, o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como por exemplo, nas palavras "acção", "acto", "adopção", "baptismo", "óptimo" e "Egipto".

Mas também os brasileiros terão que se acostumar com algumas mudanças que, a priori, parecem estranhas.

*** As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo.
Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".

*** Também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos:
"crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia:
"creem", "deem", "leem" e "veem".

*** O trema desaparece completamente.
Estará correto escrever "linguiça", sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de:
lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.

*** O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k", do "w" e do "y".

*** O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).

Outras duas mudanças:

*** Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como:
"louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos".

*** A eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como:
"assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".


Antônio Houaiss

A escrita padronizada para todos os usuários do português foi um estandarte de Antônio Houaiss, um dos grandes homens de letras do Brasil contemporâneo, falecido em março de 1999.
O filólogo considerava importante que todos os países lusófonos tivessem uma mesma ortografia.
No seu livro "Sugestões para uma política da língua", Antônio Houaiss defendia a essência de embasamentos comuns na variedade do português falado no Brasil e em Portugal.

Fontes para comentar o assunto:

** William Roberto Cereja - Mestre em Teoria Literária pela USP, Doutor em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Professor graduado em Português e Lingüística e licenciado em Português pelo ensino em São Paulo e autor de obras didáticas.

** Marcia Paganini Cavéquia - Professora graduada em Português e Literaturas de Língua Portuguesa; Inglês e Literaturas de Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Pós-graduada em Metodologia da Ação Docente pela UEL, Palestrante e consultora de escolas particulares e secretarias de educação de diversos municípios e autora de livros didáticos.

** Cassia Garcia de Souza - Professora graduada em Português e Literaturas de Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Pós-graduada em Língua Portuguesa pela UEL, Palestrante e organizadora de cursos para professores da rede de ensino, Assessora pedagógica e autora de livros didáticos.

09/04/2007

É pra lá que eu vou...


Lógico que todo mundo já tá careca de saber que eu detesto Jota Quest, né? E detesto mesmo, acho muito pobrinho musicalmente falando, com musiquinhas óbvias, e tal.
Logicamente, no entanto, que se toca Jota Quest em uma festa eu vou dançar e cantar. Afinal, além de eu ser daquela famosa filosofia que diz "Se estiver no inferno, abrace o capeta", esse é o tal do POP meloso que é ótimo pra gente cantar quando tá apaixonada e pra quando tá num churrasco ou numa balada com os amigos. Bom, eu na maioria das vezes tô rodeada de amigos, e não me lembro da última vez na minha vida em que eu não estivesse apaixonada. Nem que seja pela minha revista speak-up nova que acabou de chegar, ou pelo gesto de uma pessoa que trabalha comigo - eu sempre estou apaixonada por algo ou alguém. Esse otimismo e fé na humanidade não me largam (ainda bem!)
Mas mesmo assim, pra mim o Jota Quest em geral continua sendo pobre musicalmente e água-com-açúcar demais pro meu gosto - não esperem encontrar um cd do Jota Quest na minha estante, porque pode demorar muito até isso acontecer (tem muito cd melhor que eu pretendo comprar na minha vida antes de comprar um do Jota Quest).
Mas pera lá, toda essa introdução é só pra justificar que eu vou, sim, colocar um trecho de uma música cantada por eles aqui no Blog. E vocês não estranhem e nem achem que estou ficando doida. Nem tentem me "dar febre" por isso, porque não vai adiantar.
É que a Mariana, minha querida irmãzinha caçula, está martelando essa música aqui em casa umas 15 vezes por dia durante todo o final de semana prolongado, a ponto de ela vir à minha mente mais do que aquela famigerada do Leilão, sabem?
Além disso, é uma musiquinha bonitinha e até que parecida com meu estado de espírito ultimamente. Por mais que haja pessoas querendo me ver pra baixo, por mais que eu me preocupe com pessoas que eu amo e que das quais eu não posso cuidar, por mais que eu me encante com pessoas que sentem medo de mim, eu continuo com "uma fé inabalável no futuro" (opa, parafraseei o Fabiano de novo!) e com a certeza de que sou feliz e que o melhor ainda está por vir.
Então lá vai ela, divirtam-se (e fiquem vocês também com ela na cabeça durante dias, só em ler a letra aqui, he he heee):


O Sol
Antônio Júlio Nastácia

Hey!!!Dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou

Um brinde à amizade!


O Vinicius tem um "Soneto do Amigo", que a maioria das pessoas conhece e já se utilizou dele.

Quantas vezes, ao mandar um email, um cartão ou uma carta a um(a) amigo(a), na falta de uma inspiração própria não lançamos mão desse texto tão bem escrito. Nada demais, como disse Neruda: "A poesia não é de quem a faz, mas sim de quem precisa dela". Esse texto é assim, ideal para homenagens: breve e objetivo, de leitura fácil e que exprime muito bem o sentimento da amizade.

Neste final de semana que passou, tive um desses reencontros que nos deixam leves.

Inajá, uma amiga da época do Álvaro Guião (idos de 1990 a 1993, veja bem, quanto tempo faz isso!! "Dá tempo da teia de aranha crescer", de ter uma guerra mundial, de acontecer um monte de outras coisas!) pois ela esteve aqui em São Carlos visitando os pais e nós saímos para um chopp juntamente com a Ré, outra amiga de décadas - mas essa, por sorte, bem mais presente e freqüente em minha vida. A companhia das duas, agradabilíssima de fato, me fez lembrar de imediato dos versos do poema. Ficaram me martelando, esses versos, o domingo todo, por isso resolvi colocá-los aqui.

Incrível como a conversa com a Inajá fluiu naturalmente, de modo a nos fazer ter a impressão de que nunca estivemos distantes - e foram muitos anos sem notícias, cada qual cuidando de sua vida.

Esse tipo de coisa me faz ter a certeza de que nada que plantamos é em vão. Quando se dedica uma boa amizade em um terreno que é fértil, dia ou outro ela retornará... Num sábado em que a grande maioria dos amigos presentes desisitiram do programa em cima da hora, num dia em que eu tinha tido uma decepçãozinha à tarde, com uma pessoa que obviamente não me acrescenta nada - mas que eu teimo em continuar mantendo por perto - lá estava ela, Inajá, firme e forte, sorrindo e com a maior disposição de ser uma companhia agradável, como se esses quase 15 anos de separação não passassem de um mês de férias.

Seja bem-vinda de volta, amiga.

Tenho certeza de que passaremos novamente por muita coisa boa juntas. Agora ambas mais maduras, mas com a mesma sincronia de almas de outrora. E agregaremos outras amizades sinceras das quais vale mesmo a pena se valer, como é o caso da Ré, que não cansa nunca das minhas baboseiras e está sempre por perto pra me ouvir.

Diante de fatos como esse, nem esquento a cabeça com as decepções que tenho, no campo de amizades... A constatação de mediocridades e aquela sensação de estar "semeando em terreno infértil"... Quando uma sementinha - entre tantas outras desperdiçadas - brota, o restante perde automaticamente a importância.

A essas amizades que dão cor à nossa vida, dedico hoje e sempre o poema do Vinicius, que foi escrito em 1976 mas que continua atual (como todo bom texto):



Soneto do amigo

(Vinicius de Moraes)



Enfim, depois de tanto erro passado

Tantas retaliações, tanto perigo

Eis que ressurge noutro o velho amigo

Nunca perdido, sempre reencontrado.



É bom sentá-lo novamente ao lado

Com olhos que contêm o olhar antigo

Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo.



Um bicho igual a mim, simples e humano

Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano.



O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer

E o espelho de minha alma multiplica...

04/04/2007

É isso, eu acho...


Uma das músicas com as quais mais me identifico "em toda minha vida desde que eu nasci até hoje" (para enfatizar parafraseando o querido amigo Fabiano).
É incrível como algumas canções cabem tão bem dentro da gente (opa, isso já é uma outra letra... deixa pra lá, por enquanto).
O fato é que quando ouço "Bom dia", me dá uma alegria interna tão grande que eu tenho vontade de sair por aí sorrindo e abraçando as pessoas... (acho que isso também é outra canção que eu também vou deixar pra lá, por enquanto).
Credo, esse texto tá parecendo papo de gente louca. Melhor ir logo à letra da música.
Quando a cabeça sossegar um pouco, volto para escrever um texto mais inteligível.


BOM DIA
(Swami Jr., Paulo Freire)

Um dia quero mudar tudo
No outro eu morro de rir,
Um dia tô cheia de vida
No outro não sei onde ir,
Um dia escapo por pouco
No outro não sei se vou me livrar,
Um dia esqueço de tudo
No outro não posso deixar de lembrar,
Um dia você me maltrata
No outro me faz muito bem,
Um dia eu digo a verdade
No outro não engano ninguém,
Um dia parece que tudo
Tem tudo prá ser o que eu sempre sonhei,
No outro dá tudo errado
E acabo perdendo o que já ganhei
Logo de manhã, bom dia...
Um dia eu sou diferente
No outro sou bem comportada,
Um dia eu durmo até tarde
No outro eu acordo cansada,
Um dia te beijo gostoso
No outro nem vem que eu quero respirar,
Um dia quero mudar tudo no mundo
No outro eu vou devagar,
Um dia penso no futuro
No outro eu deixo prá lá,
Um dia eu acho a saída
No outro eu fico no ar,
Um dia na vida da gente,
Um dia sem nada de mais,
Só sei que eu acordo e gosto da vida
Os dias não são nunca iguais!

Meu pescoço é um horror


Ontem, lendo a Claudia de Abril, deparei-me com uma matéria interessante: entrevista com a escritora Nora Ephron, que acaba de lançar seu novo livro entitulado "Meu pescoço é um horror".
Para quem não conhece, Nora é roteirista de alguns filmes famosos, aqueles filmes do tipo água-com-açúcar que nós mulheres adoramos (os homens também adoram, mas raros assumem o fato), entre eles o famoso "Harry & Sally, feitos um para o outro".
Fiquei interessada pelo livro - já adicionei à minha lista de presentes! -, o sarcasmo e bom-humor com que a escritora encara a vida e o "ser mulher" me chamaram a atenção. Me identifiquei bastante com ela, à primeira vista...


Eis abaixo alguns trechos extaídos de "Meu pescoço é um horror - E outros papos de mulher" (Editora Rocco)

- As pessoas só têm um jeito de ser.

- Nunca se case com um homem de quem não gostaria de se divorciar.

- Não se pode ser amiga de alguém que liga depois das 11 horas da noite.

- Aos 45 anos, você terá saudades de tudo que achou ruim em seu corpo aos 35.

- Você pode repetir uma sobremesa.

- Nunca temos suéteres pretas de gola rulê demais.

- Faça back-up de seus arquivos.

- Não existem segredos.