01/03/2010

fortaleza em tormenta de lágrimas

Estou acabando as férias com a sensação ruim de que não fiz tudo que queria ter feito. Ficou tudo incompleto. Deixei um monte de coisas que queria ter resolvido pra trás, sem resolver.
Mas aprendi que não adianta eu me martirizar por isso. Aliás, aprendi isso lá no ensino fundamental, quando chegava à véspera de uma prova importante sem ter estudado todo o conteúdo como deveria (devo confessar que nunca fui de muito estudo). Eu aprendi que não adianta se desesperar por algo que deveria ter sido feito e que VOLUNTARIAMENTE não o foi. Paciência! É preciso arcar com as consequências de cada ato (Ou de cada omissão). Nada de perder o sono pensando que deveria ter feito diferente: perder o sono por algo que não vai mudar só faz com que o dia de amanhã renda menos - porque, perdendo-se o sono, rende-se menos no dia seguinte.
Então vamos relaxar e deixar rolar.
Eu deixei de fazer muitas coisas, mas tenho certeza de que fiz muitas outras - e bem importantes.
A mais importante de todas as coisas que fiz nas minhas férias foi, sem dúvida, pensar - e muito - em tudo que está acontecendo comigo. Parece mesmo que norteei bem meu rumo nesses dias em que não estava trabalhando. Pensei sobre várias coisas, umas bem pessoais, outras bem genéricas.
Hoje, por exemplo, fiquei pensando bastante sobre a carga que tem a sinceridade. A gente torce tanto por encontrar somente pessoas que sejam totalmente sinceras conosco (Eu vivo alardeando isso pros quatro cantos do mundo), mas em alguns momentos,quando alguém é sincero em relação a um assunto que estamos carecas de saber, quando alguém nos diz algo tão óbvio - mas que gostaríamos que não fosse verdade - ficamos pensando: "Pô, precisava ter sido assim TÃO sincero? Já que isso é tão evidente, poderia simplesmente não ser dito!". Não sei se me faço compreender: existem momentos na vida de uma mulher - e isso passa por oscilações hormonais, picos de carência etc - em que tudo que a gente quer (mesmo que não admita) é um pouquinho de falta de sinceridade: algumas palavras que nos agradem, nos afaguem (ou simplesmente o silêncio!) ao invés da repetição da verdade mais dura e cruel, que já sabemos de cor e da qual não gostamos nada nada. Acho que vem daí a frase-chavão dos homens, que diz que mulher é um bicho complicado e difícil de entender. Deve ser mesmo! rs
Eu me sinto assim, e fico me achando a mais louca das criaturas por ser tão contraditória. Estou tentando achar uma fórmula de não sofrer quando ouço verdades que já conheço. E aguentar firme diante dos fatos, sem esmorecer.
O que me anima, mesmo, é ter a plena confiança de que vou vencer. Eu vou conseguir concretizar esses sonhos que estou sonhando agora! E a minha "fé inabalável no futuro" - como me ensinou meu amigo-irmão Fabiano - está renovada.
Eu já passei por tanta coisa, e continuo em pé...! Parece que vou adquirindo uma força mais intensa a cada queda. Às vezes me sinto tão frágil, mas ao mesmo tempo tenho reações tão fortes...
Eu acho que sou uma fortaleza escondida atrás de uma tormenta de lágrimas.

Um comentário:

Gabriela disse...

"Eu acho que sou uma fortaleza escondida atrás de uma tormenta de lágrimas."
Eu tenho certeza disso, amiga! :)