12/10/2011

Solidão saudável

Eu sou uma pessoa muito amorosa, carinhosa, sociável.
Faço amizade fácil.
Me apego muito facilmente a pessoas.
Desenvolvo laços sinceros e sólidos de amizade.
A esses amigos gosto de me dedicar muito. Gosto de estar com eles, de tê-los por perto. De planejar programas com eles. De dividir com eles experiências, sentimentos, emoções e acontecimentos - dos mais corriqueiros aos mais especiais.
Gosto do convívio familiar, com pais e irmãos.
No relacionamento a dois, também costumo me entregar totalmente, não ter segredos. Dividir, partilhar.
Mas há momentos em que preciso da solidão.
Há momentos em que tudo que eu quero e preciso é ficar quieta no meu canto. Sem agito, sem conversa, sem ficar respondendo perguntas ou dando explicações. Fazer as coisas do meu jeito - ou simplesmente não fazê-las: deixar pra depois.
Quando fui me dando conta disso, vida afora, fui percebendo que as mais preciosas pra mim são as pessoas que sabem respeitar essa minha necessidade de solidão.
Como são os meus pais - minha mãe, especialmente.
Como são alguns (poucos) amigos que têm essa sensibilidade e esse respeito.
Gente que não tenta me obrigar a ir a algum lugar quando eu não estou a fim.
Gente que não fica me interrogando mil "por quês" quando eu digo que não quero fazer alguma coisa.
Respeito.
É tudo que eu busco atualmente.
É tudo que a humanidade precisa.
E está tão difícil de encontrar…

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