02/09/2009

contra-exemplo de ética profissional

Eu sou paciente da mesma médica ginecologista há longos 9 anos.
Desde que a conheci, ela casou, mudou de nome, de consultório, teve filhos, ficou famosa e cada vez mais experiente.
À medida em que ela foi ficando experiente, foi ficando mais difícil conseguir agendar consulta com ela. No início marcava-se para o dia seguinte. Depois foi dificultando. Chegaram vezes em que agendei uma consulta para dali a 3 meses. Mas tudo bem, como a médica é ótima, sempre relevei. Mesmo porque médico(a), com o convívio, passa a conhecer a gente tão bem que às vezes dá diagnóstico até por telefone ou por email - como aconteceu comigo e a minha Dra, algumas vezes.
Pois bem, eis que hoje resolvi ligar no consultório da minha médica para agendar uma consulta de rotina e... What a big surprise!! Ouvi da secretária (que também é a mesma há os mesmos longos 9 anos e de tanto me conhecer, me chama até de "Rê") que "agora a Dra. está fazendo mestrado, e por isso resolveu diminuir as consultas, então ela decidiu que só vai atender as pacientes grávidas ou as que pretendem engravidar!"
Diante de meu constrangimento, a secretária me deu a alternativa de mandar um email pra Dra, pedindo pra ela diretamente se não poderia autorizar meu agendamento, visto que sou paciente dela desde 2000 etc.
Acho que jamais conseguirei exprimir aqui o tamanho do meu pasmar.
Dizem que tudo acaba. (No budismo, essa é a definição de "impermanência").
Hoje acabou o meu relacionamento de paciente com a minha médica ginecologista, de quem eu gostava tanto.
Me recuso a implorar para ser atendida daqui a 3 meses em uma consulta que não será gratuita.
Já agendei com outra médica.
É a vida.

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