22/12/2008

sobre a minha tristeza

Meus amigos insistem em dizer que eu não tenho que ficar triste, que eu não posso ficar triste etc.
Eu entendo e respeito a preocupação deles comigo, mas sinceramente acho que esse momento de deglutir a dor é importante, no processo pelo qual estou passando.
Mais adiante terei o momento de repensar SIM todas as minhas atitudes e entender o que é que há de errado comigo pra eu ter feito morrer no meu amor o sentimento bom que ele nutria por mim.
Vejam bem: A pessoa por mim se encanta, me acha o mais carinhoso, compreensivo e atencioso dos seres MAS em algum determinado momento vem aquela frase "Olha, não é nada com você, tá, mas...".
Eu preciso entender o que é que me falta - ou que me sobra - que agride tanto as pessoas, que as irrita a ponto de me rejeitarem.
Se eu não descobrir isso, não terei paz.
Porque tenho a consciência de que algo muito grave eu fiz pra ter conseguido a proeza de afastar simplesmente "o homem da minha vida" de mim.
E eu tenho certeza de que ele realmente me amou de verdade.
Mas preciso saber em que momento da estrada eu fiz com que ele desistisse de mim.
E, pelo jeito, só eu mesma poderei descobrir isso.
Por enquanto, fico com minha dor.
Afinal, é como bem escreveu o Paulo Leminski e musicou Itamar Assumpção:
Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nessa dor
Ela é tudo que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

Nenhum comentário: