17/01/2008

amadurecendo com sabedoria

"(...) As mudanças da dinâmica familiar, a conquista da autonomia, os avanços da ciência possibilitaram que as mulheres conquistassem um nível de liberdade até então inédito. Estão mais independentes, provavelmente mais realizadas, até orgulhosas de sua idade. Estarão mais felizes? Difícil afirmar com segurança, pois não dá para aferir o grau de felicidade e o de angústia que a liberdade impõe: o preço da liberdade é a responsabilidade pelas próprias escolhas. A consciência de ser a principal responsável pelos rumos da própria vida pode levá-las a questionar as escolhas feitas, numa impossível comparação entre o que foi vivido e o que foi preterido - e, portanto, habita o inexpugnável universo da fantasia, onde tudo é perfeito. Porém, uma vez respeitadas e assumidas as escolhas feitas, admitidos os desconfortos do desgaste das juntas e articulações, decorrentes da quilometragem rodada, aceitas as rugas de expressão (marcas do itinerário percorrido, portanto mais facilmente aceitas quando se valoriza o percurso feito), é possível desfrutar das vantagens que a maturidade proporciona e reconhecer que há mais ganhos do que perdas - e sempre pode haver mais projetos que lembranças. (...)"

Trecho extraído do artigo "A idade da auto-estima; Os ganhos emocionais que vêm com a experiência", de Lídia Rosenberg Aratangy (psicóloga, terapeuta de família e autora, entre outros, dos livros "O anel que tu me deste" e "O livro dos avós", ambos da Editora Artemeios

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